A Zeno.FM Station
WEB RÁDIO ÉPOCAS

.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Com o aumento do número de ateus, as religiões vão sumir no futuro?

Publicado na BBC Brasil

"Um número cada vez maior de pessoas – milhões delas, em todo o mundo – diz acreditar que a vida definitivamente acaba depois da morte e que não existe Deus nem um plano divino. Esse movimento parece estar ganhando força. Aliás, em alguns países, o ateísmo assumido nunca foi tão popular.
“Há muito mais ateus no mundo hoje do que jamais houve, tanto em números absolutos quanto em porcentagem da humanidade”, diz Phil Zuckerman, professor de sociologia e estudos seculares no Pitzer College, na Califórnia, e autor de Living the Secular Life (“Vivendo uma vida secular”, em tradução livre).

Segundo uma pesquisa do instituto Gallup International, que entrevistou mais de 50 mil pessoas em 57 países, o número de indivíduos que se dizem religiosos caiu de 77% para 68% entre 2005 e 2011, enquanto aqueles que se identificaram como ateus subiram 3%, elevando a 13% a proporção dessa parcela.

Acadêmicos ainda estão tentando destrinchar os fatores complexos que levam um indivíduo ou uma nação ao ateísmo, mas existem alguns pontos em comum. Parte do apelo das religiões está na segurança que ela oferece em um mundo de incertezas.

Por isso, não por acaso, nações que registram maiores taxas de ateísmo tendem a ser aquelas que oferecem a seus cidadãos uma estabilidade econômica, política e existencial relativamente alta. Para Zuckerman, o capitalismo e o acesso à tecnologia e à educação também parecem ter relação com o declínio da religiosidade em algumas populações.

Sentido ao sofrimento

Japão, Grã-Bretanha, Canadá, Coreia do Sul, Holanda, República Tcheca, Estônia, Alemanha, França e Uruguai (onde a maioria dos cidadãos tem raízes europeias) são países onde a religião era importante há apenas um século, mas que agora mostram os menores índices de crença religiosa no mundo.

Mesmo assim, o declínio da fé parece ser global, inclusive em países que ainda são fortemente religiosos, como o Brasil, a Jamaica e a Irlanda.
Já os Estados Unidos estão entre os países mais ricos do mundo, mas também apresentam altas taxas de religiosidade. (Ainda assim, uma pesquisa recente da Pew revelou que, entre 2007 e 2012, o número de americanos que se declararam ateus subiu de 1,6% para 2,4%.)

“Declínio, no entanto, não quer dizer desaparecimento”, argumenta Ara Norenzayan, psicólogo social da Universidade da Columbia Britânica em Vancouver, no Canadá, e autor de Big Gods (“Grandes Deuses”, em tradução livre).

Para ele, a segurança existencial é mais vulnerável do que parece. E conforme as mudanças climáticas trouxerem destruição e os recursos naturais forem escasseando, o sofrimento e as dificuldades podem inflamar a religiosidade. “Por alguma razão, a religião parece dar um sentido ao sofrimento, muito mais do que qualquer ideal secular”, diz o especialista.

Instinto religioso

Mas mesmo se os problemas do mundo fossem milagrosamente resolvidos e todos nós vivêssemos em paz e igualdade, as religiões ainda estariam entre nós. Isso porque um “buraco na forma de Deus” parece existir na neuropsicologia da nossa espécie, graças a uma falha na nossa evolução.

Para entender isso, é preciso investigar a teoria que estabelece que o homem tem duas formas de pensamento básicas: o Sistema 1 e o Sistema 2. O Sistema 2 evoluiu recentemente. É a voz na nossa cabeça que nos permite planejar e pensar logicamente.

O Sistema 1, por outro lado, é intuitivo, instintivo e automático. Essas capacidades se desenvolvem regularmente nos seres humanos, independentemente de onde nascerem. São mecanismos de sobrevivência.

O Sistema 1 nos faz buscar padrões para entender melhor o mundo e procurar o sentido de eventos aparentemente aleatórios, como desastres naturais ou a morte de um ente querido.

Além de nos ajudar a evitar os perigos e a encontrar um parceiro, alguns acadêmicos acreditam que o Sistema 1 também permitiu que as religiões surgissem e se perpetuassem.

