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WEB RÁDIO ÉPOCAS: agosto 2017

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sábado, 26 de agosto de 2017

Como Fazer Uma Serenata


Antigamente a serenata era composta pelo feitor, a pessoa que desejava se declarar. Essa pessoa cantava e, ao mesmo tempo, tocava um violão. Quando este desejava maior liberdade de movimento ou companhia para a declaração, ele tinha a companhia de amigos para que esses pudessem tocar os instrumentos.

Tinham também o hábito de pedir para outras pessoas tocarem e cantarem e a pessoa que desejava se declarar aparecia ao fim da serenata para “assinar” a declaração. Hoje em dia essa é a forma mais comum de se ver uma serenata, mas ao invés de amigos quebrarem o galho, você contrata esse serviço, onde os contratados fazem a declaração com a música escolhida e você aparece logo no fim, assinando a declaração.

Você saber que alguém gosta de você é muito bom. Melhor ainda se esse sentimento é recíproco. Hoje em dia não é tão comum ver as serenatas e suas declarações pelas ruas, mas mesmo assim, nunca é tarde para você se declarar de uma forma tão bonita e simples, não é?




Fonte:cultura.culturamix.com

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Viajando no tempo com a música italiana...confira !

Um flashback em música italiana
Laura Pausini e Eros Ramazzotti não estavam sequer nos planos do cara lá de cima para vir ao mundo quando a música italiana começou a bombar por aqui.

Se non avesso più te – Gianni Morandi



A canção de 1965 fez parte do musical que carrega o mesmo título, ou em português (Se Não Existisse Você). O filme é dirigido por Ettore Maria Fizzarotti, e tem como protagonista o intérprete da canção sobre a qual estamos falando.

Champagne – Peppino di Capri



Peppino é um veterano quando o assunto é Festival de Sanremo, pois foi vencedor duas vezes, uma no ano de 1973 e outra em 1976. Antes mesmo de alcançar esse feito, Peppino emplacou o sucesso Champagne no ano de 1973, canção que inclusive foi expandida aqui para o Brasil e foi sucesso na vitrola de nossas vovós e vovôs.

Nel blu di pinto di blu – Domenico Modugno



Popularmente conhecida apenas por Volare devido ao seu refrão, essa música participou da edição de 1958 do Eurovision e foi considerada a canção na língua italiana mais conhecida no mundo naquela época. É comum ver avôs de família italiana cantarolando essa música pelos corredores de casa ou no chuveiro!

Tintarella di luna – Mina



Mina é uma lenda viva da música européia. No ano de 1960 foi lançado seu primeiro álbum Tintarella di Luna que leva em sua tracklist a canção de mesmo nome. Posteriormente ela foi regravada em português pela cantora paulistana Celly Campello, com o título Banho de lua, sucesso nas rádios brasileiras durante os anos 60.

Datemi un Martelo – Rita Pavone



Em meados dos anos 60, Rita Pavone conquistou não só a Itália, mas também parte da América Latina, assim como Brasil e Argentina onde ocorreram sua primeira turnê internacional. Datemi un Martelo é uma canção alegre e divertida que nos lembra muito os filmes musicais daquela época.

Tornero – I Santo California



Com apenas um mês após o seu lançamento, o álbum da banda já era disco de ouro no ano de 1975. Logo após atingir a marca de 11 milhões de cópias vendidas Torneró foi traduzida em quase todas as língua do mundo e até hoje está presente nas mais diversas compilações de sucessos românticos do mundo todo.


Fonte:www.latinpopbrasil.com.br

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

O programa mais antigo do rádio


De segunda a sexta-feira, às 17h, a sanfona de Rubens Diniz sapeca pela Rádio Inconfidência AM, de Belo Horizonte (MG), o clássico Campo Belo, composição rancheira de Antenógenes Silva. Trata-se do prefixo de Hora do Fazendeiro, o programa radiofônico mais antigo do Brasil – talvez do mundo –, transmitido ininterruptamente há 73 anos em ondas médias e curtas, e hoje também pela internet.

A primeira transmissão foi ao ar em 7 de setembro de 1936, quatro dias depois da inauguração da rádio pública de Minas Gerais. Apresentado por Tina Gonçalves e Cristiano Batista, o programa passou por uma reformulação em junho de 2009, sendo ampliado de uma para duas horas de duração. Na retaguarda estão o superintendente de Jornalismo, Getúlio Neuremberg, e o coordenador artístico da emissora, Gustavo Abreu.

