RAPHAEL RABELO E DINO 7 CORDAS
Pode-se dizer que a história do violão de 7 cordas se confunde com a história dos instrumentistas.
Como já foi dito, não existe um consenso quanto ao surgimento deste instrumento em nossa música brasileira, mas é fato que ele, a partir do início do século XX, tornou-se imprescindível para o Choro e o Samba, além das Valsas, Canções, Modinhas e serestas.
E nas últimas décadas, já nos deparamos com o “7 cordas” em formações camerísticas, e até grupos de jazz!
Quando o violão de 7 cordas começou na música brasileira, a sétima corda adicionada era uma de violoncelo, e necessitava do uso de uma dedeira no polegar. Assim, dava-se um destaque aos bordões.
A afinação usada para a sétima cordas era em Si e Dó. Só bem depois, começou-se a usar outras afinações.
A escola tradicional do violão de 7 Cordas no Brasil foi definitivamente fundamentada por Dino 7 cordas – Horondino Silva – na década de 50. Pode-se dizer que o Dino foi um “divisor de águas” na música popular brasileira, especialmente no estilo de tocar o 7 cordas.
Suas frases com os baixos- as baixarias – e sua “pegada” são imitadas por praticamente todos os violonistas atuais. A grande maioria dos violonistas utilizam a sétima corda afinada em Dó, devido à escola do Dino. E usam essa afinação também, devido ao fato de que existem muitos choros e sambas na tonalidade de Dó e Fá.
E os tipos de cordas do violão de 7 cordas usados pelos violonistas de Samba e Choro nas últimas décadas seguem o padrão criado por Dino 7 cordas: A 1ª e 2ª cordas agudas são de nylon e as demais de aço.
Assim uma linha de baixos com essa nota (Dó) em corda solta, facilita bastante a montagem de acordes e o desenvolvimento de frases na baixaria. O motivo da afinação da 7ª corda em Dó é uma questão de sonoridade do instrumento, além de facilitar a execução – técnica – musical.
Raphael Rabello, foi outro gênio musical no violão, que estudou e aprendeu muito com o Dino, e podemos dizer que também inaugurou uma nova fase da história do violão de 7 cordas a partir do final dos anos 70.
Raphael fazia harmonia e solos com o 7 cordas de forma pioneira e virtuosística. Dentre os músicos violonistas de hoje, é muito difícil quem ouça uma gravação sua, e logo não identifique seu estilo, técnica e sonoridade próprias de um gênio musical!
Fonte:www.violaosambachoro.com.br
Um comentário:
Olá,meu querido!!
Já tentei tocar,acredita?
Mas me deixava com calos daí desisti...
Meu filho mais velho toca violão comum,meus irmão também,eu fiquei
na clarineta mesmo ;)
Bjim
Postar um comentário