Ele nos prepara para instintivamente notar forças naturais, mesmo quando elas não estão ali.

Milênios atrás, isso provavelmente ajudou o homem a evitar alguns perigos, como um leão escondido atrás de um arbusto. Mas isso nos tornou vulneráveis a supor a existência de agentes invisíveis – como um Deus benevolente olhando por nós.

Superstições e derivados

Ateus têm que lutar contra toda essa bagagem cultural e evolucionária. Seres humanos querem naturalmente acreditar que fazem parte de algo maior, que a vida não é completamente inútil. Nossas mentes têm fome de propósito e de justificativas.

Da mesma maneira, em todo o mundo, muitas das pessoas que dizem não acreditar em Deus ainda têm algum tipo de crença supersticiosa, como fantasmas, astrologia, karma, reencarnação ou telepatia.

Outros, para guiar seus valores, tendem a se apoiar no que pode ser interpretado como “representações religiosas”, como a ioga, os esportes de equipe, a natureza e outros elementos. Um exemplo disso é o fato de a bruxaria estar ganhando popularidade nos Estados Unidos, enquanto o paganismo ser a religião que mais cresce na Grã-Bretanha.
As experiências religiosas também têm se manifestado das maneiras mais estranhas.

O antropólogo Ryan Honrbeck, do Fuller Theological Seminary, em Pasadena, na Califórnia, descobriu indícios de que o videogame online World of Warcraft está assumindo uma importância espiritual para alguns jogadores na China. “O game parece oferecer oportunidades de desenvolver alguns traços morais que a vida comum na sociedade contemporânea não consegue”, afirma.

Medo ou adoração

Além disso, a religião promove coesão e cooperação em grupo.

A ameaça de um Deus todo-poderoso observando qualquer pessoa que sair da linha ajudou a manter a ordem em sociedades antigas. E, novamente, insegurança e sofrimento podem ter ajudado a incentivar a consolidação de religiões com códigos morais mais rígidos.

Há ainda uma explicação puramente matemática por trás da aptidão das religiões para prevalecerem.

Em várias culturas, as pessoas que são mais religiosas tendem a ter mais filhos. Acrescente a isso o fato de que, normalmente, as crianças seguem o exemplo dos pais em sua decisão sobre a religião, e um mundo completamente secular parece cada vez mais impossível.

Por todos esses motivos – psicológicos, neurológicos, históricos, culturais e logísticos -, especialistas acreditam que as religiões provavelmente nunca desaparecerão.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Uso intenso de redes sociais é doença que aprisiona



Contemplar um quadro, escolher um restaurante ou expressar carinho a alguém, por exemplo.  O que essas coisas aparentemente tão diferente entre elas tem em comum? Parece que nenhum destes gestos tão cotidianos nos dias de hoje são realizados sem o auxílio de um dispositivo tecnológico.

Quem  nos garante isso é a espanhola Verónica Rodríguez Orellana,  especialista em coaching sistêmico e Terapia Gestalt. "Há casais que mantém  conversas intensas no WhatsApp, mas que durante um jantar juntos não trocam uma palavra sequer, desde a entrada até a sobremesa . O mesmo se aplica em um museu onde os olhos não são suficientes para admirar uma Vênus sem fones de ouvido para marcar o tempo de nossa contemplação", diz ela.


"E o que poderíamos dizer do self-branding  ou nossa marca pessoal?", Pergunta Rodríguez Orellana. "A nossa identidade digital que nos posiciona em um círculo social puramente virtual,  e que alimentamos através de fotos e declarações que guardamos com o decorrer do tempo em uma gaveta  do criado-mudo como se fosse um diário, torna-se pauta de discussões publicas  com a intenção de  gerar seguidores e fãs que  provavelmente nunca conheceremos".

Caso tenhamos alguma dúvida se somos viciados em dispositivos tecnológicos, Verónica  nos dá discas sobre alguns sintomas irrefutáveis.

-Se você está sentado em uma poltrona na sala de cinema e 20 minutos depois não resiste a tentação de tirar o celular do bolso para verificar a caixa de correio eletrônico.
-Se durante um jantar com um grupo de amigos você se isola de vez em quando para conversar com outra pessoa em redes sociais,  negligenciando os que estão presentes à mesa.


