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domingo, 28 de junho de 2015

A televisão no Brasil - O Começo - Década de 50


A pré-estréia da Televisão no Brasil aconteceu no dia 3 de Abril de 1950. Foi com uma apresentação de Frei José Mojica e as imagens foram assistidas em aparelhos instalados no saguão dos Diários Associados.

No dia 10 de setembro foi transmitido um filme onde Getúlio Vargas falava sobre seu retorno à vida política.

Finalmente no dia 18 de setembro a TV Tupi de São Paulo, PRF-3 TV, canal 3, foi inaugurada. Era a concretização do sonho de um pioneiro da comunicação no Brasil: Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo, que já controlava uma cadeia de jornais e emissoras de rádio chamada Diários Associados.

Chateaubriand havia encomendado à RCA equipamento para duas emissoras de televisão. A antena foi instalada no edifício do Banco do Estado de São Paulo.

"TV na Taba", apresentado por Homero Silva, foi o primeiro programa transmitido. Teve a participação de Lima Duarte, Hebe Camargo, Mazzaropi, Ciccilo, Lia Aguiar, Vadeco, Ivon Cury, Lolita Rodrigues, Wilma Bentivegna, Aurélio Campos, do jogador Baltazar e da orquestra de George Henri.

Logo na estréia a TV Brasileira teve de mostrar seu poder de improviso. Eram apenas duas câmeras e horas antes do começo da transmissão uma pifou. Os técnicos americanos aconselharam que a "festa" fosse adiada, mas lá estava o diretor Cassiano Gabus Mendes, outro pioneiro da TV brasileira, que decidiu ir ao ar mesmo só com uma câmera.

A transmissão foi assistida através de 200 aparelhos importados por Chateaubriand e espalhados pela cidade.

Logo, com ajuda dos profissionais do rádio, jornal e do teatro, as transmissões aconteciam das 18 às 23h e foi colocado no ar o primeiro telejornal: "Imagens do Dia".

Os primeiro anunciantes da TV Brasileira foram : Sul América Seguros, Antárctica, Moinho Santista e empresas Pignatari (Prata Wolf).





Fonte:radiodifusaoenegocios.com.br/

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Festa em louvor a São Pedro em Fama MG


Você está convidado para participar com sua família da Festa de São Pedro em Fama MG

Programação:

Dia 26/06 sexta-feira as 19:00 horas:
Missa de abertura da festa com participação do Padre Filomeno e levantamento do mastro e bandeira.

Dia 27/06 sábado as 19:00 horas:
Santa Missa

Dia 28/06 domingo as 09:00 horas:
Santa Missa

Dia 03/07 sexta-feira as 19:00 horas:
Santa Missa

Dia 04/07 sábado as 19:00 horas:
Santa Missa - Show com Fernando Cesar e Adriano Vitor

Dia 05/07 domingo as 09:00 horas:
Santa Missa - As 18:00 horas linda procissão fluvial com a benção e bateria de fogos

Convidamos a todos os donos de barcos, lanchas e outras embarcações para participar desta procissão.

Ademir Palácios

sábado, 20 de junho de 2015

Anos 60: A Revolta Juvenil


De 1960 a 1969, em cada ano desta década, em cada um dos cinco continentes, em quase todos os 145 países de vários sistemas políticos, o mundo conheceu a rebelião dos jovens. Ao lado das guerras – e mais do que o sexo -, as manchetes dos jornais falaram da odisseia de 519 milhões de inconformados.
 Mutantes da nova “era oral e tribal em dimensões planetárias, produzida pelas comunicações de massa”, segundo Marshall McLuhan, os jovens entre quinze e 24 anos -  um sexto da população da Terra – são ao mesmo tempo mito e desmistificadores da sociedade. Consumindo e consumidos, contestando e contestados, Êles lutaram com tôdas as armas para destruir o velho e impôr o novo.
 Na expressão dura dos jovens “enragés” ou na mansidão dos hippies, que o Arcebispo James Pike, da Califórnia, comparou aos primeiros cristãos, os anos 60 foram de luta e recusa, pacífica ou violenta, mas sempre radical.



