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domingo, 7 de janeiro de 2024

A música jovem conquistava o mundo nos anos 60

 


Bob Dylan e suas canções de protesto
são símbolos da rebeldia dos anos 60

Graças ao baby-boom do pós-guerra, o mundo no início da década de 60 estava repleto de jovens. Só que, ao contrário daqueles das gerações anteriores, agora eles eram mais instruídos e tinham poder de consumo. E, naturalmente, sonhavam com um mundo diferente daquele que tinham herdado e que, de preferência, tivesse uma nova “trilha sonora” como acompanhamento. Afinal o rock’n’roll dos anos 50 já não parecia tão transgressor como quando Elvis Presley apareceu rebolando pela primeira vez.

Em 1961, surgiu na Califórnia a primeira novidade musical da década nos Estados Unidos, a surf music, que estourou na costa oeste com os Beach Boys. Com temas leves, que giravam em torno de praia, surf e carrões, ela conseguiu atrair a atenção dos jovens americanos. Ainda nessa época, a Motown, uma gravadora americana promotora de artistas negros, como Diana Ross, Marvin Gaye, The Supremes, Jackson Five, entre outros, começou a fazer sucesso (até entre os brancos) com um estilo de soul próprio, mais suave e comercial, considerado o precursor da era disco dos anos 70.

Mas foi somente em 1963, do outro lado do Atlântico, mais precisamente em Liverpool, na Inglaterra, que surgiu o verdadeiro fenômeno musical dos anos 60, os Beatles. Embora ainda muito influenciados pelo rock dos anos 50, com letras ingênuas e uma postura bem-comportada, não demorou para que eles e a novidade musical que traziam se tornassem uma verdadeira febre entre os jovens no Reino Unido. E, no ano seguinte, estourassem também nos Estados Unidos, o que abriu caminho para uma verdadeira invasão britânica em território americano e no restante do mundo ocidental. Nessa mesma época, Bob Dylan, já antecipando a guinada musical que ocorreria na segunda metade dos anos 60 (afinal o cenário político dali para frente não inspiraria músicas tão leves e despretensiosas assim), começou a fazer sucesso nos Estados Unidos com canções com um tom diferente. Com seus folks, que falavam de temas sociais e políticos de forma poética, transformou-se em símbolo dos protestos que logo se intensificariam.

Jimi Hendrix foi uma das principais atrações do
Festival de Woodstock (1969), o ponto alto da contracultura hippie

Em meados da década, golpes de estado na América Latina acabaram com o sonho de liberdade do pós-guerra; os Estados Unidos enviaram tropas para a Guerra do Vietnã; a Revolução Cultural Chinesa eclodiu, proporcionando “uma experiência revolucionária” aos jovens chineses. Acontecimentos que contribuíram para que pipocassem em vários países, como no Brasil, nos Estados Unidos, no Japão, na Tchecoslováquia, manifestações estudantis contra a Guerra do Vietnã, a Guerra Fria, o racismo, os regimes autoritários nos países subdesenvolvidos, o capitalismo, o imperialismo, entre outras. Bandeiras que passaram a influenciar fortemente a produção musical do período. No Reino Unido, o The Who se tornava a principal banda mod do momento, com uma performance nada comportada, o que incluía arrebentar os instrumentos no palco e canções curtas e agressivas.

O álbum "Abbey Road", dos Beatles, lançado em 1969, é um dos mais bem trabalhados do grupo e foi gravado já sob o clima de separação da banda

Nos Estados Unidos, o verão de 1967 ficou conhecido como “Summer of Love”. Naquele momento nascia o movimento hippie, uma nova forma de contracultura, sob o lema “Paz e Amor”, que inspirou bandas como The Grateful Dead, Jefferson Airplane, Moby Grape, entre outras, a produzir um rock psicodélico. Caracterizado pela experimentação e inspirado pelo uso de drogas como a maconha e o LSD, o gênero influenciou também o rock britânico de grupos e artistas como Beatles, The Rolling Stones, Pink Floyd, The Who, The Animals e Cream, entre outros. Nessa época surgiu também o estilo ópera rock, com longas produções musicais que tinham como objetivo contar uma história. “Tommy”, do The Who, a mais famosa delas, narra a saga de um menino cego, surdo e mudo, que mesmo assim consegue se tornar um campeão de pinball e líder de uma nova “religião”. História que deu origem a inúmeros filmes, peças teatrais e concertos produzidos ao longo das décadas seguintes, como “The Wall”, do Pink Floyd, “The Celebration Of The Lizard King”, do The Doors, e ”Quadrophenia”, do The Who.



