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sábado, 23 de maio de 2015

Os primeiros anos do rádio no Brasil

A primeira transmissão radiofônica realizada no Brasil ocorreu na Exposição do Centenário da Independência do Brasil em 1922, mas a primeira estação a transmitir regularmente foi a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro - PRA-A - inaugurada por Roquete Pinto e Henrique Moritze, em 20 de abril de 1923. A esses dois pioneiros juntaram-se outros como Elba Dias que fundou logo a seguir a Rádio Clube do Brasil - PRA-B e um grupo pernambucano que em 17 de outubro de 1923 iniciou as trasmissões da Rádio Clube de Pernambuco.

Os primeiros anos do rádio foram difíceis: muita música clássica, muita ópera e muita colaboração graciosa de alguns artistas da sociedade. Aos poucos, porém, foi se firmando e ao final de 1926 e início de 1927, quando as gravações deixaram de ser mecânicas para se tornarem elétricas, surgiram os primeiros artistas para disputar a preferência dos ouvintes: Gastão Formenti, Vicente Celestino, Francisco Alves, Patrício Teixeira, Augusto Calheiros, Elisinha Coelho, Albênzio Perrone, Mário Reis e outros.

Mais emissoras foram aparecendo: Rádio Educadora, Rádio Mayrink Veiga, Guanabara, Cajuti, Ipanema, Jornal do Brasil, Tupi, Philips (depois Nacional), Transmissora (depois Globo) e assim sucessivamente.

Em 1930, pode-se dizer, o rádio estourou no Brasil dando início ao que se pode chamar de a Era do Rádio no Brasil. Foi o maior veículo de comunicação, divertimento e formação cultural no país até meados da década de 60 quando a Televisão tomou-lhe o lugar, embora o rádio mantenha ainda o privilégio de ser o maior veículo de comunicação.








Fonte:www.collectorsstudios.com

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Cantoras do Rádio: Aracy de Almeida e seu medo de avião

Aracy de Almeida

Nos dias atuais todo mundo sabe dos medos e manias do Roberto Carlos, semana passada ele se recusou a gravar porque no estúdio tinha um relógio quebrado, e segundo ele, não se pode gravar onde tem um relógio parado. Tiveram que consertar o tal relógio que estava quebrado fazia anos. Mas nos tempos do rádio a saudosa cantora Aracy de Almeida, interprete preferida de Noel Rosa também tinha seus medos.

A Aracy de Almeida era uma mulher maravilhosa, uma grande cantora, musa de Noel Rosa, aquela coisa toda e tal. Mas era uma pessoa totalmente enlouquecida por não querer entrar num avião. Não entrava de jeito nenhum. Quando passava perto de um aeroporto, ela se virava como se estivessem tocando nela. Ela tinha uma paranóia e não entrava em avião de jeito nenhum.

Nunca conheceu nada do Brasil, só Rio e São Paulo, porque ia de trem, nem de ônibus. E aconteceu o seguinte: a Rádio Nacional ia ser homenageada pelo governador e pelo Estado de Belém do Pará. Nós íamos para Belém — Emilinha, Marlene, Dalva, Ademilde Fonseca, Elizeth Cardoso, Isaurinha Garcia, Dolores Duran, cantoras e cantores, 80 ao todo — E estava todo mundo junto na sala pra conversar e decidir o repertório com o diretor artístico. A Aracy de Almeida entrou na sala derrubando tudo, enlouquecida: “Eu não vou nesse show, não vou de jeito nenhum. Vocês sabiam que eu não ando de avião, por que me puseram nesse show?” Ela estava quase querendo bater no diretor.

O Nelson Gonçalves, que era gago, ficou nervoso e pediu que ela não se exaltasse, mas ela disse que ele não iria conseguir conquistá-la. Ele disse: “Aracy, presta atenção: esse medo burro que você tem de viajar de avião, que bobagem é essa? Fica sabendo de uma coisa: Você só vai morrer quando chegar o seu dia, sabia?” Ela parou e disse assim: “Sabia, mas, e se for o dia do piloto?” Aí acabou o assunto ali. O pessoal morreu de rir.






Fonte:Informações/fatosnovosnovasideias.wordpress.com

terça-feira, 19 de maio de 2015

Noel Rosa 'O Poeta da Vila'

Noel de Medeiros Rosa, também conhecido como "Poeta da Vila"

Noel Rosa nasceu de um parto muito difícil, que incluiu o uso de fórceps pelo médico obstetra, como medida para salvar as vidas da mãe e bebê. Além disso, nasceu com hipoplasia (desenvolvimento limitado) da mandíbula (provável Síndrome de Pierre Robin) o que lhe marcou as feições por toda a vida e destacou sua fisionomia bastante particular.

