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WEB RÁDIO ÉPOCAS: julho 2015

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sexta-feira, 31 de julho de 2015

Após 25 anos, cantora e compositora Martinha volta a cantar em BH

Martinha – Ela tem 28 discos lançados e dezenas de composições próprias
 Cantora e compositora Martinha volta neste sábado (01) a Belo Horizonte após 25 anos sem fazer show por aqui. Mas como um dos nomes femininos mais celebrados da Jovem Guarda é esquecido na própria terra?

“Você teria que perguntar isso é para os mineiros”, sugere a artista, bem humorada, hoje com assumidos 68 anos de idade e 50 de carreira, celebrados no próximo ano. Para o ano que vem, a artista prepara um disco com composições inéditas.

“Fui aí quando estava fazendo 25 anos de carreira. Foi em uma casa de shows na Avenida Amazonas. Ficou cheio”, lembra Martinha, que é radicada em São Paulo.

Ela é compositora de clássicos como “Eu Daria a Minha Vida” (1968). A canção também ganhou a interpretação de Roberto Carlos, além de mais outras 4 mil gravações.

Neste sábado, Martinha sobe ao palco do restaurante Maria das Tranças acompanhada por banda para interpretar sucessos e... “Até uma que vou ousar cantar e que é inédita minha. Fala de Minas. Não vou falar o restante do repertório. Gosto de surpresa”.

O “rei” no funcionários

Martinha considera como ponto inicial da carreira uma visita que recebeu de Roberto Carlos em BH. Acompanhado de um divulgador, que era amigo da mãe dela, o “Rei” foi até o apartamento em que Martinha vivia com a mãe, na Rua Claudio Manuel, bairro Funcionários. “Militava em arte desde pequena, era pianista, estudava balé”, lembra.

O dia exato: 6 de junho de 1966. “A Jovem Guarda veio e levou todo mundo. Roberto Carlos já era o ‘rei’. Foi uma obra de Deus”, acredita. Naquele dia, Roberto fez dois shows na capital. Por isso, deixou a missão como revelador de talentos para mais tarde.

“Foi uma expectativa, pois ele não chegava. De repente eram umas três e pouco da manhã, ele chegou. A Martinha não estava acreditando, foi deitar. Eu a chamei. Ele a ouviu cantar e também cantou ‘Como é Grande o Meu Amor Por Você’, que ele tinha acabado de compor”, lembra pelo telefone, em plena lucidez, Ruth Vieira Figueiredo Cunha, 89 anos, mãe de Martinha.

Então, RC pediu para que Ruth e a filha o procurassem na TV Record, em São Paulo, onde apresentava o programa “Jovem Guarda”. E elas foram em outubro do mesmo ano e a carreira da mineira aconteceu.

“Ainda tenho bastante contato com ele. Trabalho com ele no estúdio. É um amigo insubstituível. Tenho dívida de gratidão com ele que não vou conseguir pagar nunca”, afirma a cantora, apelidada pelo rei como “Queijinho de Minas”.

Martinha e Banda – Neste sábado, às 21h, no Restaurante Maria das Tranças (rua Estoril, 938, bairro São Francisco – 4103-4171). R$ 40








Fonte:Hoje Em Dia

domingo, 19 de julho de 2015

Como nasceu o samba ?


O samba nasceu na Bahia, no século 19, da mistura de ritmos africanos. Mas foi no Rio de Janeiro que ele criou raízes e se desenvolveu, mesmo sendo perseguido. Durante a década de 1920, por exemplo, quem fosse pego dançando ou cantando samba corria um grande risco de ir batucar atrás das grades. Isso porque o samba era ligado à cultura negra, que era malvista na época. Só mais tarde é que ele passou a ser encarado como um símbolo nacional, principalmente no início dos anos 40, durante o governo de Getúlio Vargas. Nessa música brasileiríssima, a harmonia é feita pelos instrumentos de corda, como o cavaquinho e o violão. Já o ritmo é dado, por exemplo, pelo surdo ou pelo pandeiro. Com o passar do tempo, outros instrumentos, como flauta, piano e saxofone, também foram incorporados, dando origem a novos estilos de samba. "À medida que o samba evoluiu, ele ganhou novos sotaques, novos modos de ser tocado e cantado. É isso que faz dele um dos ritmos mais ricos do mundo", afirma o músico Eduardo Gudin.