Em 1969, enquanto a humanidade curtia o frisson de ver o primeiro homem pisar na Lua, aqui mesmo, no planeta Terra, mais de meio milhão de jovens fariam a maior viagem astral da década. E sem tirar os pés do chão. Munidos de muito amor, drogas e liberdade, compareceram em massa para assistir ao festival de Woodstock, nos Estados Unidos. Evento que reuniu os principais grupos e artistas de rock, folk e blues, que, se seguiam diferentes rumos musicais, tinham em comum a defesa das bandeiras erguidas pela transformação cultural que acontecia no planeta naquela fase. Capazes finalmente de se fazer ouvir, em alto e bom som, os jovens mostraram abertamente que não concordavam com a forma como o mundo estava estruturado. Àquela altura, no entanto, tão visível se tornou o movimento da contracultura que boa parte dele passou a ser a própria cultura dominante. Muito do que era rebeldia, no final da década, foi incorporado e transformou-se em moda. O espaço da cultura jovem no mundo estava definitivamente conquistado.








Fonte: Informações pessoas.hsw.uol

sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

Baixarias 7 Cordas - Ademir Palácios 'Chorando Baixinho' Ensaios

Violão 7 Cordas - Murmurando (choro) Ensaio Ademir Palácios

DESCUBRA QUAL É A INFLUÊNCIA DA MÚSICA NO COMPORTAMENTO HUMANO

 



Você é daquele tipo de pessoa que ouve música o tempo todo? Ou que coloca um estilo específico de música para fazer uma tarefa? Por exemplo, para faxinar, fazer atividades físicas, trabalhar ou estudar etc.? Então, você conhece bem a influência da música no comportamento humano.

A música é capaz de estimular emoções que influenciam a forma com que nos sentimos, podendo nos deixar mais animados, saudosistas, tristes, concentrados etc. Neste artigo, você vai entender mais sobre a influência da música no comportamento humano. Confira!

 

A influência da música no comportamento humano e no consumo

 

A música é capaz de influenciar diferentes aspectos em nossa vida, estimulando a forma com que sentimos e nos comportamos. A afirmação vem de dois estudos brasileiros. O primeiro, realizado pelo Centro Universitário de Maringá (Weigsding & Barbosa, 2014), revela que a música tem uma representação neuropsicológica, afeta a afetividade, controle de impulsos e a motivação.

De acordo com o estudo, a música pode estimular a concentração, excitação, relaxamento, ajudar a dormir e outros comportamentos humanos. A satisfação e a sensação de prazer que a música causa é capaz de fazer com que um cliente permaneça em um ambiente comercial, por exemplo, levando-o a consumir mais.

A influência da música no comportamento humano pode ser ainda melhor entendida no segundo estudo, realizado pela Universidade de Brasília – UNB (Diogo Conque Seco Ferreira, 2007). A pesquisa usa como parâmetro teórico e filosófico o Behaviorismo Radical de Skinner e uma análise experimental do comportamento humano. O autor estabelece a música como um elemento manipulável, que pode ser usado como estratégia de marketing pelos estabelecimentos comerciais.

Este segundo estudo apresenta ainda dois experimentos realizados para analisar a influência da música. No primeiro, foi avaliado como a música impacta no faturamento e nas impressões do cliente sobre o local. O segundo avaliou a influência sobre o consumo e a atração do público

Os resultados mostram que a qualidade da música pode determinar as impressões do consumidor sobre o local. Além de promover um aumento do faturamento em estabelecimentos onde música de maior qualidade para aquele público seja reproduzida.

 

A influência da música no comportamento humano e nas relações interpessoais

 

A música também exerce um papel importante nas relações interpessoais. De acordo com o estudo Música, comportamento pessoal e relações interpessoais, de Beatriz Ilari, alguns estereótipos de personalidade, classificação social e status podem ser relacionados com gêneros musicais.

