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domingo, 19 de julho de 2015

Como nasceu o samba ?


O samba nasceu na Bahia, no século 19, da mistura de ritmos africanos. Mas foi no Rio de Janeiro que ele criou raízes e se desenvolveu, mesmo sendo perseguido. Durante a década de 1920, por exemplo, quem fosse pego dançando ou cantando samba corria um grande risco de ir batucar atrás das grades. Isso porque o samba era ligado à cultura negra, que era malvista na época. Só mais tarde é que ele passou a ser encarado como um símbolo nacional, principalmente no início dos anos 40, durante o governo de Getúlio Vargas. Nessa música brasileiríssima, a harmonia é feita pelos instrumentos de corda, como o cavaquinho e o violão. Já o ritmo é dado, por exemplo, pelo surdo ou pelo pandeiro. Com o passar do tempo, outros instrumentos, como flauta, piano e saxofone, também foram incorporados, dando origem a novos estilos de samba. "À medida que o samba evoluiu, ele ganhou novos sotaques, novos modos de ser tocado e cantado. É isso que faz dele um dos ritmos mais ricos do mundo", afirma o músico Eduardo Gudin.

DA RODA AO PAGODE

Por volta dos anos 30, diferentes estilos de samba surgiram no Rio de Janeiro

SAMBA-DE-RODA

Muito parecido com a roda de capoeira, é a raiz do samba brasileiro e está registrado na Unesco como patrimônio da humanidade. Surgiu entre os escravos na Bahia por volta de 1860 e logo desembarcou também no Rio de Janeiro. O samba-de-roda, como a dança, começa devagar e se torna cada vez mais forte e cadenciado - sempre acompanhado por um coro para repetir o refrão. Várias canções do estilo têm versos sobre o mar e as tradições africanas.

"AVÔ" DO RECO-RECO

Além de batuques na palma das mãos, os escravos batiam um garfo num prato, obtendo um som semelhante ao do reco-reco - instrumento que dá força ao samba.

SAMBA DE BREQUE

Um dos primeiros estilos nascidos no Rio, foi criado no final dos anos 20 em botecos da cidade. No meio do samba rolavam "paradinhas" onde o cantor falava uma frase ou contava uma história. Um dos mestres foi Moreira da Silva. O ritmo é mais picadinho - ou "sincopado", como dizem os músicos -, mas a marca registrada é mesmo a parada repentina. Daí o nome "samba de breque". Quase sempre conta uma história engraçada, de um tiroteio entre malandros à história de um gago que se apaixonou...

FLAUTA

O samba de breque foi o primeiro estilo a incorporar a flauta como instrumento de samba. Ela ajuda a deixar o ritmo mais orquestrado.

PARTIDO-ALTO

Na década de 1930, o partido-alto se popularizou nos morros cariocas. Entre um refrão e outro, os músicos criavam versos na hora, quase como repentistas. As antigas festas de partido-alto chegavam a durar dias! A partir dos anos 70, Martinho da Vila virou um músico marcante do estilo. A principal característica é a improvisação. O partido-alto se mantém, principalmente, pelo jogo de palavras encaixadas no momento certo. O estilo trata de temas do cotidiano, e sempre com o maior bom humor.

SURDO

O surdo entrou de vez na roda com o partido-alto. Tocado com a mão ou com a baqueta, ele define a pulsação da música. É o "coração do samba".

SAMBA-ENREDO

Na década de 1930, quando surgiram os primeiros desfiles de escolas de samba no Carnaval do Rio, nasceu o samba-enredo. No início, os músicos improvisavam dois sambas diferentes: um para a ida e outro para a volta na avenida onde as escolas desfilavam. Com o passar dos anos, o samba-enredo ganhou uma batida mais acelerada que outros sambas - o que ajuda as escolas a desfilarem no tempo previsto. A partir dos anos 80 a coisa mudou, mas, até então, samba-enredo só abordava a história oficial do Brasil.

CUÍCA

Com o som de uma "voz grunhindo", foi uma das novidades das baterias das escolas. A função da cuíca é mais complementar, dando um tempero extra ao samba.