-Se você está na praia com amigos e sai à procura de uma conexão entre as rochas do mar arriscando a própria vida.
-Se você acaba de chegar em um confortável hotel para passar um fim de semana e fica histérico ao descobrir que o local não tem rede wi-fi.

-Se você está supermercado-mercado e esquece de comprar a metade das coisas porque ficou no telefone conversando com alguém.

-Se sua comida esfria porque você passou mais de 15 minutos tirando fotos para publicar nas redes sociais. 
Enfim, se você tem algumas dessas manias, Verónica diz que "é porque você está doentiamente ligado ao mundo virtual e bem longe da realidade presente. A tecnologia que chegou para libertar, sem querer acaba nos aprisionando.



Fonte: colmeia.blog.br

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Até que ponto a falta de sexo faz mal


Mau humor, autoestima baixa, pouca ou nenhuma preocupação com a aparência. Estas são algumas das características geralmente atribuídas, pelos piadistas de plantão, a quem não faz sexo há bastante tempo. Mas existe um fundo de verdade nisso. Há quem afirme, com base na ciência, que a falta de sexo faz mal principalmente para o humor.

Uma vez que a relação sexual libera hormônios importantes para a felicidade, faz sentido que alguém que não transa há muito tempo esteja sempre de mau humor.


1. Saúde do coração

A saúde do coração depende não apenas de uma alimentação balanceada com muitas frutas e verduras e pouca gordura. Esse órgão que bate no peito também precisa ser exercitado. Você deve estar se perguntando, mas como o sexo ajuda nisso? Veja só.

O sexo é um dos mais completos exercícios cardiovasculares e ajuda a fortalecer os músculos do coração, dizem os médicos. Com isso, as chances de uma pessoa ter um infarto são menores.
Veja também: Sintomas de infarto

2. Hormônios

Durante uma transa, nosso cérebro libera uma série de substâncias boas para todo o organismo. Endorfina, o hormônio do prazer, e serotonina, o hormônio da felicidade, são apenas dois exemplos do que uma relação sexual pode fazer.

A falta de sexo faz mal para o cérebro, pois ele diminui a liberação desses dois hormônios tão importante para nosso bem-estar.
Veja também: Conheça os motivos pra dormir nu

3. Calorias

Por ser um excelente exercício físico e um incentivador da liberação de hormônios do bem, o sexo também ajuda na perda de calorias e auxilia no emagrecimento. Para se ter uma ideia, uma transa onde o casal mantém o mesmo ritmo de movimentos equivale a três voltas em um quarteirão. Sem sexo, sem perda calórica.
Veja também: Os benefícios do abacate para a saúde

4. Comunicação

A falta de sexo faz mal para a comunicação do casal. Pessoas que têm problemas entre lençóis frequentemente brigam ou falam pouco entre si. Isso é perigoso, pois não há relacionamento que siga em frente sem diálogo e sem sexo. Se seu casamento está passando por um momento semelhante, reverta essa situação o quanto antes!


5. Pele bonita

O sexo ativa a circulação sanguínea e a oxigenação das células e com isso nossa pele fica mais bonita e sedosa. Com a falta de sexo, temos que encontrar outra maneira de conseguir essa proeza, mas nem sempre conseguimos. O resultado é uma pele muito aquém da que teríamos se mantivéssemos uma rotina sexual.


6. Autoconfiança

A falta de sexo faz mal prejudica também a nossa autoconfiança. O que faz com que deixemos de tomar atitudes importantes e estejamos mais propicias a aceitar tudo o que os outros querem. Se sentir desejada e ter prazer nos deixa mais seguras do que acreditamos.


Via Doutissima





Fonte:www.vaiquererver.com

domingo, 4 de janeiro de 2015

Homem com dois pênis lança biografia para falar sobre condição rara

Um homem que nasceu com dois pênis lançou uma biografia para falar sobre a sua convivência com a condição rara, chamada difalia.