Nascido na Rua Teodoro da Silva número 130, no bairro carioca de Vila Isabel, foi primeiro filho do comerciante Manuel Garcia de Medeiros Rosa e da professora Martha de Medeiros Rosa, Noel era de família de classe média, tendo estudado no tradicional Colégio de São Bento, onde apesar da inteligência notável, não era aplicado nos estudos.

Adolescente, aprendeu a tocar bandolim de ouvido e tomou gosto pela música — e pela atenção que ela lhe proporcionava. Logo, passou ao violão e cedo tornou-se figura conhecida da boemia carioca. Em 1931 entrou para a Faculdade de Medicina, mas logo o projeto de estudar mostrou-se pouco atraente diante da vida de artista, em meio ao samba e noitadas regadas à cerveja. Noel foi integrante de vários grupos musicais, entre eles o Bando de Tangarás desde 1929, ao lado de João de Barro (o Braguinha), Almirante, Alvinho e Henrique Brito.


Em 1929, Noel arriscou as suas primeiras composições, Minha Viola e Festa no Céu, ambas gravadas por ele mesmo. Mas foi em 1930 que o sucesso chegou, com o lançamento de Com que roupa?, um samba bem-humorado que sobreviveu décadas e hoje é um clássico do cancioneiro brasileiro. Essa música ele se inspirou quando ia sair com os amigos, a mãe não deixou e escondeu suas roupas, ele, com pressa perguntou: "Com que roupa eu vou?" Noel revelou-se um talentoso cronista do cotidiano, com uma sequência de canções que primam pelo humor e pela veia crítica. Orestes Barbosa, exímio poeta da canção, seu parceiro em Positivismo, o considerava o "rei das letras". Noel também foi protagonista de uma curiosa polêmica (Noel Rosa X Wilson Batista) travada através de canções com seu rival Wilson Batista. Os dois compositores atacaram-se mutuamente em sambas agressivos e bem-humorados, que renderam bons frutos para a música brasileira, incluindo clássicos de Noel como Feitiço da Vila e Palpite Infeliz. Entre os intérpretes que passaram a cantar seus sambas, destacam-se Mário Reis, Francisco Alves e Aracy de Almeida.

Noel teve ao mesmo tempo várias namoradas e foi amante de muitas mulheres casadas. Casou-se em 1934 com uma moça da alta sociedade, Lindaura, mas era apaixonado mesmo por Ceci (Juraci Correia de Araújo), a prostituta do cabaré, sua amante de longa data. Era tão apaixonado por ela, que ele escreveu e fez sucesso com a música "Dama do Cabaré", inspirada em Ceci, que mesmo na vida fácil, era uma dama ao se vestir e ao se comportar com os homens, e o deixou totalmente enlouquecido pela sua beleza. Foram anos de caso com ela, eles se encontravam no cabaré a noite e passeavam juntos, bebiam, fumavam, andavam principalmente pelo bairro carioca da Lapa, onde se localizava o cabaré. Ele dava-lhe presentes, joias, perfumes e ela o compensava com noites inesquecíveis de amor.

Noel passou os anos seguintes travando uma batalha contra a tuberculose. A vida boêmia, porém, nunca deixou de ser um atrativo irresistível para o artista, que entre viagens para cidades mais altas em função do clima mais puro, sempre voltava ao samba, à bebida e ao cigarro, nas noites cariocas, cercado de muitas mulheres, a maioria, suas amantes. Mudou-se com a esposa para Belo Horizonte, lá, Lindaura engravidou, mas sofreu um aborto, e não pôde mais ter filhos, por isso Noel não foi pai. Da capital mineira, escreveu ao seu médico, Dr. Graça Melo: “Já apresento melhoras/Pois levanto muito cedo/E deitar às nove horas/Para mim é um brinquedo/A injeção me tortura/E muito medo me mete/Mas minha temperatura/Não passa de trinta e sete/Creio que fiz muito mal/Em desprezar o cigarro/Pois não há material/Para o exame de escarro". Trabalhou na Rádio Mineira e entrou em contato com compositores amigos da noite, como Rômulo Pais, recaindo sempre na boêmia. De volta ao Rio, jurou estar curado, mas faleceu em sua casa no bairro de Vila Isabel no ano de 1937, aos 26 anos, em consequência da doença que o perseguia desde sempre. Deixou sua esposa viúva e desesperada. Lindaura, sua mulher, e Dona Martha, sua mãe, cuidaram de Noel até o fim. Seu corpo encontra-se sepultado no Cemitério do Caju no Rio de Janeiro.