 A revolta juvenil não é uma particularidade desta década, mas agora ela deixou de ter simples motivações psicológicas (não mais uma “crise de adolescência”) para ganhar componentes sociológicos novos e se constituir em problema social. De um dia para o outro, “a nossa esperança do amanhã” resolveu fazer o presente. Como afirmaram, era preciso deixar de ser objeto para ser sujeito da História. De eterna ameaça romântica e simbólica eles passaram a ser destruidores radicais de tudo o que está estabelecido e consagrado: valôres e instituições, idéias e tabus. Com a pressa que lhes dá a sua provisória condição e com a coragem da idade, êles afrontaram a moral vigente e arrancaram as pedras das ruas para com elas pôr por terra as estruturas da sociedade: capitalista ou comunista, de opulência ou de miséria.

 Em todos êles um máximo denominador comum: não. Mas, descrentes de tudo o que herdaram, os jovens perderam até a confiança no não que lhes tinham ensinado a dizer e criaram uma nova semântica da negação – o sim ao não – e uma nova forma de dizê-lo: a ação. Um não que podia ter a aparência de cabelos compridos, roupa suja, música estridente, pés descalços e “blue jeans”, ou assumir a forma mais ameaçadora de uma pedra na mão e uma idéia revolucionária na cabeça.




No princípio da década, repetindo na vida o que alguns ídolos dos anos 50, como James Dean e Marlon Brando, faziam no cinema, os jovens explodiram numa onda de violência sem objeto e sem sentido. De repente, como que obedecendo a um comando único, essa onda de espraiou por vários países. “Blousons noirs” franceses, “playboys” e transviados brasileiros, “beats” e “hell angels” americanos, “teddy boys” inglêses. Várias qualificações para falar de uma mesma atitude agressiva e uma mesma disposição violenta. Uma violência que se manifestava gratuitamente contra pessoas, carros, vitrinas, ou no desafio do perigo inútil: duelos a faca e canivete, corridas vertiginosas pelas madrugadas. Apenas um valor pareciam cultivar: o respeito e admiração do grupo ou da “gang”. No prazer da velocidade, no ruído ensurdecedor da motocicleta, o vento batendo no rosto e a máquina obedecendo dócil ao comando, o jovem do início da década começava a se manifestar no mesmo ritmo alucinante do “rock-and-roll”.

 Suas caras selvagens assustaram, seus gestos surpreenderam. Podiam ser o primeiro problema jovem da década, como podiam ser também “impulsos naturais da juventude”. Outras épocas não tinham igualmente passado por isso?

 Ao espalhar-se ruidosamente pelos bares, quebrando tabus (fumando, bebendo e se beijando), a “geração perdida” do primeiro pós-guerra também escandalizara as famílias, quando Scott Fitzgerald lhes revelou “êsse lado do paraíso”. (“Môças ceando depois dos bailes, às 3 horas da madrugada, em lugares incríveis, conversando sôbre todos os assuntos com ar meio sério, meio zombeteiro...”)





O segundo pós-guerra também produzira a sua geração-problema, a existencialista que se alimentava da “náusea” de Sartre e do absurdo de Camus, mergulhando, suja e despenteada, nas caves de Saint-German-des-Prés para se embebedar de absinto e das canções de Juliette Gréco. Como essas duas gerações, os nossos transviados tinham assustado a sociedade. Um susto que intranqüilizava mais pelos efeitos do que pelas causas, embora alguns vissem pelas manifestações o prenúncio de qualquer coisa de mais grave. O Presidente Kennedy chegara a dizer: “Temos os meios de fazer da geração atual a mais feliz da humanidade na história do mundo – ou fazer dela a última”.


 Ensurdecidos pelo ruído de suas máquinas, nem todos perceberam que a juventude 60 não tinha apenas aquela cara rebelde que podia variar de contôrno mas não perdia a semelhança com as de outras épocas.



Fonte: Revista Veja

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Nelson Cavaquinho - Vida & Arte

O cantor e compositor Nelson Cavaquinho nasceu no Rio de Janeiro em 29 de outubro de 1911, sendo batizado como Nelson Antônio da Silva. Faleceu também no Rio em 18 de fevereiro de 1986, poucos dias depois de ver sua escola de samba do coração, a Mangueira, vencer o carnaval.

Nelson e a música eram velhos amigos. O pai dele, Brás Antônio da Silva, tocava tuba na Banda da Polícia Militar. Domingo era dia de música em casa, nos diversos lugares onde a família morou. Em cada novo bairro, Nelson ia recolhendo influências. Na Lapa, teve contato com os malandros e valentes; já na Gávea, conviveu com os chorões, fascinando-se com os tocadores de cavaquinho. Entusiasmado, quis aprender o instrumento, ensaiando sempre... que conseguia algum emprestado.