Ele, que prefere manter a identidade em sigilo, ficou “famoso” há um ano, quando revelou através do site Reddit, que tinha os dois órgãos - ambos funcionais -, e despertou a atenção da imprensa internacional, dando inúmeras entrevistas desde então. O rapaz, que é bissexual e diz já ter transado com mais de mil pessoas - entre homens e mulheres -, decidiu revelar mais detalhes de sua vida sexual no livro “Double Header: My Life with Two Penises” (“Cabeçalho duplo: minha vida com dois pênis”, em tradução literal).

Ao site Rolling Stones, o autor anônimo esclareceu porque quis publicar a obra. “Antes (de revelar sobre a condição), ninguém ligava para o que eu tinha a dizer”, ele conta. “Me impressiona que após um ano as pessoas ainda me procurem (através do site Reddit). Então, eu pensei que deveria escrever um livro e responder as perguntas delas”.

O rapaz conta na autobiografia como foi sua infância com a condição, como foi sua primeira vez e sua “série de aventuras sexuais após o Ensino Médio”. Além disso, ele fala sobre seu processo de autoaceitação com a disposição física rara.

Sem querer fama e dinheiro, o homem revelou que todo o lucro do livro vai para o seu editor. E afirma que não tem pretensão de revelar sua identidade. “Se o Super-homem revelasse ao mundo que era Clark Kent, ele nunca seria deixado em paz. Se eu fosse a público, me tornaria o ‘homem com dois pênis’ e não eu mesmo”.

O livro, em inglês, já pode ser comprado através de lojas online.







Fonte:www.sarcasmofeminino.com.br

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

A geração das selfies



Nathali Macedo, DCM

"Funcionava mais ou menos assim: seus pais diziam que estava errado, você colocava na balança, usava o filtro da razão, e formava a sua opinião. Mas você sempre ouvia.

Quando a sua avó dizia que chá de boldo servia pra dor de barriga, você não pesquisava no Google pra ver o embasamento científico daquilo – até porque, na época a qual me refiro, não havia Google. Você bebia o chá de boldo pra ver se funcionava.

E não se tratava de ignorância, síndrome da tia velha ou nada parecido. Era respeito à experiência de vida do outro. Era o cultivo da arte de saber ouvir. Era a ideia de que o outro sempre tem algo pra te ensinar, e que tuas verdades nunca são absolutas.

Hoje, na geração das selfies, likes e seguidores, a coisa tá diferente. Todas as pessoas são absolutas e autossuficientes porque seus posts têm não-sei-quantos likes. Porque entendem sobre um monte de coisas que pesquisaram no Google.

Hoje, quem viu um documentário sobre ditadura militar acha que pode falar de igual pra igual com quem viveu a ditadura militar. O jovem lê o “Manifesto Comunista” e já se considera absoluto entendedor da obra de Karl Marx. Fazem download de meia dúzia de discos na internet e já se consideram grandes críticos musicais.

Toda sabedoria emanada da experiência de vida é careta e absolutamente duvidosa se o Google diz o contrário. Receitas de avó são ignoradas porque não são comprovadas cientificamente.

Criamos um exército de pessoas que sabem absolutamente tudo sobre qualquer coisa. Que estão tão cegas em serem vistas, e admiradas, e ouvidas, e seguidas, e likadas, que deixam de ouvir, de absorver, de crescer.

Estão tão concentradas na própria sabedoria – insuficiente, na maioria das vezes – que ignoram a sabedoria presente em cada coisa à sua volta. Que gastam um monte de minutos de suas vidas tirando selfies enquanto há um mundo inteiro e belíssimo a ser admirado, visto, fotografado. Mas o eu grita alto.

Quando desviamos o foco de nós mesmos, nos abstemos de ser reis de nossas próprias verdades e aprendemos a ouvir o outro, tornamo-nos cada vez mais conscientes do nosso papel no mundo.

Quando nos permitimos enxergar as coisas sob outro ponto de vista – o ponto de vista de outra pessoa – e valorizamos as lições que cada ser humano tem para nos ensinar, ganhamos muito mais do que alguma maturidade: cultivamos a humildade sensata que é a grande propulsora de nosso crescimento pessoal.

Quando tiramos a venda do excesso de autoconfiança e trocamos a inteligência descartável pela sabedoria da experiência, temos a oportunidade única de chegar onde de outro modo jamais chegaríamos: na melhor versão de nós mesmos."



Fonte: www.colmei.blog.br