Homenagem:


Em 2010, cem anos depois do seu nascimento, o GRES Unidos de Vila Isabel, escola de samba sediada na Zona Norte do Rio de Janeiro, no bairro de Vila Isabel, levou Noel Rosa como seu enredo do carnaval de 2010. Fez-se um desfile em sua homenagem, com o samba intitulado Noel: A Presença do "Poeta da Vila", de autoria do compositor Martinho da Vila.

O desfile realizado pela Unidos de Vila Isabel se deu na segunda-feira de carnaval, dia 15 de Fevereiro de 2010. A escola foi a quinta escola a desfilar e o resultado oficial rendeu à escola a quarta colocação na ordem oficial de apuração dos pontos pela LIESA.




Fonte:http://pt.wikipedia.org/

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Cultura e Sociedade nos Anos 50

Marilyn Monroe

O padrão de beleza nos anos 1950 é marcado pelo surgimento do padrão de corpo esquálido, diferentemente daquele corpo da década anterior, marcada pelas curvas de "Marilyn Monroe". Agora, o padrão de beleza a ser alcançado é o de "Brigitte Bardot" até 1957, com seus coques e rabos-de-cavalo. Note que a mulher está cada vez mais independente, mas além de bela e bem cuidada, ela ainda acumulava a função de dona-de-casa, esposa e mãe.

Não obstante, com o fim da escassez do pós-guerra, a beleza pode ser considerado um tema importante pela indústria. Assim, era tempo de cuidar da aparência de modo sofisticado. Sem espanto, será durante os anos 50, a alta-costura e a indústria de cosmético irão se desenvolver sem precedentes. Daí, surge a moda colegial, inspirada no visual sportswear.

Contudo, o ponto alto dessa década fora a popularização da televisão. Foi quando as transmissões começaram e as vendas de televisores aumentaram enormemente. No Brasil, inaugura em setembro de 1950 a TV Tupi, o primeiro canal de televisão da América Latina. Já o cinema, seguindo o modelo norte americano, difundiu a moda do garoto rebelde, representada por James Dean; os filmes mais populares fora Cinderela (1950) e Peter Pan (1953).

Ora, todos os temas da época perpassam a ficção científica e as viagens espaciais. Até mesmo os carros americanos serão inspirados na tecnologia espacial (grandes, baixos e compridos, luxuosos e confortáveis), inclusive os diversos aparelhos eletrodomésticos criados, como a máquina de lavar roupas e o aspirador de pó.

No esporte, o Uruguai foi campeão Mundial de futebol pela segunda vez no Brasil em 1950. Em 1954, a Alemanha Ocidental ganha o Troféu Mundial pela 1ª vez, feito igualado pela seleção brasileira de 1958, na Copa Mundial da Suécia.

No que toca os avanços científicos, podemos destacar o primeiro transplante de órgão em 1954, o desenvolvimento da primeira vacina de poliomielite, em 1955, e, no ano de 1957, a nave Sputnik I foi lançada e a Sputinik II põe o primeiro ser vivo em órbita da Terra (a cadela Laika).


Por fim e o mais marcante é que essa é a década que surge nos Estados Unidos o movimento musical que existe até os dias de hoje: o Rock N' Roll. A repercussão mundial esteve nas vozes de cantores como Elvis Presley, que começa a fazer sucesso em 1956 e outros, como Chuck Berry, Chubby Cheker e Bill Haley. No Brasil, além da introdução do movimento Rock, suge um estilo único: a Bossa Nova, cantada nas vozes de Tom Jobim, Vinícius de Morais e João Gilberto.





Fonte:www.todamateria.com.br

terça-feira, 12 de maio de 2015

Roberto Carlos e o relógio quebrado na parede



Até o estúdio Abbey Road teve que se adequar às idiossincrasias de Roberto Carlos. Ontem, o rei esteve no local onde os Beatles e o Pink Floyd gravaram álbuns que marcaram a história da música. Lá será gravado um álbum em espanhol e uma regravação de And I Love Her, composta por John Lennon e Paul McCartney.

Prestes a gravar, Roberto deparou-se com um relógio quebrado dentro do estúdio. Ouviu que o objeto fora danificado pelos integrantes do Pink Floyd em 1973, enquanto brincavam de futebol nos intervalos da gravação do épico Dark Side of the Moon.

Roberto bateu o pé e afirmou que não havia possibilidade de gravar em um local com relógio parado. A reclamação do rei não demorou a ser resolvida – em instantes o relógio foi consertado.





Fonte:Informações Veja