Segundo a produtora Aline Louise Moreira, o objetivo da equipe de produção sempre foi ‘dialogar com o homem do campo’, oferecendo serviços, boletim meteorológico, cotação de produtos agrícolas, dicas, receitas caseiras e a autêntica música caipira. Outra missão que não fica de lado é a prestação de serviços aos ouvintes urbanos, que podem, por exemplo, aprender a montar uma horta em apartamento ou numa pequena área do quintal.

Linguagem específica


Tina Gonçalves apresenta Hora do Fazendeiro desde a década de 1970, quando o programa ia ao ar ainda pela manhã. Ela trabalhou ao lado de Bentinho, Delmário, Caxangá, Geraldo Eustáquio e José Penido, nomes lendários do rádio mineiro. ‘O segredo do nosso sucesso é que não havia programas direcionados ao homem do campo, naquela época’, afirma.

‘A TV não tinha o alcance de hoje e o homem do campo não dispunha de acesso a agrônomos e veterinários’, acrescenta a apresentadora. Segundo ela, o programa propiciou esse contato, orientando o ouvinte no seu dia-a-dia na roça. ‘Além disso, trouxemos a música de raiz, mensagens de ouvintes e a seção de desaparecidos, na qual procuram-se notícias de parentes e amigos que estão longe de casa’, ressalta.

Cristiano Batista começou a apresentar Hora do Fazendeiro há quatro anos, substituindo o locutor José Penido. ‘Usamos uma linguagem específica, pois o público padrão inclui o fazendeiro e o trabalhador rural’, ele explica. ‘Temos também ouvintes na capital e aqueles que gostam do programa por causa da música caipira. Muita gente liga apenas para ouvir o próprio nome no rádio, enviando lembranças a amigos e familiares distantes.’

Num especial apresentado quando o programa comemorava 70 anos, um dos entrevistados foi João Moreira, de 85 anos, ouvinte desde os tempos em que era fazendeiro, em Barão de Cocais, há mais de meio século. ‘Esse programa é uma maravilha’, disse ele, resumindo o sentimento da audiência. ‘Meu filho até já ofereceu música pra mim, lá de São Paulo… Meu rádio só fica ligado na Inconfidência.’

Marca do pioneirismo

A iniciativa de se criar uma rádio difusora em Minas Gerais foi articulada na década de 1930, durante o governo de Benedito Valadares. Quem viabilizou a ideia foi o secretário de Agricultura e futuro governador, Israel Pinheiro. O transmissor da terceira emissora a ser inaugurada em Belo Horizonte – depois das rádios Mineira e Guarani – foi adquirido graças a contribuições de prefeituras do interior, que doaram cerca de dois contos de réis ao governo estadual.

Com os estúdios instalados na antiga Feira Permanente de Amostras, na Praça Rio Branco, a emissora foi inaugurada às 19h de 3 de setembro de 1936. Entre as autoridades presentes estavam o ex-presidente Venceslau Brás e o ministro da Agricultura de Getúlio Vargas, Odilon Braga. Intelectuais e artistas como Tristão de Athayde, Almirante, Carmen Miranda e Orlando Silva também deram o ar da graça. Naquele mesmo mês seria inaugurada no Rio de Janeiro a legendária Rádio Nacional.

O primeiro slogan da ‘PRI-3’ dos mineiros foi ‘a voz de Minas para toda a América’. Em 1938, a Inconfidência foi uma das primeiras rádios do continente a transmitir uma Copa do Mundo de Futebol – a terceira delas, realizada na França, com notável desempenho da seleção brasileira. Pioneira belo-horizontina também nas radionovelas e nos programas de auditório, a emissora sempre teve Hora do Fazendeiro entre seus campeões de audiência.

Competência premiada

O sucesso do programa rural certamente contribuiu para que a Inconfidência ganhasse em 2009 o Prêmio Mídia do Ano em Comunicação Empresarial (categoria rádio), conferido pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje). Também no ano passado, sob a presidência do escritor e jornalista José Eduardo Gonçalves (que hoje preside a Rede Minas de Televisão), Hora do Fazendeiro conquistou o Prêmio Abimilho, com uma série de reportagens sobre o milho na cozinha brasileira.

Atualmente presidida pelo jornalista Valério Fabris, a emissora oficial de Minas firmou-se entre as principais do país. Basta dizer que a Inconfidência FM 100,9, que acaba de completar 30 anos de funcionamento, tornou-se uma trincheira da MPB, com programação de música 100% nacional. O padrão foi implantado por Claudinê Albertini, em 1980, no auge a chamada ‘invasão cultural’, sendo mantido até hoje e se tornando um importante diferencial frente à concorrência.

