Lançada em abril de 1948 pelo jornalista Anselmo Domingos, não por acaso quando a ascensão do rádio no Brasil dava origem ao que ficou conhecido como “Era do Rádio”, a Revista do Rádio, que por 22 anos (1948-1970) circulou em praticamente todo o território nacional, logo se tornou uma das mais célebres protagonistas desse rico momento de nascimento da cultura de massas em nosso país.
O discreto editorial de apresentação da nova publicação parecia prever o destino do periódico, ainda que não manifestasse essa pretensão: “Uma revista nova é sempre uma incógnita. (…) Programa não apresentamos. Ele está encerrado no próprio nome da revista. Estaremos cumprindo um programa se cumprirmos com o título.”
Poucas publicações no Brasil conseguiriam encarnar tão intensamente o seu objeto quanto a Revista do Rádio, provocando em seus leitores a forte sensação de que ela emergia dos bastidores das emissoras e da intimidade dos elencos das rádios, de que ela era de fato a “voz” oficial do rádio no Brasil. Em especial de uma delas: a dinâmica e poderosa Rádio Nacional, emissora criada em 1936 pela empresa carioca A Noite, que editava jornal do mesmo nome. Em 1940, o governo do Estado Novo, interessado em transformar a rádio num “instrumento de afirmação do regime”, encampou a empresa e, em pouco tempo, dotou a Rádio Nacional do maior e mais bem pago elenco radiofônico, tornando-a a emissora mais ouvida em todo o país.
Nos anos 1940-50, o rádio era a principal fonte de informação e entretenimento da população, não só no Brasil, mas em praticamente todo os países ocidentais. A televisão só chegaria ao Brasil em 1953, quando Assis Chateaubriand inaugurou a TV Tupi de São Paulo. Pelo rádio se ouviam musicais de variados gêneros, noticiários do Brasil e do mundo, seriados de aventura, comerciais cantados, novelas, programas de humor e de calouros, transmissões esportivas, hora certa – e somente as vozes bastavam para o público. Mas a Revista do Rádio veio mostrar os donos das vozes que encantavam os ouvintes:cantores, animadores de auditório, locutores, humoristas, radio atores, atrizes… Em forma de texto e fotografia, revelava aos brasileiros a vida profissional e íntima dos artistas, que assim iam se tornando, como é da natureza da cultura de massas, “ídolos populares”, “astros” e “estrelas”, granjeando fãs e clubes de fãs pelo país a fora.
O cinema e o teatro também eram assuntos da revista, embora sobretudo o primeiro também tivesse, desde o início do século, as suas revistas especializadas. Mitos do teatro dramático como Procópio Ferreira, Dulcina de Moraes e Alda Garrido ou do teatro de revista, como a vedete e bailarina Lurdinha Bittencourt, tinham também sua vida profissional e pessoal contada aos leitores.
Aos 31 anos de idade, Anselmo Domingos fundou a revista em uma pequena sala na rua Treze de Maio 23, centro do Rio de Janeiro. A primeira edição teve quarenta páginas, custou três cruzeiros e trouxe na capa Carmem Miranda, de quem Anselmo era fã. Na análise do pesquisador Rodrigo Faour, autor do livro Revista do Rádio: cultura, fuxicos e moral nos anos dourados, este primeiro número já nos dá a idéia de que muitos assuntos ignorados pelas outras publicações de então seriam abordados pela nova publicação, fossem eles sérios ou de puro entretenimento. O autor enumera algumas das matérias: uma “radiobiografia” de Dircinha Batista, uma coluna de curiosidades do meio radiofônico no estilo “você sabia que Sylvio Caldas, cujo verdadeiro nome é Sílvio Narciso de Figueiredo Caldas, nasceu em São Cristóvão e era motorista antes de se destacar no rádio brasileiro?”, matérias sobre alguns dos principais cantores da época, como o “Rei da Voz” Francisco Alves, o “Caricaturista do Samba” Jorge Veiga e a passional e divertida Linda Batista.