SAMBA-CANÇÃO

Outra cria dos botecos cariocas, o samba-canção apareceu na virada dos anos 30 para os 40. Logo ficou famoso como "samba de fossa", perfeito para ouvir após um pé na bunda... Cartola e Noel Rosa fizeram grandes músicas do estilo. A batida mais lenta e cadenciada do samba-canção lembra bastante o bolero, outro ritmo musical que fazia sucesso nos anos 40. Em geral, as canções falam de desilusão amorosa - de amores não correspondidos às piores traições!

PANDEIRO

Desde a origem do samba o pandeiro estava presente, mas no samba-canção ele ganhou mais importância, marcando o ritmo da música no lugar do surdo.

BOSSA NOVA

Cansados da fossa do samba-canção, alguns compositores decidiram fazer músicas sobre temas mais leves no final dos anos 50. Nascia a bossa nova. Mestres como Tom Jobim e João Gilberto faziam um samba bem diferente, com grande influência do jazz. Com construções musicais mais "complexas", a bossa nova tem o chamado "violão gago", tocado num ritmo diferente do da voz e dos outros instrumentos. O assunto preferido eram as belezas da vida, da praia às mulheres, é claro!

VIOLÃO

O símbolo da bossa nova foi mesmo o violão -além do banquinho... Usado em quase todos os estilos de samba, é um dos responsáveis pela melodia e harmonia da música.

PAGODE

O pagode que hoje faz sucesso pintou como estilo de samba na década de 1980, no Rio, com cantores como Jorge Aragão e Zeca Pagodinho. Nos anos 90, em São Paulo, ficou mais "comercial" - com direito até a coreografia dos músicos - e explodiu nas rádios. O pagode dos anos 80 era muito influenciado pelo partido-alto. Já na década seguinte passou a ter uma pegada mais lenta e romântica. Nos anos 80, o principal era a vida na comunidade; nos 90, as letras românticas.

TECLADO

Nos hits mais modernos, entraram na dança instrumentos eletrônicos, como teclados e sintetizadores - para desgosto dos sambistas mais tradicionais...

COMPLETANDO A BATERIA

Conheça outros instrumentos importantes para um bom batuque

TANTÃ

Mais fino que o surdo, também marca o ritmo. Em geral, é tocado com a palma das mãos, sem que os dedos encostem na membrana.

TAMBORIM

Tocado com uma vareta de bambu, não marca necessariamente o ritmo do samba, mas traz um som agudo para o batuque.

CAVAQUINHO

Tem papel semelhante ao do tamborim: deixa o som mais agudo. Mas faz isso na melodia do samba, e não na batida rítmica.








Fonte:mundoestranho.abril.com.br

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Uma rádio, na Internet, não é apenas uma rádio


Apesar de ainda ser restrita à população de pessoas de baixa renda, a internet já é realidade para um número cada vez maior de pessoas, e continua seduzindo as outras mídias como os veículos impressos, a televisão e, agora, o rádio. Vale lembrar que na rede, o usuário busca muito mais que textos, áudios, imagens. Assim, uma rádio, na Internet, não é apenas uma rádio. É uma emissora que pode ser lida, ouvida, e, porque não, assistida.


De acordo com pesquisas apontadas no site www.radios.com.br , o Brasil é está em 2 o lugar em número de emissoras disponíveis na rede, com mais de 200 rádios disponibilizadas na internet. Tudo evidencia que a inclusão do veículo na Web está se configurando como um passo vital e inexorável na era das comunicações vivenciada pela sociedade atual. E são inúmeras as vantagens de tornar a emissora uma fonte global de informações, a saber: aumento da base de mercado (pessoas podem trabalhar e ouvir a emissora enquanto executam suas tarefas); é fonte de renda adicional de receita publicitária, com venda de banners e patrocínios; maior número de oportunidades promocionais; relacionamento mais interativo com o público; possibilidade de pesquisa do perfil do público e conseqüente construção de banco de dados sobre a audiência; aumento da audiência; facilidade de operação; além de que o rápido desenvolvimento das formas de acesso à Web, com os custos cada vez mais declinantes, deverá popularizar ainda mais o uso da Internet.

Assim, além do rádio reafirmar sua condição de veículo indispensável para uma comunicação instantânea no cotidiano das pessoas, ele já passa por uma adaptação que precisa ser acompanhada e avaliada para que se consiga explorar toda a sua potencialidade, possibilitando que os ouvintes recebam mais qualidade do conteúdo oferecido, seja jornalístico, musical ou de serviços, e tenham participação real no processo de produção.