DA RODA AO PAGODE

Por volta dos anos 30, diferentes estilos de samba surgiram no Rio de Janeiro

SAMBA-DE-RODA

Muito parecido com a roda de capoeira, é a raiz do samba brasileiro e está registrado na Unesco como patrimônio da humanidade. Surgiu entre os escravos na Bahia por volta de 1860 e logo desembarcou também no Rio de Janeiro. O samba-de-roda, como a dança, começa devagar e se torna cada vez mais forte e cadenciado - sempre acompanhado por um coro para repetir o refrão. Várias canções do estilo têm versos sobre o mar e as tradições africanas.

"AVÔ" DO RECO-RECO

Além de batuques na palma das mãos, os escravos batiam um garfo num prato, obtendo um som semelhante ao do reco-reco - instrumento que dá força ao samba.

SAMBA DE BREQUE

Um dos primeiros estilos nascidos no Rio, foi criado no final dos anos 20 em botecos da cidade. No meio do samba rolavam "paradinhas" onde o cantor falava uma frase ou contava uma história. Um dos mestres foi Moreira da Silva. O ritmo é mais picadinho - ou "sincopado", como dizem os músicos -, mas a marca registrada é mesmo a parada repentina. Daí o nome "samba de breque". Quase sempre conta uma história engraçada, de um tiroteio entre malandros à história de um gago que se apaixonou...

FLAUTA

O samba de breque foi o primeiro estilo a incorporar a flauta como instrumento de samba. Ela ajuda a deixar o ritmo mais orquestrado.

PARTIDO-ALTO

Na década de 1930, o partido-alto se popularizou nos morros cariocas. Entre um refrão e outro, os músicos criavam versos na hora, quase como repentistas. As antigas festas de partido-alto chegavam a durar dias! A partir dos anos 70, Martinho da Vila virou um músico marcante do estilo. A principal característica é a improvisação. O partido-alto se mantém, principalmente, pelo jogo de palavras encaixadas no momento certo. O estilo trata de temas do cotidiano, e sempre com o maior bom humor.

SURDO

O surdo entrou de vez na roda com o partido-alto. Tocado com a mão ou com a baqueta, ele define a pulsação da música. É o "coração do samba".

SAMBA-ENREDO

Na década de 1930, quando surgiram os primeiros desfiles de escolas de samba no Carnaval do Rio, nasceu o samba-enredo. No início, os músicos improvisavam dois sambas diferentes: um para a ida e outro para a volta na avenida onde as escolas desfilavam. Com o passar dos anos, o samba-enredo ganhou uma batida mais acelerada que outros sambas - o que ajuda as escolas a desfilarem no tempo previsto. A partir dos anos 80 a coisa mudou, mas, até então, samba-enredo só abordava a história oficial do Brasil.

CUÍCA

Com o som de uma "voz grunhindo", foi uma das novidades das baterias das escolas. A função da cuíca é mais complementar, dando um tempero extra ao samba.

SAMBA-CANÇÃO

Outra cria dos botecos cariocas, o samba-canção apareceu na virada dos anos 30 para os 40. Logo ficou famoso como "samba de fossa", perfeito para ouvir após um pé na bunda... Cartola e Noel Rosa fizeram grandes músicas do estilo. A batida mais lenta e cadenciada do samba-canção lembra bastante o bolero, outro ritmo musical que fazia sucesso nos anos 40. Em geral, as canções falam de desilusão amorosa - de amores não correspondidos às piores traições!

PANDEIRO

Desde a origem do samba o pandeiro estava presente, mas no samba-canção ele ganhou mais importância, marcando o ritmo da música no lugar do surdo.