Ainda na introdução do primeiro número, Anselmo fez breve análise do ano de 1947. Citando diversas emissoras então em funcionamento, demonstrou a efervescência do rádio na época, quando informações a respeito eram publicadas, porém de forma espaçada e irregular nas páginas dos jornais.
Publicações como Carioca, Promove, Vida Doméstica, A Voz do Rádio, Cine-Rádio-Jornal, Cinelândia, Guia Azul já abordavam a temática, mas foi a Revista do Rádio – e pouco depois uma concorrente, Radiolândia (1952 – 1962), da Rio Gráfica Editora – que proporcionou ao rádio o seu maior destaque. Ela foi a primeira totalmente especializada nesse meio de comunicação (Haussen e Bacchi, 2001), que reinaria até a sua gradual suplantação pela televisão ao longo da década de 1960. Até então o público se entretinha principalmente com o som, e o rosto dos seus ídolos só podia ser conhecido por meio de revistas ou do cinema. O teatro também era um meio, mas era muito restrito às principais cidades.
Segundo Faour, a revista tinha os ingredientes certos para emplacar:
“não bastassem as informações em geral sobre a vida pessoal e artística das celebridades do momento, havia fuxicos e um pouco de apelação em suas manchetes para atingir em cheio a curiosidade do povão. Um povo que tinha como principal veículo de diversão e informação o rádio. Só no Rio de 1948 havia treze opções: Rádio Clube do Brasil (PRA-3), Rádio Cruzeiro do Sul (PRE-2), Rádio Globo (PRE-3), Rádio Guanabara (PRC-8), Rádio Jornal do Brasil (PRF-4), Rádio Mauá (PRH-8), Rádio Ministério da Educação e Saúde (PRA-8), Rádio Roquete Pinto (PRD-5), Rádio Tamoio (PRB-7), Rádio Vera Cruz (PRE-2) e as três principais: Rádio Nacional (PRE-8), Rádio Mayrink Veiga (PRA-9) – que dominou a cena entre os anos 30 e meados dos 40, sendo abafada posteriormente pela Nacional – e Rádio Tupi (PRG-3).”
Quem viveu nessa época, ao ler o trecho acima possivelmente se lembrará da ordem das emissoras no dial dos seus rádios! E certamente daquelas que mais ouvia.
Sempre em formato de 19cmx27cm e com apenas a capa em cores, a Revista do Rádio variou na periodicidade. Foi mensal nos dois primeiros anos, mas se tornou semanal a partir de março de 1950, mudando-se para a rua de Santana, também no centro do Rio de Janeiro. Ampliou suas instalações e também a cobertura dos assuntos, antes limitados ao que ocorria nas rádios cariocas, passando a apresentar a coluna “Rádio nos Estados”. O jornalista Borelli filho era o chefe de redação e braço direito de Anselmo.
Em seu livro, Faour apresenta os campeões das páginas da Revista do Rádio: Emilinha Borba, Marlene, Angela Maria, Cauby Peixoto, César de Alencar e Ivon Curi, que apareceram em diversas colunas ao longo da vida da revista. Eram todos do elenco da Rádio Nacional.
A revista oferecia ainda uma diversidade de seções, cada uma tratando de um tipo de assunto: “A pergunta da Semana” (opiniões de artistas sobre um tema), “Feira de amostras” (piadas sobre gente do rádio), “Discos” (lançamentos e parada de sucessos), “Teatro na Revista do Rádio”, “Cinema na Revista do Rádio” (em meados da década de 50 passou a sair também a seção TV, assinada por Hélio Tys), “Correio dos fãs” (perguntas dos fãs), “Rádio em revista” (atualidades do rádio), além da popularíssima “Mexericos da Candinha”, inaugurada em 1953 com o nome “Segredos da Candinha”, com fofocas picantes sobre os artistas. Outras colunas fixas sobre intimidades dos artistas eram “Buraco da fechadura”, “Ficha completa”, “Eu sou assim” e “Entrevista teco-teco”, além da interessante “Minha casa é assim”, que mostrava fotografias das casas dos astros e estrelas do rádio.