Desde essa época, Nelson acostumou-se a tocar apenas com os dedos polegar e indicador, hábito que manteve a vida toda. Em certo momento, por volta dos 40 anos, ele mudou do cavaquinho para o violão (embora ninguém tenha tido a idéia de chamá-lo de Nelson Violão por causa disso). Oficialmente, a mudança aconteceu porque o cavaquinho, sendo um instrumento pequeno, não combinaria com um homem de cabelos brancos. O violão imporia mais respeito. A cronista Eneida sabia de uma outra história, chegando a mencionar publicamente o assunto (num disco-depoimento de Nelson gravado no selo Castelinho em 1970), mas o sambista desconversou e, até onde consegui saber, a outra história caiu no esquecimento.

Nelson precisou parar de estudar cedo para trabalhar e ajudar a família. Mas ir à aula realmente não era das paixões do moço, mesmo. O pai descobriu logo que o filho fugia do serviço para ir a rodas de choro, principalmente se quem tocava bandolim era Luperce Miranda. Preocupado, seu Brás falsificou os documentos de Nelson, que de 20 anos passou a ter 21, para que pudesse ingressar na Cavalaria da Polícia Militar. Afinal, ele já era um homem sério: casara algum tempo antes com Alice Neves, numa delegacia, arrastado pelo pai da moça. Um dos presentes de casamento Nelson recebeu antecipado: um sabonete, para que pudesse tomar banho, tal a falta de grana em que estava. O novo policial não gostou muito da história, afinal recém ganhara um cavaquinho de presente e estava compondo muito.

Bem, da noite pro dia Nelson Cavaquinho ficara um ano mais velho, casara e fora incorporado na polícia. Parecia que seus dias de boemia iam ficar no passado. Mas adivinhem em que lugar do Rio ele deveria fazer sua ronda diária? Era nada mais nada menos que o Morro da Mangueira! Desta forma, diariamente, Nelson era obrigado a ir à Mangueira, fazendo a ronda. De bar em bar, conheceu os sambistas e se apaixonou definitivamente pela Estação Primeira, à qual dedicou os sambas “Folhas Secas” e “Pranto de Poeta”, compostos em parceria com Guilherme de Brito.

Até conhecer Guilherme, na década de 50, Nelson fazia sozinho seus sambas. Mas eles chegavam ao disco com um ou dois “parceiros”, aos quais ele vendera parte dos direitos autorais. Era a forma que usava para viver, após deixar a Polícia em 1938 antes que fosse expulso. É difícil saber quem realmente era parceiro de Nelson, até porque ele tinha plena consciência de que vendera porque quis quando precisava e não tinha porque reclamar depois. Seu primeiro sucesso, “Rugas”, foi dividido com Ary Monteiro e Augusto Garcez. Em outro clássico, “Degraus da Vida” (que teve uma gravação fabulosa de Elizeth Cardoso em 1970), Nelson quase some entre os “parceiros” César Brasil e Antônio Braga.

Compor com Guilherme de Brito fez com que os sambas de Nelson Cavaquinho cada vez mais falassem de seus temas preferidos: mulheres, flores e morte. A parceria gerou clássicos como “A Flor e o Espinho” (assinado por Nelson, Guilherme e Alcides Caminha), que inicia com um verso digno de antologia: “Tire seu sorriso do caminho que eu quero passar com a minha dor.”

A venda de parte dos direitos desagradava alguns parceiros de Nelson. Foi assim com Cartola. Eles fizeram um samba juntos, Nelson deu uma carona na música e Cartola decidiu manter a amizade, mas encerrar a parceria. O estilo de Nelson Cavaquinho tocar foi assim comentado pelo crítico Tárik de Souza em artigo de 1973 na Folha da Manhã de Porto Alegre: “O estranho violão toca sempre contrário à linha melódica, uma espécie de execução pelo avesso que às vezes lembra harmonizações orientais.” Tárik citava ainda o respeito que os violonistas Egberto Gismonti e Turíbio Santos, de formação erudita, tinham pelo autodidata Nelson Cavaquinho, criador de um estilo que não teve seguidores.