Para orgulho dos seus ouvintes mais fiéis, a Inconfidência FM foi cognominada ‘a brasileiríssima’. Em sua equipe sempre se destacaram profissionais que primam pelo bom-gosto musical, como os programadores Kiko Ferreira, Luiz Marcelo, Paulo Bastos, Miguel Rezende e o apresentador Tutti Maravilha, dono de um estilo inconfundível, que se tornou um dos símbolos do rádio mineiro.

domingo, 20 de agosto de 2017

A atual e pobre música brasileira


A qualidade de certas músicas brasileiras já foi questionada por diversos personagens do universo artístico. Recentemente o cantor Victor, da dupla sertaneja Victor e Léo, fez um discurso ácido se referindo ao atual momento de nossa música sertaneja: "Não deixaria meus filhos ouvirem a maioria das músicas sertanejas atuais. Pornografia e sensualidade excessiva em canções não são para criança ouvir".

O compositor criticou as músicas que exploram o duplo sentido em suas letras, mas a sertaneja é apenas uma gota em meio a um oceano de baixa qualidade musical, algo não muito diferente ocorre em outros universos. Estilos como o funk, o axé e o pagode passam por um momento sofrível no que diz respeito à inovação e qualidade musical. Infelizmente a época em que vivemos não pode ser considerada lá tão inovadora, seja para esses estilos mais novos, seja para tantos outros que em outras épocas espelharam toda uma revolução social, como a MPB, por exemplo.

Não sou um compositor e tampouco tenho qualquer tipo de formação musical, mas existem certos tipos de músicas que incomodam tão somente por causa de suas letras recheadas de ostentação, vulgaridade e violência. Como dizer que há crítica social ou mesmo algum tipo de criatividade nas seguintes músicas: o funk "cola a bunda no chão vai, cola a bunda no chão vai, cola a bunda no chão vai"; a sertaneja "ponho o carro, tiro o carro, à hora que eu quiser, que garagem apertadinha, que doçura de mulher, tiro cedo e ponho à noite, e às vezes à tardezinha"; ou ainda o pagode com letras como "eu chego no pagode chamando a atenção, todo mundo para pra ver a atração, carro importado, perfume mais caro só roupa de marca, ninguém entende nada". Poderia citar tantas outras músicas, mas algumas contêm tanta baixaria que nem ao menos podem ser citadas neste espaço.

Infelizmente, boa parte das músicas aliena ao passo que não lança um olhar crítico a nossa sociedade. Pelo contrário, desvaloriza a mulher, incentiva a violência e cria um processo de comercialização de atitudes, ideias e comportamentos. Hoje, pouca novidade há na produção musical, além disso, até mesmo a música evangélica, que deveria servir para outro fim que não fosse meramente o lucro, tem vivido uma fase extremamente pobre. Grande parte do que é produzido pela indústria cultural não tem nada de novo, ousado ou mesmo crítico, na verdade, não passa de mais do mesmo. Mas vou além, onde estão os novos poetas, escritores, compositores e críticos? Vivemos um momento não muito frutífero no que concerne à cultura.

Parafraseando uma famosa música de Rita Lee: o que foi que aconteceu com a música popular brasileira? Com aquelas músicas que moviam multidões e que questionavam a sociedade e a realidade social. Existem músicas tão importantes que se tornaram verdadeiros registros históricos da humanidade, é o caso dos artistas que descreveram os períodos mais duros do regime militar, como, por exemplo, a canção "Deus lhe Pague", de Chico Buarque, em que o compositor utiliza a ironia para fazer críticas à situação repressiva que os brasileiros viviam: "Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir, a certidão pra nascer e a concessão pra sorrir. Por me deixar respirar, por me deixar existir. Deus lhe pague". O rock nacional também já foi mais frutífero, quem não se lembra das letras carregadas de críticas sociais da banda Legião Urbana, a exemplo da música "Geração Coca-Cola": "Quando nascemos fomos programados a receber o que vocês nos empurraram com os enlatados dos USA, de 9 às 6. Desde pequenos nós comemos lixo, comercial e industrial".

Mas hoje, as músicas da moda, em sua maioria, não carregam nada além de vulgaridade, erotização e violência, são apenas medíocres. Hoje, sim, poderíamos chamar de Idade das Trevas a fase cultural em que vivemos. A expressão que caiu em desuso foi utilizada pelo estudioso italiano Francesco Petrarca, para denunciar a literatura latina da Alta Idade Média (do século V ao X) e denominar um período que, segundo ele, nada de útil produziu. Mas, para nós, ainda há esperanças. No entanto é preciso que uma revolução cultural aconteça. Talvez nem mesmo nossa geração veja essas mudanças, mas é preciso que nossa nação invista na produção cultural verdadeira e não na diversão pública. A música precisa voltar a ser portadora de tradições e não um mero conjunto de palavras inúteis.



Fonte:www.al.sp.gov.br