A utilização da rede mundial de computadores para a transmissão de som, imagem, vídeos e textos se configura como um grande divisor de águas, pois com o advento da internet há a possibilidade de uma real transmissão de mensagens a um número infinitamente maior de pessoas.






Fonte: www.oparanasondasdoradio.ufpa.br/

domingo, 28 de junho de 2015

A televisão no Brasil - O Começo - Década de 50


A pré-estréia da Televisão no Brasil aconteceu no dia 3 de Abril de 1950. Foi com uma apresentação de Frei José Mojica e as imagens foram assistidas em aparelhos instalados no saguão dos Diários Associados.

No dia 10 de setembro foi transmitido um filme onde Getúlio Vargas falava sobre seu retorno à vida política.

Finalmente no dia 18 de setembro a TV Tupi de São Paulo, PRF-3 TV, canal 3, foi inaugurada. Era a concretização do sonho de um pioneiro da comunicação no Brasil: Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo, que já controlava uma cadeia de jornais e emissoras de rádio chamada Diários Associados.

Chateaubriand havia encomendado à RCA equipamento para duas emissoras de televisão. A antena foi instalada no edifício do Banco do Estado de São Paulo.

"TV na Taba", apresentado por Homero Silva, foi o primeiro programa transmitido. Teve a participação de Lima Duarte, Hebe Camargo, Mazzaropi, Ciccilo, Lia Aguiar, Vadeco, Ivon Cury, Lolita Rodrigues, Wilma Bentivegna, Aurélio Campos, do jogador Baltazar e da orquestra de George Henri.

Logo na estréia a TV Brasileira teve de mostrar seu poder de improviso. Eram apenas duas câmeras e horas antes do começo da transmissão uma pifou. Os técnicos americanos aconselharam que a "festa" fosse adiada, mas lá estava o diretor Cassiano Gabus Mendes, outro pioneiro da TV brasileira, que decidiu ir ao ar mesmo só com uma câmera.

A transmissão foi assistida através de 200 aparelhos importados por Chateaubriand e espalhados pela cidade.

Logo, com ajuda dos profissionais do rádio, jornal e do teatro, as transmissões aconteciam das 18 às 23h e foi colocado no ar o primeiro telejornal: "Imagens do Dia".

Os primeiro anunciantes da TV Brasileira foram : Sul América Seguros, Antárctica, Moinho Santista e empresas Pignatari (Prata Wolf).





Fonte:radiodifusaoenegocios.com.br/

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Festa em louvor a São Pedro em Fama MG


Você está convidado para participar com sua família da Festa de São Pedro em Fama MG

Programação:

Dia 26/06 sexta-feira as 19:00 horas:
Missa de abertura da festa com participação do Padre Filomeno e levantamento do mastro e bandeira.

Dia 27/06 sábado as 19:00 horas:
Santa Missa

Dia 28/06 domingo as 09:00 horas:
Santa Missa

Dia 03/07 sexta-feira as 19:00 horas:
Santa Missa

Dia 04/07 sábado as 19:00 horas:
Santa Missa - Show com Fernando Cesar e Adriano Vitor

Dia 05/07 domingo as 09:00 horas:
Santa Missa - As 18:00 horas linda procissão fluvial com a benção e bateria de fogos

Convidamos a todos os donos de barcos, lanchas e outras embarcações para participar desta procissão.

Ademir Palácios

sábado, 20 de junho de 2015

Anos 60: A Revolta Juvenil


De 1960 a 1969, em cada ano desta década, em cada um dos cinco continentes, em quase todos os 145 países de vários sistemas políticos, o mundo conheceu a rebelião dos jovens. Ao lado das guerras – e mais do que o sexo -, as manchetes dos jornais falaram da odisseia de 519 milhões de inconformados.
 Mutantes da nova “era oral e tribal em dimensões planetárias, produzida pelas comunicações de massa”, segundo Marshall McLuhan, os jovens entre quinze e 24 anos -  um sexto da população da Terra – são ao mesmo tempo mito e desmistificadores da sociedade. Consumindo e consumidos, contestando e contestados, Êles lutaram com tôdas as armas para destruir o velho e impôr o novo.
 Na expressão dura dos jovens “enragés” ou na mansidão dos hippies, que o Arcebispo James Pike, da Califórnia, comparou aos primeiros cristãos, os anos 60 foram de luta e recusa, pacífica ou violenta, mas sempre radical.