Em geral, as notícias eram sobre a vida amorosa, rivalidades, aparências, contas bancárias e comportamentos dos famosos. Havia também interação com o público por meio de promoções e premiações aos artistas de rádio, como “Os melhores do Rádio” e o, sempre ansiado pelos fãs, concurso anual “A Rainha e o Rei do Rádio”, promovido pela Associação Brasileira de Rádio. Já em tom mais sério, o editorial, escrito por Anselmo Domingos, analisava quaisquer assuntos relativos ao rádio.
Como não podia deixar de ser, logo após a televisão aparecer no Brasil, no início dos anos 50, o rádio reconheceu a influência do novo veículo. É o que se pode constatar a partir da edição 502, de 2 de maio de 1959, quando logo abaixo do título da revista passou a figurar a frase “A primeira em rádio e televisão”. A partir da edição 532, de 28 de novembro de 1959, o próprio título da publicação passou a ser Revista do Rádio e TV, pois cresceu o número de matérias sobre televisão, publicando-se inclusive a grade de programação das emissoras.
Outra mudança apontada por Faour, ocorrida ao longo da década de 60, foi o espaço que as novas manifestações da música brasileira, como a bossa nova, os festivais e a jovem guarda ganharam na publicação em detrimento dos tradicionais “cantores (e cantoras) do rádio”. A revista continuava forte, mas a concorrência aumentava com o aparecimento de Radiolândia, TV-Programa, Guia de TV, Intervalo e Amiga.
A Revista do Rádio deixaria de existir em 1970, poucos meses depois da morte de seu criador. Foram vinte e dois anos de informação, histórias de astros e estrelas e construção, semana a semana, dos grandes mitos do rádio brasileiro. Aliás, nada ou quase nada se divulgava sobre artistas estrangeiros, a não ser quando vinham se apresentar no Brasil. Vinte e dois anos de criação, ainda ingênua e com pequena ambição mercantil, de uma nascente cultura de massas no Brasil, num estilo que não deixaria, no entanto, de influenciar as dezenas de publicações que viriam a ser criadas no país.
Fonte:bndigital.bn.gov.br
O discreto editorial de apresentação da nova publicação parecia prever o destino do periódico, ainda que não manifestasse essa pretensão: “Uma revista nova é sempre uma incógnita. (…) Programa não apresentamos. Ele está encerrado no próprio nome da revista. Estaremos cumprindo um programa se cumprirmos com o título.”
Poucas publicações no Brasil conseguiriam encarnar tão intensamente o seu objeto quanto a Revista do Rádio, provocando em seus leitores a forte sensação de que ela emergia dos bastidores das emissoras e da intimidade dos elencos das rádios, de que ela era de fato a “voz” oficial do rádio no Brasil. Em especial de uma delas: a dinâmica e poderosa Rádio Nacional, emissora criada em 1936 pela empresa carioca A Noite, que editava jornal do mesmo nome. Em 1940, o governo do Estado Novo, interessado em transformar a rádio num “instrumento de afirmação do regime”, encampou a empresa e, em pouco tempo, dotou a Rádio Nacional do maior e mais bem pago elenco radiofônico, tornando-a a emissora mais ouvida em todo o país.
Nos anos 1940-50, o rádio era a principal fonte de informação e entretenimento da população, não só no Brasil, mas em praticamente todo os países ocidentais. A televisão só chegaria ao Brasil em 1953, quando Assis Chateaubriand inaugurou a TV Tupi de São Paulo. Pelo rádio se ouviam musicais de variados gêneros, noticiários do Brasil e do mundo, seriados de aventura, comerciais cantados, novelas, programas de humor e de calouros, transmissões esportivas, hora certa – e somente as vozes bastavam para o público. Mas a Revista do Rádio veio mostrar os donos das vozes que encantavam os ouvintes:cantores, animadores de auditório, locutores, humoristas, radio atores, atrizes… Em forma de texto e fotografia, revelava aos brasileiros a vida profissional e íntima dos artistas, que assim iam se tornando, como é da natureza da cultura de massas, “ídolos populares”, “astros” e “estrelas”, granjeando fãs e clubes de fãs pelo país a fora.
