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sábado, 3 de fevereiro de 2018

História do carnaval e suas origens



Quadro de Johannes Lingelbach (1622-1674), Carnaval em Roma, exemplo de um carnaval da Commedia Dell'arte.

O carnaval é a festa popular mais celebrada no Brasil e que, ao longo do tempo, tornou-se elemento da cultura nacional. Porém, o carnaval não é uma invenção brasileira nem tampouco realizado apenas neste país. A História do Carnaval remonta à Antiguidade, tanto na Mesopotâmia quanto na Grécia e em Roma.

A palavra carnaval é originária do latim, carnis levale, cujo significado é retirar a carne. O significado está relacionado com o jejum que deveria ser realizado durante a quaresma e também com o controle dos prazeres mundanos. Isso demonstra uma tentativa da Igreja Católica de enquadrar uma festa pagã.

Na antiga Babilônia, duas festas possivelmente originaram o que conhecemos como carnaval. As Saceias eram uma festa em que um prisioneiro assumia durante alguns dias a figura do rei, vestindo-se como ele, alimentando-se da mesma forma e dormindo com suas esposas. Ao final, o prisioneiro era chicoteado e depois enforcado ou empalado.

O outro rito era realizado pelo rei nos dias que antecediam o equinócio da primavera, período de comemoração do ano novo na região. O ritual ocorria no templo de Marduk, um dos primeiros deuses mesopotâmicos, onde o rei perdia seus emblemas de poder e era surrado na frente da estátua de Marduk. Essa humilhação servia para demonstrar a submissão do rei à divindade. Em seguida, ele novamente assumia o trono.

O que havia de comum nas duas festas e que está ligado ao carnaval era o caráter de subversão de papéis sociais: a transformação temporária do prisioneiro em rei e a humilhação do rei frente ao deus. Possivelmente a subversão de papeis sociais no carnaval, como os homens vestirem-se de mulheres e vice-versa, pode encontrar suas origens nessa tradição mesopotâmica.

As associações entre o carnaval e as orgias podem ainda se relacionar às festas de origem greco-romana, como os bacanais (festas dionisíacas, para os gregos). Seriam festas dedicadas ao deus do vinho, Baco (ou Dionísio, para os gregos), marcadas pela embriaguez e pela entrega aos prazeres da carne.

Havia ainda em Roma as Saturnálias e as Lupercálias. As primeiras ocorriam no solstício de inverno, em dezembro, e as segundas, em fevereiro, que seria o mês das divindades infernais, mas também das purificações. Tais festas duravam dias com comidas, bebidas e danças. Os papeis sociais também eram invertidos temporariamente, com os escravos colocando-se nos locais de seus senhores, e estes colocando-se no papel de escravos.

Mas tais festas eram pagãs. Com o fortalecimento de seu poder, a Igreja não via com bons olhos as festas. Nessa concepção do cristianismo, havia a crítica da inversão das posições sociais, pois, para a Igreja, ao inverter os papéis de cada um na sociedade, invertia-se também a relação entre Deus e o demônio.

Ilustração medieval simbolizando um carnaval do período

A Igreja Católica buscou então enquadrar tais comemorações. A partir do século VIII, com a criação da quaresma, tais festas passaram a ser realizadas nos dias anteriores ao período religioso. A Igreja pretendia, dessa forma, manter uma data para as pessoas cometerem seus excessos, antes do período da severidade religiosa.

Durante os carnavais medievais por volta do século XI, no período fértil para a agricultura, homens jovens que se fantasiavam de mulheres saíam nas ruas e campos durante algumas noites. Diziam-se habitantes da fronteira do mundo dos vivos e dos mortos e invadiam os domicílios, com a aceitação dos que lá habitavam, fartando-se com comidas e bebidas, e também com os beijos das jovens das casas.

Durante o Renascimento, nas cidades italianas, surgia a commedia dell'arte, teatros improvisados cuja popularidade ocorreu até o século XVIII. Em Florença, canções foram criadas para acompanhar os desfiles, que contavam ainda com carros decorados, os trionfi. Em Roma e Veneza, os participantes usavam a bauta, uma capa com capuz negro que encobria ombros e cabeça, além de chapéus de três pontas e uma máscara branca.