Inconscientemente, esses estereótipos influenciam a atração interpessoal, pois está diretamente ligada às respostas pessoais aos estereótipos associados aos gêneros musicais. 

Partindo do ponto de vista da psicologia cognitiva, a música está relacionada com a atração e esquemas cognitivos desenvolvidos a partir de experiências e relacionamentos anteriores. A vida de um indivíduo reúne uma série de experiências vividas com amigos e familiares, que influenciam na forma com que eles vão se relacionar na vida adulta.

Além disso, a música estabelece conexões entre as pessoas desde a infância, por meio de eventos e momentos vivenciados. Essas experiências são armazenadas na memória e relacionadas, inconscientemente, com outras situações. 

Nesse sentido, a música também é uma forma de aproximar as pessoas e promover a criação de novas relações. Por exemplo, em eventos onde todos apreciam o mesmo estilo musical, ou sendo um assunto inicial entre pessoas que acabaram de se conhecer. 

Além disso, a música faz parte da cultura de comunidades, está presente em cultos e ritos. Durante essas celebrações, é capaz de estimular o sentimento de pertencimento e aproximar um indivíduo de um determinado grupo.

A música está presente de forma contínua na vida das pessoas, seja na reunião entre amigos, nas celebrações, em ritos religiosos etc. Cada comunidade, cultura ou povo pode usá-la de diferentes formas, mas é incontestável a influência da música no comportamento humano de diferentes maneiras. 






Fonte:https://frahm.com.br/a-influencia-da-musica-no-comportamento-humano/

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Por que comemoramos o Ano Novo?

 



No dia 31 de dezembro de todo ano, famílias e amigos se reúnem ao redor do para esperar o badalar da meia-noite, e celebrarem juntos a chegada de um novo ano. Mas, você já imaginou por que o Ano Novo é sempre comemorado no dia 1º de janeiro e não em outra data? 


Origem

Antigamente, o Ano Novo não era celebrado em 1º de janeiro. Séculos atrás, civilizações da antiguidade tinham o costume de comemorar a passagem de ano no mês de março, levando em consideração a chegada da primavera e o fim do inverno.

A celebração só começou a ser feita na data conhecida nos dias de hoje em 46 a.C., graças ao imperador Júlio César, que se baseou no calendário juliano. No entanto, tudo só foi oficializado no final do século 16, quando a Igreja Católica adotou o calendário gregoriano.

Com o passar dos anos, a comemoração do Ano Novo em 1º de janeiro se tornou cada vez mais popular e, hoje em dia, diversos países também celebram o réveillon nesta data. Porém, ainda podemos encontrar por aí alguns povos que realizam a festa em dias diferentes, como os chineses (entre janeiro e fevereiro), os povos judaicos (entre o final de setembro e início de outubro), e os muçulmanos (a partir de maio).

Tradições brasileiras

Por aqui, uma das nossas maiores tradições é a utilização de roupas brancas durante a virada do ano. O costume tem origem das religiões africanas, como o Candomblé e a Umbanda, surgindo por causa do culto a Iemanjá, a divindade dos oceanos e padroeira dos pescadores. Nele, é realizado oferendas em forma de pedidos, onde as pessoas precisam estar vestidas de branco.


No entanto, muitas pessoas também levam em consideração o significado de outras cores para escolher suas roupas do réveillon. Por exemplo: quem busca dinheiro, normalmente usa amarelo, já aqueles que estão a procura de um amor, utilizam vestimentas vermelhas, e assim por diante.


Outro costume que surgiu graças a Iemanjá é o de pular sete ondas. A ação se trata de um ritual que homenageia e pede abertura de caminhos para a deusa das águas. A tradição chegou ao Brasil pelos africanos, e se popularizou como um rito de passagem cheios de boas energias, sendo realizado por muitas pessoas.

Por fim, algo que muitas pessoas costumam fazer assim que o relógio bate meia-noite é dar um beijo de Ano Novo. O ato carrega o significado de saudação de boas energias, prosperidade e boas relações para o ano seguinte, assim como também é uma demonstração de afeto e desejo de saúde e muita sorte.





Fonte: https://recreio.uol.com.br/noticias/viva-a-historia/por-que-comemoramos-o-ano-novo.phtml