Nelson Cavaquinho gravou apenas três discos solo, incluindo o de depoimento, além de participar outros três dedicados à sua obra. Já no cinema, Nelson atuou em três filmes, em que ele sempre aparecia num bar, com o violão, bebendo e cantando: seu próprio papel na vida. Foi assim nos longas O Casal, dirigido por Daniel Filho em 1975, e Muito Prazer, de David Neves, em 1979. Mas seu grande momento foi o curta Nelson Cavaquinho, que Leon Hirszman filmou em 1970, com Nelson circulando com os amigos pela Mangueira e batendo samba, como ele dizia. Uma forma excelente de lhe dar as flores em vida, como ele pediu no samba “Quando Eu me Chamar Saudade”, mais um da parceria com Guilherme de Brito.

Cartola, Nelson e Juvenal desfilam pela Mangueira



Making off do texto - Escrito como roteiro de parte da edição piloto do programa Brasileirinho, que gravei em maio de 2002 para levar às emissoras de rádio de Porto Alegre como amostra do projeto que eu queria levar ao ar; as emissoras não se interessaram e o projeto originou o site Brasileirinho (http://brasileirinho.mus.br/). Inclusive este foi um dos quatro textos que entraram no ar no primeiro dia do Brasileirinho, em 17 de outubro de 2002; o áudio deste texto já esteve no ar no Brasileirinho durante algum tempo. Este artigo é citado no verbete sobre Nelson Cavaquinho na Wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%A9lson_Cavaquinho ).

Nelson Cavaquinho - Documentário 1969 [completo]


Curta-metragem sobre o sambista Nelson Cavaquinho, filmado em 1969 pela lente de Leon Hirszman, um Nelson Cavaquinho de 59 anos de idade é flagrado divagando suas impressões sobre a música e a vida em sua casa no dia-a-dia tranqüilo de Bangu, caminhando pela vizinhança simples e, principalmente, cantando com sua embargada voz, o indefectível dedilhar debochado de seu violão (tão irresistível de se imitar, para quem é violonista) e um olhar comovente que consolida de vez o caráter comovente de sua poesia popular. http://espacogarrincha.blogspot.com






Fontes:vamosfalar-jornalismocultural.blogspot.com.br/http://espacogarrincha.blogspot.com

terça-feira, 9 de junho de 2015

Documentário: História do Radio - A Era do Radio


A partir de 1919 começa a chamada "Era do rádio".

O microfone surge através da ampliação dos recursos do bocal do telefone, conseguidos em 1920, nos Estados Unidos, por engenheiro da Westinghouse.

Foi a própria Westinghouse que fez nascer, meio por acaso, a radiofusão. Ela fabricava aparelhos de rádio para as tropas da Primeira Guerra Mundial e com o término do conflito ficou com um grande estoque de aparelhos encalhados. A solução para evitar o prejuízo foi instalar uma grande antena no pátio da fábrica e transmitir música para os habitantes do bairro. Os aparelhos encalhados foram então comercializados.

A primeira transmissão radiofônica oficial no Brasil, foi o dircurso do Presidente Epitácio Pessoa, no Rio de Janeiro, em plena comemoração do centenário da Independência do Brasil, no dia 7 de setembro de 1922. O discurso aconteceu numa exposição, na Praia Vermelha - Rio de Janeiro e o transmissor foi instalado no alto do Corcovado, pela Westinghouse Electric Co.

Para se ter uma idéia de porque a época ficou conhecida como a "Era do Rádio", nos EUA o rádio crescia surpreendentemente. Em 1921 eram 4 emissoras, mas no final de 1922, os americanos contavam 382 emissoras.

A chegada do rádio comercial não demorou. Logo as emissoras reivindicaram o direito de conseguir sobreviver com seus próprios recursos. A pioneira no rádio comercial foi a WEAF de Nova Iorque, pertencente à Telephone and Telegraf Co.. Ela irradiava anúncios e cobrava dois dólares por 12 segundos de comercial e cem dólares por 10 minutos.

O "pai do rádio brasileiro" foi Edgard Roquete Pinto. Ele e Henry Morize fundaram em 20 de abril de 1923, a primeira estação de rádio brasileira: Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Foi aí que surgiu o conceito de "rádio sociedade" ou "rádio clube", no qual os ouvintes eram associados e contribuíam com mensalidades para a manutenção da emissora.

O Dia Mundial das Telecomunicações é comemorado em 17 de maio porque foi nesta data, em 1865, que institui-se a "União Telegráfica Internacional".










Fonte:radiodifusaoenegocios.com.br