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terça-feira, 19 de maio de 2015

Noel Rosa 'O Poeta da Vila'

Noel de Medeiros Rosa, também conhecido como "Poeta da Vila"

Noel Rosa nasceu de um parto muito difícil, que incluiu o uso de fórceps pelo médico obstetra, como medida para salvar as vidas da mãe e bebê. Além disso, nasceu com hipoplasia (desenvolvimento limitado) da mandíbula (provável Síndrome de Pierre Robin) o que lhe marcou as feições por toda a vida e destacou sua fisionomia bastante particular.

Nascido na Rua Teodoro da Silva número 130, no bairro carioca de Vila Isabel, foi primeiro filho do comerciante Manuel Garcia de Medeiros Rosa e da professora Martha de Medeiros Rosa, Noel era de família de classe média, tendo estudado no tradicional Colégio de São Bento, onde apesar da inteligência notável, não era aplicado nos estudos.

Adolescente, aprendeu a tocar bandolim de ouvido e tomou gosto pela música — e pela atenção que ela lhe proporcionava. Logo, passou ao violão e cedo tornou-se figura conhecida da boemia carioca. Em 1931 entrou para a Faculdade de Medicina, mas logo o projeto de estudar mostrou-se pouco atraente diante da vida de artista, em meio ao samba e noitadas regadas à cerveja. Noel foi integrante de vários grupos musicais, entre eles o Bando de Tangarás desde 1929, ao lado de João de Barro (o Braguinha), Almirante, Alvinho e Henrique Brito.


Em 1929, Noel arriscou as suas primeiras composições, Minha Viola e Festa no Céu, ambas gravadas por ele mesmo. Mas foi em 1930 que o sucesso chegou, com o lançamento de Com que roupa?, um samba bem-humorado que sobreviveu décadas e hoje é um clássico do cancioneiro brasileiro. Essa música ele se inspirou quando ia sair com os amigos, a mãe não deixou e escondeu suas roupas, ele, com pressa perguntou: "Com que roupa eu vou?" Noel revelou-se um talentoso cronista do cotidiano, com uma sequência de canções que primam pelo humor e pela veia crítica. Orestes Barbosa, exímio poeta da canção, seu parceiro em Positivismo, o considerava o "rei das letras". Noel também foi protagonista de uma curiosa polêmica (Noel Rosa X Wilson Batista) travada através de canções com seu rival Wilson Batista. Os dois compositores atacaram-se mutuamente em sambas agressivos e bem-humorados, que renderam bons frutos para a música brasileira, incluindo clássicos de Noel como Feitiço da Vila e Palpite Infeliz. Entre os intérpretes que passaram a cantar seus sambas, destacam-se Mário Reis, Francisco Alves e Aracy de Almeida.

Noel teve ao mesmo tempo várias namoradas e foi amante de muitas mulheres casadas. Casou-se em 1934 com uma moça da alta sociedade, Lindaura, mas era apaixonado mesmo por Ceci (Juraci Correia de Araújo), a prostituta do cabaré, sua amante de longa data. Era tão apaixonado por ela, que ele escreveu e fez sucesso com a música "Dama do Cabaré", inspirada em Ceci, que mesmo na vida fácil, era uma dama ao se vestir e ao se comportar com os homens, e o deixou totalmente enlouquecido pela sua beleza. Foram anos de caso com ela, eles se encontravam no cabaré a noite e passeavam juntos, bebiam, fumavam, andavam principalmente pelo bairro carioca da Lapa, onde se localizava o cabaré. Ele dava-lhe presentes, joias, perfumes e ela o compensava com noites inesquecíveis de amor.