O cinema e o teatro também eram assuntos da revista, embora sobretudo o primeiro também tivesse, desde o início do século, as suas revistas especializadas. Mitos do teatro dramático como Procópio Ferreira, Dulcina de Moraes e Alda Garrido ou do teatro de revista, como a vedete e bailarina Lurdinha Bittencourt, tinham também sua vida profissional e pessoal contada aos leitores.
Aos 31 anos de idade, Anselmo Domingos fundou a revista em uma pequena sala na rua Treze de Maio 23, centro do Rio de Janeiro. A primeira edição teve quarenta páginas, custou três cruzeiros e trouxe na capa Carmem Miranda, de quem Anselmo era fã. Na análise do pesquisador Rodrigo Faour, autor do livro Revista do Rádio: cultura, fuxicos e moral nos anos dourados, este primeiro número já nos dá a idéia de que muitos assuntos ignorados pelas outras publicações de então seriam abordados pela nova publicação, fossem eles sérios ou de puro entretenimento. O autor enumera algumas das matérias: uma “radiobiografia” de Dircinha Batista, uma coluna de curiosidades do meio radiofônico no estilo “você sabia que Sylvio Caldas, cujo verdadeiro nome é Sílvio Narciso de Figueiredo Caldas, nasceu em São Cristóvão e era motorista antes de se destacar no rádio brasileiro?”, matérias sobre alguns dos principais cantores da época, como o “Rei da Voz” Francisco Alves, o “Caricaturista do Samba” Jorge Veiga e a passional e divertida Linda Batista.
Ainda na introdução do primeiro número, Anselmo fez breve análise do ano de 1947. Citando diversas emissoras então em funcionamento, demonstrou a efervescência do rádio na época, quando informações a respeito eram publicadas, porém de forma espaçada e irregular nas páginas dos jornais.
Publicações como Carioca, Promove, Vida Doméstica, A Voz do Rádio, Cine-Rádio-Jornal, Cinelândia, Guia Azul já abordavam a temática, mas foi a Revista do Rádio – e pouco depois uma concorrente, Radiolândia (1952 – 1962), da Rio Gráfica Editora – que proporcionou ao rádio o seu maior destaque. Ela foi a primeira totalmente especializada nesse meio de comunicação (Haussen e Bacchi, 2001), que reinaria até a sua gradual suplantação pela televisão ao longo da década de 1960. Até então o público se entretinha principalmente com o som, e o rosto dos seus ídolos só podia ser conhecido por meio de revistas ou do cinema. O teatro também era um meio, mas era muito restrito às principais cidades.
Segundo Faour, a revista tinha os ingredientes certos para emplacar:
“não bastassem as informações em geral sobre a vida pessoal e artística das celebridades do momento, havia fuxicos e um pouco de apelação em suas manchetes para atingir em cheio a curiosidade do povão. Um povo que tinha como principal veículo de diversão e informação o rádio. Só no Rio de 1948 havia treze opções: Rádio Clube do Brasil (PRA-3), Rádio Cruzeiro do Sul (PRE-2), Rádio Globo (PRE-3), Rádio Guanabara (PRC-8), Rádio Jornal do Brasil (PRF-4), Rádio Mauá (PRH-8), Rádio Ministério da Educação e Saúde (PRA-8), Rádio Roquete Pinto (PRD-5), Rádio Tamoio (PRB-7), Rádio Vera Cruz (PRE-2) e as três principais: Rádio Nacional (PRE-8), Rádio Mayrink Veiga (PRA-9) – que dominou a cena entre os anos 30 e meados dos 40, sendo abafada posteriormente pela Nacional – e Rádio Tupi (PRG-3).”
Quem viveu nessa época, ao ler o trecho acima possivelmente se lembrará da ordem das emissoras no dial dos seus rádios! E certamente daquelas que mais ouvia.