A história do carnaval no Brasil iniciou-se no período colonial. Uma das primeiras manifestações carnavalescas foi o entrudo, uma festa de origem portuguesa que na colônia era praticada pelos escravos. Depois surgiram os cordões e ranchos, as festas de salão, os corsos e as escolas de samba. Afoxés, frevos e maracatus também passaram a fazer parte da tradição cultural carnavalesca brasileira. Marchinhas, sambas e outros gêneros musicais também foram incorporados à maior manifestação cultural do Brasil.




Fonte:brasilescola.uol

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Elon Musk faz sucesso como modelo nas passarelas aos 69 anos

Maye é mãe de Elon Musk, cofundador da empresa Tesla, e tem dez netos
Foto: Getty Images / BBCBrasil.com

A canadense Maye Musk tem sido uma das modelos mais requisitadas depois que assumiu os cabelos brancos; indústria da moda tem escolhido mulheres mais velhas para campanhas e desfiles.

As mais recentes semanas de moda de Nova York, Paris, Milão e Londres tiveram um número recorde de modelos com mais de 50 anos: 27, de acordo com o site Fashion Spot.

Entre as tops dessa leva de desfiles está Maye Musk, de 69 anos, mãe do bilionário da tecnologia Elon Musk - nome à frente da Tesla, fabricante de carros elétricos e de baterias.

"Nunca trabalhei tanto nos últimos 50 anos como o fiz em 2017", diz ela.

Maye, que nasceu no Canadá, começou a trabalhar como modelo aos 15 anos na África do Sul. Mas foi após os 60 que sua carreira decolou.

Só nos últimos anos ela assinou um contrato com a IMG Models, agência que representa tops como Gisele Bündchen e Gigi Hadid, apareceu nas capas de revistas como New York Magazine, Elle e Vogue e se tornou embaixadora de uma marca de cosméticos americana.

Uma avó elegante, com dez netos, Maye acredita que ter deixado os cabelos brancos ajudou sua carreira.

Ela, que é nutricionista, conta que é preciso cuidado redobrado com a alimentação para conseguir manter o manequim de modelo. "Preciso planejar todas minhas refeições e meus lanches senão o trem sai do trilho e ganho peso. Aí leva duas semanas de dieta rigorosa para perder. Visto manequim 38, não sou tão magra", fala.

Debra Bourne, diretora da All Walks Beyond the Catwalk, que promove diversidade na moda - de idade, tamanhos, etnias - , atribui às redes sociais muito do sucesso de uma mulher mais velha no mercado de modelos.

"Com o crescimento das redes sociais em plataformas como o Instagram, temos visto exemplos bem-sucedidos de modelos mais velhas que conquistaram uma enorme audiência", diz Bourne, que é também psicoterapeuta e já foi editora de moda.

Maye Musk em desfile na semana de moda de Nova York
Foto: Getty Images / BBCBrasil.com

Este é o caso de Maye, que posta com frequência fotos no Instagram, onde soma 90 mil seguidores.

"Há menos competição quando você é mais velha, mas também já menos trabalhos", ela pondera. "Se você continua trabalhando e postando seus trabalhos, você consegue conquistar mais seguidores. E também pode ser chamada para trabalhos diretamente ali, sem ter que ir a testes."

Suor e lágrimas
"Acho que muitos estilistas acreditam que o atual foco em modelos de cabelos platinados é uma mera tendência que vai acabar no próximo ano, e eles poderão voltar para as magras, altas e jovens", diz Rebecca Valentine, fundadora da agência Grey Model, especializada em modelos com mais de 35 anos.

Aberta em 2015 para "representar a nova população diversa mais velha", a empresa inglesa tem clientes como a semana de moda de Londres e a revista Hunger e representa nomes como a ex-musa da estilista Vivienne Westwood Sara Stockbridge, de 52 anos, e Frances Dunscombe, de 82.

Para a empresária, a contratação de modelos mais velhas é "uma resposta à pressão feita no mercado, em que, pela primeira vez, esse grupo de pessoas mais velhas está se recusando a ficar quieto".

"Eles são a geração de rebeldes, punks, rockers, rappers e gays que se assumiram depois de tudo, e estão acostumados a serem ouvidos - e se não o são, gritam mais alto e exigem mais", explica.

Modelo mais velha posa para editorial de moda da revista Hunger | Foto: Trisha Ward
Foto: BBCBrasil.com

Ela acredita que a indústria da moda está seguindo a tendência, mas admite que o processo continua desafiador.