Noel passou os anos seguintes travando uma batalha contra a tuberculose. A vida boêmia, porém, nunca deixou de ser um atrativo irresistível para o artista, que entre viagens para cidades mais altas em função do clima mais puro, sempre voltava ao samba, à bebida e ao cigarro, nas noites cariocas, cercado de muitas mulheres, a maioria, suas amantes. Mudou-se com a esposa para Belo Horizonte, lá, Lindaura engravidou, mas sofreu um aborto, e não pôde mais ter filhos, por isso Noel não foi pai. Da capital mineira, escreveu ao seu médico, Dr. Graça Melo: “Já apresento melhoras/Pois levanto muito cedo/E deitar às nove horas/Para mim é um brinquedo/A injeção me tortura/E muito medo me mete/Mas minha temperatura/Não passa de trinta e sete/Creio que fiz muito mal/Em desprezar o cigarro/Pois não há material/Para o exame de escarro". Trabalhou na Rádio Mineira e entrou em contato com compositores amigos da noite, como Rômulo Pais, recaindo sempre na boêmia. De volta ao Rio, jurou estar curado, mas faleceu em sua casa no bairro de Vila Isabel no ano de 1937, aos 26 anos, em consequência da doença que o perseguia desde sempre. Deixou sua esposa viúva e desesperada. Lindaura, sua mulher, e Dona Martha, sua mãe, cuidaram de Noel até o fim. Seu corpo encontra-se sepultado no Cemitério do Caju no Rio de Janeiro.


Homenagem:


Em 2010, cem anos depois do seu nascimento, o GRES Unidos de Vila Isabel, escola de samba sediada na Zona Norte do Rio de Janeiro, no bairro de Vila Isabel, levou Noel Rosa como seu enredo do carnaval de 2010. Fez-se um desfile em sua homenagem, com o samba intitulado Noel: A Presença do "Poeta da Vila", de autoria do compositor Martinho da Vila.

O desfile realizado pela Unidos de Vila Isabel se deu na segunda-feira de carnaval, dia 15 de Fevereiro de 2010. A escola foi a quinta escola a desfilar e o resultado oficial rendeu à escola a quarta colocação na ordem oficial de apuração dos pontos pela LIESA.




Fonte:http://pt.wikipedia.org/

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Cultura e Sociedade nos Anos 50

Marilyn Monroe

O padrão de beleza nos anos 1950 é marcado pelo surgimento do padrão de corpo esquálido, diferentemente daquele corpo da década anterior, marcada pelas curvas de "Marilyn Monroe". Agora, o padrão de beleza a ser alcançado é o de "Brigitte Bardot" até 1957, com seus coques e rabos-de-cavalo. Note que a mulher está cada vez mais independente, mas além de bela e bem cuidada, ela ainda acumulava a função de dona-de-casa, esposa e mãe.

Não obstante, com o fim da escassez do pós-guerra, a beleza pode ser considerado um tema importante pela indústria. Assim, era tempo de cuidar da aparência de modo sofisticado. Sem espanto, será durante os anos 50, a alta-costura e a indústria de cosmético irão se desenvolver sem precedentes. Daí, surge a moda colegial, inspirada no visual sportswear.

Contudo, o ponto alto dessa década fora a popularização da televisão. Foi quando as transmissões começaram e as vendas de televisores aumentaram enormemente. No Brasil, inaugura em setembro de 1950 a TV Tupi, o primeiro canal de televisão da América Latina. Já o cinema, seguindo o modelo norte americano, difundiu a moda do garoto rebelde, representada por James Dean; os filmes mais populares fora Cinderela (1950) e Peter Pan (1953).

Ora, todos os temas da época perpassam a ficção científica e as viagens espaciais. Até mesmo os carros americanos serão inspirados na tecnologia espacial (grandes, baixos e compridos, luxuosos e confortáveis), inclusive os diversos aparelhos eletrodomésticos criados, como a máquina de lavar roupas e o aspirador de pó.

No esporte, o Uruguai foi campeão Mundial de futebol pela segunda vez no Brasil em 1950. Em 1954, a Alemanha Ocidental ganha o Troféu Mundial pela 1ª vez, feito igualado pela seleção brasileira de 1958, na Copa Mundial da Suécia.

No que toca os avanços científicos, podemos destacar o primeiro transplante de órgão em 1954, o desenvolvimento da primeira vacina de poliomielite, em 1955, e, no ano de 1957, a nave Sputnik I foi lançada e a Sputinik II põe o primeiro ser vivo em órbita da Terra (a cadela Laika).