Sempre em formato de 19cmx27cm e com apenas a capa em cores, a Revista do Rádio variou na periodicidade. Foi mensal nos dois primeiros anos, mas se tornou semanal a partir de março de 1950, mudando-se para a rua de Santana, também no centro do Rio de Janeiro. Ampliou suas instalações e também a cobertura dos assuntos, antes limitados ao que ocorria nas rádios cariocas, passando a apresentar a coluna “Rádio nos Estados”. O jornalista Borelli filho era o chefe de redação e braço direito de Anselmo.
Em seu livro, Faour apresenta os campeões das páginas da Revista do Rádio: Emilinha Borba, Marlene, Angela Maria, Cauby Peixoto, César de Alencar e Ivon Curi, que apareceram em diversas colunas ao longo da vida da revista. Eram todos do elenco da Rádio Nacional.
A revista oferecia ainda uma diversidade de seções, cada uma tratando de um tipo de assunto: “A pergunta da Semana” (opiniões de artistas sobre um tema), “Feira de amostras” (piadas sobre gente do rádio), “Discos” (lançamentos e parada de sucessos), “Teatro na Revista do Rádio”, “Cinema na Revista do Rádio” (em meados da década de 50 passou a sair também a seção TV, assinada por Hélio Tys), “Correio dos fãs” (perguntas dos fãs), “Rádio em revista” (atualidades do rádio), além da popularíssima “Mexericos da Candinha”, inaugurada em 1953 com o nome “Segredos da Candinha”, com fofocas picantes sobre os artistas. Outras colunas fixas sobre intimidades dos artistas eram “Buraco da fechadura”, “Ficha completa”, “Eu sou assim” e “Entrevista teco-teco”, além da interessante “Minha casa é assim”, que mostrava fotografias das casas dos astros e estrelas do rádio.
Em geral, as notícias eram sobre a vida amorosa, rivalidades, aparências, contas bancárias e comportamentos dos famosos. Havia também interação com o público por meio de promoções e premiações aos artistas de rádio, como “Os melhores do Rádio” e o, sempre ansiado pelos fãs, concurso anual “A Rainha e o Rei do Rádio”, promovido pela Associação Brasileira de Rádio. Já em tom mais sério, o editorial, escrito por Anselmo Domingos, analisava quaisquer assuntos relativos ao rádio.
Como não podia deixar de ser, logo após a televisão aparecer no Brasil, no início dos anos 50, o rádio reconheceu a influência do novo veículo. É o que se pode constatar a partir da edição 502, de 2 de maio de 1959, quando logo abaixo do título da revista passou a figurar a frase “A primeira em rádio e televisão”. A partir da edição 532, de 28 de novembro de 1959, o próprio título da publicação passou a ser Revista do Rádio e TV, pois cresceu o número de matérias sobre televisão, publicando-se inclusive a grade de programação das emissoras.
Outra mudança apontada por Faour, ocorrida ao longo da década de 60, foi o espaço que as novas manifestações da música brasileira, como a bossa nova, os festivais e a jovem guarda ganharam na publicação em detrimento dos tradicionais “cantores (e cantoras) do rádio”. A revista continuava forte, mas a concorrência aumentava com o aparecimento de Radiolândia, TV-Programa, Guia de TV, Intervalo e Amiga.
A Revista do Rádio deixaria de existir em 1970, poucos meses depois da morte de seu criador. Foram vinte e dois anos de informação, histórias de astros e estrelas e construção, semana a semana, dos grandes mitos do rádio brasileiro. Aliás, nada ou quase nada se divulgava sobre artistas estrangeiros, a não ser quando vinham se apresentar no Brasil. Vinte e dois anos de criação, ainda ingênua e com pequena ambição mercantil, de uma nascente cultura de massas no Brasil, num estilo que não deixaria, no entanto, de influenciar as dezenas de publicações que viriam a ser criadas no país.
Fonte:bndigital.bn.gov.br
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