 A revolta juvenil não é uma particularidade desta década, mas agora ela deixou de ter simples motivações psicológicas (não mais uma “crise de adolescência”) para ganhar componentes sociológicos novos e se constituir em problema social. De um dia para o outro, “a nossa esperança do amanhã” resolveu fazer o presente. Como afirmaram, era preciso deixar de ser objeto para ser sujeito da História. De eterna ameaça romântica e simbólica eles passaram a ser destruidores radicais de tudo o que está estabelecido e consagrado: valôres e instituições, idéias e tabus. Com a pressa que lhes dá a sua provisória condição e com a coragem da idade, êles afrontaram a moral vigente e arrancaram as pedras das ruas para com elas pôr por terra as estruturas da sociedade: capitalista ou comunista, de opulência ou de miséria.

 Em todos êles um máximo denominador comum: não. Mas, descrentes de tudo o que herdaram, os jovens perderam até a confiança no não que lhes tinham ensinado a dizer e criaram uma nova semântica da negação – o sim ao não – e uma nova forma de dizê-lo: a ação. Um não que podia ter a aparência de cabelos compridos, roupa suja, música estridente, pés descalços e “blue jeans”, ou assumir a forma mais ameaçadora de uma pedra na mão e uma idéia revolucionária na cabeça.




No princípio da década, repetindo na vida o que alguns ídolos dos anos 50, como James Dean e Marlon Brando, faziam no cinema, os jovens explodiram numa onda de violência sem objeto e sem sentido. De repente, como que obedecendo a um comando único, essa onda de espraiou por vários países. “Blousons noirs” franceses, “playboys” e transviados brasileiros, “beats” e “hell angels” americanos, “teddy boys” inglêses. Várias qualificações para falar de uma mesma atitude agressiva e uma mesma disposição violenta. Uma violência que se manifestava gratuitamente contra pessoas, carros, vitrinas, ou no desafio do perigo inútil: duelos a faca e canivete, corridas vertiginosas pelas madrugadas. Apenas um valor pareciam cultivar: o respeito e admiração do grupo ou da “gang”. No prazer da velocidade, no ruído ensurdecedor da motocicleta, o vento batendo no rosto e a máquina obedecendo dócil ao comando, o jovem do início da década começava a se manifestar no mesmo ritmo alucinante do “rock-and-roll”.

 Suas caras selvagens assustaram, seus gestos surpreenderam. Podiam ser o primeiro problema jovem da década, como podiam ser também “impulsos naturais da juventude”. Outras épocas não tinham igualmente passado por isso?

 Ao espalhar-se ruidosamente pelos bares, quebrando tabus (fumando, bebendo e se beijando), a “geração perdida” do primeiro pós-guerra também escandalizara as famílias, quando Scott Fitzgerald lhes revelou “êsse lado do paraíso”. (“Môças ceando depois dos bailes, às 3 horas da madrugada, em lugares incríveis, conversando sôbre todos os assuntos com ar meio sério, meio zombeteiro...”)





O segundo pós-guerra também produzira a sua geração-problema, a existencialista que se alimentava da “náusea” de Sartre e do absurdo de Camus, mergulhando, suja e despenteada, nas caves de Saint-German-des-Prés para se embebedar de absinto e das canções de Juliette Gréco. Como essas duas gerações, os nossos transviados tinham assustado a sociedade. Um susto que intranqüilizava mais pelos efeitos do que pelas causas, embora alguns vissem pelas manifestações o prenúncio de qualquer coisa de mais grave. O Presidente Kennedy chegara a dizer: “Temos os meios de fazer da geração atual a mais feliz da humanidade na história do mundo – ou fazer dela a última”.


 Ensurdecidos pelo ruído de suas máquinas, nem todos perceberam que a juventude 60 não tinha apenas aquela cara rebelde que podia variar de contôrno mas não perdia a semelhança com as de outras épocas.



Fonte: Revista Veja