Por fim e o mais marcante é que essa é a década que surge nos Estados Unidos o movimento musical que existe até os dias de hoje: o Rock N' Roll. A repercussão mundial esteve nas vozes de cantores como Elvis Presley, que começa a fazer sucesso em 1956 e outros, como Chuck Berry, Chubby Cheker e Bill Haley. No Brasil, além da introdução do movimento Rock, suge um estilo único: a Bossa Nova, cantada nas vozes de Tom Jobim, Vinícius de Morais e João Gilberto.





Fonte:www.todamateria.com.br

terça-feira, 12 de maio de 2015

Roberto Carlos e o relógio quebrado na parede



Até o estúdio Abbey Road teve que se adequar às idiossincrasias de Roberto Carlos. Ontem, o rei esteve no local onde os Beatles e o Pink Floyd gravaram álbuns que marcaram a história da música. Lá será gravado um álbum em espanhol e uma regravação de And I Love Her, composta por John Lennon e Paul McCartney.

Prestes a gravar, Roberto deparou-se com um relógio quebrado dentro do estúdio. Ouviu que o objeto fora danificado pelos integrantes do Pink Floyd em 1973, enquanto brincavam de futebol nos intervalos da gravação do épico Dark Side of the Moon.

Roberto bateu o pé e afirmou que não havia possibilidade de gravar em um local com relógio parado. A reclamação do rei não demorou a ser resolvida – em instantes o relógio foi consertado.





Fonte:Informações Veja

segunda-feira, 11 de maio de 2015

História do Radio - O Começo

James Clerck Maxwell

Tudo começou em 1863 quando, em Cambridge - Inglaterra, James Clerck Maxwell demonstrou teoricamente a provável existência das ondas eletromagnéticas. James era professor de física experimental e apartir desta revelação outros pesquisadores se interessaram pelo assunto. O alemão Henrich Rudolph Hertz (1857-1894) foi um deles.

O princípio da propagação radiofônica veio mesmo em 1887, através de Hertz. Ele fez saltar faíscas através do ar que separavam duas bolas de cobre. Por causa disso os antigos "quilociclos" passaram a ser chamados de "ondas hertzianas" ou "quilohertz".

A industrialização de equipamentos se deu com a criação da primeira companhia de rádio, fundada em Londres - Inglaterra pelo cientista italiano Guglielmo Marconi. Em 1896 Marconi já havia demonstrado o funcionamento de seus aparelhos de emissão e recepção de sinais na própria Inglaterra, quando percebeu a importância comercial da telegrafia.

Até então o rádio era exclusivamente "telegrafia sem fio", algo já bastante útil e inovador para a época, tanto que outros cientistas e professores se dedicaram a melhorar seu funcionamento como tal. Oliver Lodge (Inglaterra) e Ernest Branly (França), por exemplo, inventaram o "coesor", um dispositivo que melhorava a detecção. Não se imaginava, até então, a possibilidade do rádio transmitir mensagens faladas, através do espaço.

E as inovações continuavam a surgir... o rádio evoluia rapidamente !

Oliver Lodge

Em 1897 Oliver Lodge inventou o circuito elétrico sintonizado, que possibilitava a mudança de sintonia selecionando a freqüência desejada.

Lee Forest, desenvolveu a válvula triodo. Von Lieben, da Alemanha e o americano Armstrong empregaram o triodo para amplificar e produzir ondas eletromagnéticas de forma contínua.

Também no Brasil o rádio crescia: um Padre-cientista gaúcho, chamado Roberto Landell de Moura, nascido em 21 de janeiro de 1861, construiu diversos aparelhos importantes para a história do rádio e que foram expostos ao público de São Paulo em 1893.

