De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que aproximadamente 30% dos adultos com mais de 65 anos de idade sofrem ao menos uma queda por ano. A tontura é um fator significativo que contribui para esse cenário, sendo responsável por aumentar a vulnerabilidade dos idosos a episódios de desequilíbrio e quedas.
Os números indicam que as quedas representam uma das principais causas de lesões e hospitalizações em idosos. Estatísticas mostram que cerca de 20% das quedas resultam em lesões mais graves, como fraturas e traumatismos cranianos. Além disso, as quedas têm implicações psicológicas, contribuindo para o medo de cair novamente e, consequentemente, reduzindo a qualidade de vida e a mobilidade dos idosos.
A relação entre tontura e quedas em idosos é complexa. A tontura pode ser um sintoma isolado ou estar associada a outros fatores de risco, como fraqueza muscular, alterações na visão, uso de medicamentos que afetam o equilíbrio e doenças crônicas. Portanto, entender e abordar a tontura em idosos requer uma avaliação abrangente de sua saúde geral.
Diversos estudos demonstram que a avaliação e o tratamento adequados da tontura podem reduzir significativamente o risco de quedas em idosos. A vertigem posicional paroxística benigna (VPPB), uma das causas mais comuns de tontura, pode ser tratada com manobras específicas realizadas por profissionais de saúde. Da mesma forma, outras condições subjacentes, como problemas cardíacos, diabetes e distúrbios neurológicos, exigem abordagens específicas para minimizar a tontura e, consequentemente, os riscos de quedas.
Além disso, estratégias preventivas desempenham um papel crucial na redução dos riscos associados à tontura em idosos. Programas de exercícios físicos, especialmente aqueles que visam melhorar o equilíbrio e a coordenação, são eficazes na prevenção de quedas. Revisões regulares da medicação, evitando o uso excessivo de medicamentos que podem causar tontura, também são essenciais.
A conscientização sobre essas questões é fundamental, tanto entre profissionais de saúde quanto entre os próprios idosos e seus cuidadores. Compreender que a tontura não é apenas uma parte inevitável do envelhecimento, mas sim um sintoma que pode ser tratado e gerenciado, é crucial para melhorar a qualidade de vida e a segurança dessa população.
Em conclusão, a tontura em idosos não deve ser subestimada, especialmente considerando sua associação com o risco de quedas. Abordagens multidisciplinares, que envolvem profissionais de saúde, cuidadores e os próprios idosos, são essenciais para avaliar, tratar e prevenir a tontura, contribuindo assim para a promoção da saúde e o bem-estar dessa parcela da população.
Caso você ou algum familiar tenha tontura e queixas de desequilíbrio procure um médico otoneurologista para lhe auxiliar.
Fonte:https://otoneuro.med.br/principais-causas-de-tontura-nos-idosos/
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