"Elas (modelos mais velhas) podem ver que é uma montanha difícil para subir, com muita adversidade, preconceito e tradições arraigadas para lutar. E é maravilhoso estar cercada de tanta força e positividade no trabalho", fala.

Beleza é sinônimo de juventude?
Mas nem todos os especialistas concordam que há uma presença maior de modelos mais velhas na moda.

Vincent Peter, cofundador da agência de modelos SILENT, de Paris, diz que as mulheres mais velhas aparecem mais em campanhas de cremes anti-idade do que em trabalhos de alta-moda.

"Ocasionalmente elas aparecem nas passarelas, mas é uma exceção. Não vejo nenhuma tendência."

Maye se tornou a garota-propanda da marca de cosméticos Cover Girl
Foto: Getty Images / BBCBrasil.com

A modelo Maye, no entanto, continua garantindo trabalhos ao redor do mundo e espera continuar assim após os 70 anos.

"Tem sido incrível ver como marcas, revistas e designer estão focando nas histórias reais de mulheres mais velhas. As modelos mais jovens amam me ver trabalhando porque isso lhes dá esperanças para o futuro. Minha hashtag é #estáapenascomeçando", diz ela.





Fonte:www.terra.com.br

sábado, 16 de dezembro de 2017

Pianista Silvânia Barros: A minha música expressa todo o sentimento que me vem da alma!

Silvânia Barros

Composição para piano de minha autoria, dedicada à querida e saudosa amiga D. Ana Edith. Peça do Gênero Clássico, interpretada ao piano por mim.

VALSA ANTIGA from Silvânia Sávia Murta Barros on Vimeo.

Sou pianista graduada pela UFMG e, também compositora. No ano de 2010, registrei num CD algumas de minhas composições clássicas e, em 2013 gravei o "Silvânia In Concert - Volune II, com mais doze composições clássicas. Tenho uma música gravada pela grande pianista paulista e pesquisadora Sylvia Maltese num CD que ela lançou em Dezembro/ 2009: "Mulheres Compositoras França-Brasil, que é o "Serelepe - Choro nº 2"e está na nona faixa deste CD. Acessem os links dos sites onde estão algumas de minhas obras: http://palcoprincipal.sapo.pt/silvania_barros

" A minha música expressa todo o sentimento que me vem da alma!"
Silvânia Barros

Ademir Palácios

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Os picaretas da auto-ajuda


Alguém é apresentado a você como doutor em psicologia. Após um bate-papo descontraído, ele diz: “Você tem uma forte necessidade de ser amado e admirado. Tem tendência a ser crítico consigo mesmo e até chega a duvidar de si mesmo. Você tem grandes capacidades que não está explorando como devia...”

Muita gente achará este sujeito iluminado.

O que você pensaria disso? É comovente. Ele acertou em cheio. Você sente um desejo de contar a todos que ele teve uma completa clarividência de sua vida.

A maioria das pessoas a quem se apresente uma descrição repleta de lugares-comuns como esta tende a pensar que trata-se de sua mais precisa fotografia.

E não acontece só com brasileiros.

Um grande jornal francês fez uma experiência. Enviou um "diagnóstico astral" bem parecido com a declaração do nosso guru a cinco mil pessos que, em resposta a um anúncio, já haviam se cadastrado previamente. Quatro mil e trezentas ou 86% declararam-se satisfeitas, e se reconheceram perfeitamente descritas no texto do diagnóstico – que era o mesmo para todas.

É exatamente isso o que fazem a grande maioria dos livros e vídeos de auto-ajuda e os charlatães que ganham dinheiro com palestras de motivação e propostas de como ficar rico apenas pensando positivo.

“Picaretas” crescem como mato em qualquer sistema ou economia. O absurdo está no número astronômico de pessoas ingênuas que fazem desses contos da carochinha os provedores da motivação de que precisam para o trabalho e para a vida.

Motivação não é isto! Motivação nada tem com palhaçadas, palavreado bonito e conveniente às carências coletivas.

A única forma de qualquer pessoa sentir motivação é tendo uma razão e um sentido naquilo que faz ou propõe-se a ser – um motivo real porque ela existe. Sem isto ela acabará depositando sua esperança em coisas vazias.

São pessoas nesse estado que infelizmente sustentam a horda de vigaristas e sanguessugas que, identificando a fraqueza humana, transformam-na em meio de vida sob o formato de palestras, religiões e golpes de grande monta.

ABRAHAM SHAPIRO