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terça-feira, 24 de junho de 2014

Um a zero: Primeira música brasileira dedicada ao futebol

Brasil campeão do sul americano de 1919: Píndaro, Pereira, Fortes, Amílcar, 
Bianco, Marcos, Milton, Heitor, Arthur Friedenreich, Neco e Arnaldo.

O choro “Um a zero”, de dois dos maiores mestres da música brasileira - Pixinguinha e Benedito Lacerda  - foi composto em 1919, para comemorar uma vitória do Brasil sobre o Uruguai, na histórica decisão do Campeonato Sul-Americano, em 29 de maio do mesmo ano.

Visão geral das Laranjeiras, estádio do Fluminense, durante o jogo
 Brasil e Uruguai pelo Campeonato Sul Americano de 1919.


A partida, das mais difíceis, só foi decidida no segundo tempo da prorrogação, com um gol do lendário, Arthur Friedenreich, conhecido como "O Tigre" (foto direita). O jogo, ocorrido no Estádio das Laranjeiras, praticamente parou o Rio de Janeiro.

Há quem diga que “Um a zero” foi a primeira música brasileira dedicada ao futebol. O choro, muito tempo depois, ganharia letra, feita pelo compositor Nelson Ângelo, um velho conhecido do Clube da Esquina.

A história da famosa disputa está registrada no livro “Sul-Americano de 1919 – Quando o Brasil descobriu o futebol”, do jornalista Roberto Sander.

Ouça, no primeiro vídeo, o choro interpretado por Pixinguinha, no segundo vídeo uma apresentação do Grupo Arranco De Varsovia - Um a Zero, a versão com a letra feita pelo mineiro Nelson Ângelo.

Pixinguinha & Benedito Lacerda - 1 X 0 (choro - 1946)
Arranco De Varsovia - Um a Zero

Letra da Música

Vai começar o futebol, pois é,
Com muita garra e emoção
São onze de cá, onze de lá
E o bate-bola do meu coração
É a bola, é a bola, é a bola,
É a bola e o gol!
Numa jogada emocionante
O nosso time venceu por um a zero
E a torcida vibrou
Vamos lembrar
A velha história desse esporte
Começou na Inglaterra
E foi parar no Japão
Habilidade, tiro cruzado,
Mete a cabeça, toca de lado,
Não vale é pegar com a mão
E o mundo inteiro
Se encantou com esta arte
Equilíbrio e malícia
Sorte e azar também
Deslocamento em profundidade
Pontaria
Na hora da conclusão
Meio-de-campo organizou
E vem a zaga rebater
Bate, rebate, é de primeira
Ninguém quer tomar um gol
É coisa séria, é brincadeira
Bola vai e volta
Vem brilhando no ar
E se o juiz apita errado
É que a coisa fica feia
Coitada da sua mãe
Mesmo sendo uma santa
Cai na boca do povão
Pode ter até bolacha
Pontapé, empurrão
Só depois de uma ducha fria
É que se aperta a mão
Ou não!
Vai começar...
Aos quarenta do segundo tempo
O jogo ainda é zero a zero
Todo time quer ser campeão
Tá lá um corpo estendido no chão
São os minutos finais
Vai ter desconto
Mas, numa jogada genial
Aproveitando o lateral
Um cruzamento que veio de trás
Foi quando alguém chegou
Meteu a bola na gaveta
E comemorou






Fonte:Informações www.drzem.com.br

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