BOSSA NOVA

Cansados da fossa do samba-canção, alguns compositores decidiram fazer músicas sobre temas mais leves no final dos anos 50. Nascia a bossa nova. Mestres como Tom Jobim e João Gilberto faziam um samba bem diferente, com grande influência do jazz. Com construções musicais mais "complexas", a bossa nova tem o chamado "violão gago", tocado num ritmo diferente do da voz e dos outros instrumentos. O assunto preferido eram as belezas da vida, da praia às mulheres, é claro!

VIOLÃO

O símbolo da bossa nova foi mesmo o violão -além do banquinho... Usado em quase todos os estilos de samba, é um dos responsáveis pela melodia e harmonia da música.

PAGODE

O pagode que hoje faz sucesso pintou como estilo de samba na década de 1980, no Rio, com cantores como Jorge Aragão e Zeca Pagodinho. Nos anos 90, em São Paulo, ficou mais "comercial" - com direito até a coreografia dos músicos - e explodiu nas rádios. O pagode dos anos 80 era muito influenciado pelo partido-alto. Já na década seguinte passou a ter uma pegada mais lenta e romântica. Nos anos 80, o principal era a vida na comunidade; nos 90, as letras românticas.

TECLADO

Nos hits mais modernos, entraram na dança instrumentos eletrônicos, como teclados e sintetizadores - para desgosto dos sambistas mais tradicionais...

COMPLETANDO A BATERIA

Conheça outros instrumentos importantes para um bom batuque

TANTÃ

Mais fino que o surdo, também marca o ritmo. Em geral, é tocado com a palma das mãos, sem que os dedos encostem na membrana.

TAMBORIM

Tocado com uma vareta de bambu, não marca necessariamente o ritmo do samba, mas traz um som agudo para o batuque.

CAVAQUINHO

Tem papel semelhante ao do tamborim: deixa o som mais agudo. Mas faz isso na melodia do samba, e não na batida rítmica.








Fonte:mundoestranho.abril.com.br

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Uma rádio, na Internet, não é apenas uma rádio


Apesar de ainda ser restrita à população de pessoas de baixa renda, a internet já é realidade para um número cada vez maior de pessoas, e continua seduzindo as outras mídias como os veículos impressos, a televisão e, agora, o rádio. Vale lembrar que na rede, o usuário busca muito mais que textos, áudios, imagens. Assim, uma rádio, na Internet, não é apenas uma rádio. É uma emissora que pode ser lida, ouvida, e, porque não, assistida.


De acordo com pesquisas apontadas no site www.radios.com.br , o Brasil é está em 2 o lugar em número de emissoras disponíveis na rede, com mais de 200 rádios disponibilizadas na internet. Tudo evidencia que a inclusão do veículo na Web está se configurando como um passo vital e inexorável na era das comunicações vivenciada pela sociedade atual. E são inúmeras as vantagens de tornar a emissora uma fonte global de informações, a saber: aumento da base de mercado (pessoas podem trabalhar e ouvir a emissora enquanto executam suas tarefas); é fonte de renda adicional de receita publicitária, com venda de banners e patrocínios; maior número de oportunidades promocionais; relacionamento mais interativo com o público; possibilidade de pesquisa do perfil do público e conseqüente construção de banco de dados sobre a audiência; aumento da audiência; facilidade de operação; além de que o rápido desenvolvimento das formas de acesso à Web, com os custos cada vez mais declinantes, deverá popularizar ainda mais o uso da Internet.

Assim, além do rádio reafirmar sua condição de veículo indispensável para uma comunicação instantânea no cotidiano das pessoas, ele já passa por uma adaptação que precisa ser acompanhada e avaliada para que se consiga explorar toda a sua potencialidade, possibilitando que os ouvintes recebam mais qualidade do conteúdo oferecido, seja jornalístico, musical ou de serviços, e tenham participação real no processo de produção.

A utilização da rede mundial de computadores para a transmissão de som, imagem, vídeos e textos se configura como um grande divisor de águas, pois com o advento da internet há a possibilidade de uma real transmissão de mensagens a um número infinitamente maior de pessoas.






Fonte: www.oparanasondasdoradio.ufpa.br/