Ter alguns bons amigos – ou muitos – sempre foi de ouro. E à medida que você envelhece, essas amizades podem se tornar ainda mais importantes.
Se você está na casa dos sessenta anos ou mais, as amizades não são apenas a cola social e o brilho da vida: à medida que você envelhece, boas amizades podem dissipar a solidão, melhorar sua saúde, aumentar sua sensação de bem-estar e até aumentar sua expectativa de vida.
Amigos não são apenas para diversão: eles também podem salvar vidas
A solidão decorrente de ter poucos amigos não apenas leva você a um estado de depressão: pode até encurtar sua vida útil.
Para adultos com mais de 60 anos, a solidão parece aumentar o risco de morrer mais cedo, de acordo com um estudo que acompanhou mais de 1.600 homens e mulheres matriculados no Estudo de Saúde e Aposentadoria da Universidade de Michigan.
Os pesquisadores definiram a solidão como falta de companheirismo e sentimentos de isolamento ou não pertencimento. Aqueles que relataram solidão foram quase uma vez e meia mais propensos a morrer durante os seis anos de acompanhamento.
Além disso, as pessoas solitárias eram menos propensas a realizar tarefas e atividades diárias simples, como caminhar pelo quarteirão, vestir-se e tomar banho e carregar objetos leves.
Outras pesquisas sugerem maneiras de aliviar a solidão, mesmo na segunda metade da vida. Um estudo publicado em março de 2018 no Journals of Gerontology Series B: Psychological Sciences & Social Sciences, por exemplo, descobriu que adultos com 51 anos ou mais que perderam um cônjuge por viuvez se sentiram menos solitários quando começaram a se voluntariar mais de duas horas por semana.
Amizades mantêm seu cérebro afiado
Se você não é do tipo que tem muitos amigos, tenha certeza de que a qualidade pode ser mais importante do que a quantidade, diz Rosemary Blieszner, PhD e especialista em desenvolvimento humano e envelhecimento. Se você tem pelo menos uma pessoa que o entende – um amigo que você sente que pode contar qualquer coisa – isso é suficiente para contribuir para seus sentimentos de bem-estar, diz ela.
Outras pesquisas sugerem que o sentimento ou percepção de solidão, em vez de isolamento, pode ser o que aumenta o risco de problemas cognitivos como demência mais tarde.
Pesquisadores holandeses descobriram que aqueles que se sentiam sozinhos eram cerca de 1,6 vezes mais propensos a ter demência, enquanto aqueles que estavam socialmente isolados, mas não solitários, não tinham maior risco do que outros, de acordo com o estudo de 2012 publicado no Journal of Neurology, Neuropsychology & Psychiatry.
Por outro lado, um estudo publicado em outubro de 2018 no Journal of Aging and Health descobriu que o isolamento social, ou a falta de contato com uma rede social, estava associado a um declínio mais acentuado na função cognitiva do que a sentimentos de solidão.
Em ambos os casos, porém, a mensagem é clara: ter conexões sociais significativas é importante para manter a função cerebral.
A interação social, independentemente de quantos amigos são ideais para você, ajuda a manter suas habilidades cognitivas e de pensamento afiadas, diz o Dr. Blieszner. “As pessoas socialmente isoladas e não estimuladas são as que tendem a ter menor capacidade cognitiva na velhice.”
Além de manter sua mente em forma, os amigos também podem ajudar com sua saúde física. “Os amigos encorajam você a comer bem, fazer exames e exercícios, ir ao clube de saúde ou brincar com seu cachorro”, diz Blieszner.
De uma maneira ou de outra, manter os amigos ao longo dos anos faz muito bem à saúde e ao coração. Nutra essa linda e importante relação enquanto envelhece.
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