* Teleauxiofono (telefonia com fio) ;

* Caleofono (telefonia com fio); ;

* Anematófono (telefonia sem fio);

* Teletiton (telegrafia fonética, sem fio, com o qual duas pessoas podem comunicar-se sem serem ouvidas por outras);

* Edífono (destinado a ducificar e depurar as vibrações parasitas da voz fonografada, reproduzindo-a ao natural).
Padre-cientista Roberto Landell de Moura

Já em 1890 o padre-cientista Landell de Moura previa em suas teses a "telegrafia sem fio", a "radiotelefonia", a "radiodifusão", os "satélites de comunicações" e os "raios laser". Dez anos mais tarde, em 1900, o Padre Landell de Moura obteve do governo brasileiro a carta patente nº 3279, que lhe reconhece os méritos de pioneirismo científico, universal, na área das telecomunicações. No ano seguinte ele embarcou para os Estados Unidos e em 1904, o "The Patent Office at Washington" lhe concedeu três cartas patentes: para o telégrafo sem fio, para o telefone sem fio e para o transmissor de ondas sonoras.

Padre Landell de Moura foi precursor nas transmissões de vozes e ruídos.

Nos Estados Unidos foram anos de pesquisas, tentativas e aprimoramentos até Lee Forest instalar a primeira "estação-estúdio" de radiodifusão, em Nova Iorque, no ano de 1916. Aconteceu então o primeiro programa de rádio, que se tem notícia. Ele tinha conferências, música de câmara e gravações. Surgiu também o primeiro registro de radiojornalismo, com a transmissão das apurações eleitorais para a presidência dos Estados Unidos.






Fonte:radiodifusaoenegocios.com.br

domingo, 10 de maio de 2015

História do Dia das Mães

No Brasil, o Dia das mães é comemorado sempre no segundo domingo de maio (de acordo com decreto assinado em 1932 pelo presidente Getúlio Vargas). É uma data especial, pois as mães recebem presentes e lembranças de seus filhos. Já se tornou uma tradição esta data comemorativa. Vamos entender um pouco mais sobre a história do Dia das Mães.


História do Dia das Mães


Encontramos na Grécia Antiga os primeiros indícios de comemoração desta data. Os gregos prestavam homenagens a deusa Reia, mãe comum de todos os seres. Neste dia, os  gregos faziam ofertas, oferecendo presentes, além de prestarem  homenagens à deusa.

Os romanos, que também eram politeístas e seguiam uma religião muita parecida com a grega, faziam este tipo de celebração. Em Roma, durava cerca de 3 dias ( entre 15 a 18 de março). Também eram realizadas festas em homenagem a Cibele,  mãe dos deuses.

Porém, a comemoração tomou um caráter cristão somente nos primórdios do cristianismo. Era uma celebração realizada  em homenagem a Virgem Maria, a mãe de Jesus.

Mas uma comemoração mais semelhante a

dos dias atuais podemos encontrar na Inglaterra do século XVII. Era o “Domingo das Mães”.  Durante as missas, os filhos entregavam presentes para suas mães. Aqueles filhos que trabalhavam longe de casa, ganhavam o dia para poderem visitar suas mães. Portanto, era um dia destinado a visitar as mães e dar presentes, muito parecido com que fazemos atualmente.

Nos Estados Unidos, a ideia de criar uma data em homenagem às mães foi proposta, em 1904, por Anna Jarvis. A ideia de Anna era criar uma data em homenagem a sua mãe que havia sido um exemplo de mulher, pois havia prestado serviços comunitários durante a Guerra Civil Americana. Seus pedidos e sua campanha deram certo e a data foi oficializada, em 1914, pelo Congresso Norte-Americano. A lei, que declarou o Dia das Mães como festa nacional,  foi aprovada pelo presidente Woodrow Wilson. Após esta iniciativa, muitos outros países seguiram o exemplo e incluíram a data no calendário.

Após estes eventos, a data espalhou-se pelo mundo todo, porém ganhando um caráter comercial. A essência da data estava sendo esquecida e foco passou a ser a compra de presentes, ditado pelas lojas como objetivos meramente comerciais. Este fato desagradou Anna Jarvis, que estava muito desapontada em ver que o caráter de solidariedade e amor da data estavam se perdendo. Ela tentou modificar tudo isso. Em 1923, liderou uma campanha contra a comercialização desta data. Embora com muita repercussão, a campanha pouco conseguiu mudar.






Fonte:www.suapesquisa.com