Em 1964, a Jovem Guarda encontrava no rádio AM um espaço complementar ao da TV (vide o famoso programa que batizou o movimento e era transmitido pela TV Record, apresentado pelo cantor Roberto Carlos), e o programa do compositor, empresário e jornalista Carlos Imperial, "Hoje é dia de rock" (apesar do título, sabe-se que a Jovem Guarda era mais pop do que rock, e este estava na mesma época mais audacioso do que imaginavam os jovens brasileiros em sua maioria), se tornava um grande sucesso de audiência.
Era o rádio AM em seus momentos de "rádio jovem", algo que causa estranheza aos adolescentes da década de 90.
O fenômeno da Jovem Guarda existia desde 1959, quando foram lançados os sucessos "Banho de Lua" e "Estúpido Cupido", na voz de Cely Campello. Só não tinha este nome. O nome "Jovem Guarda" foi criado pelo publicitário Carlito Maia, já falecido, baseado numa frase do líder comunista soviético Vladimir Ilich Ulianov, mais conhecido como Lênin. Antes desse nome, se pensava em ié-ié-ié ou iê-iê-iê, ou simplesmente rock ou rock'n'roll versão brasileira (mas numa expressão bem mais branda e ingênua do que o rock que acontecia nos EUA e Reino Unido; o rock inglês já estava absorvendo influências do blues norte-americano, enquanto a Jovem Guarda ainda ficava nas baladas italianas, devido ao sucesso do filme Candelabro Italiano, de 1962).
A partir de 1960, nomes como Renato & Seus Blue Caps, Demétrius e Sérgio Murilo apareciam fazendo o mesmo tipo de som, uma leitura brasileira do rock dos anos 50, com forte influência da música jovem italiana, sucesso entre os anos 50 e 60. A dupla Roberto Carlos & Erasmo Carlos também iniciou carreira no período pré-Jovem Guarda, para depois se tornarem os líderes deste movimento de música jovem que teve nas AMs e na televisão seu espaço de afirmação e divulgação.
Foi preciso a suspensão das transmissões esportivas da TV Record, em 1964, para ser criado um programa que batizaria e consagraria o gênero: "Jovem Guarda", apresentado pelo ídolo Roberto Carlos. Era um estilo ingênuo e conservador, comparado com o rock que era feito nos EUA e Reino Unido, às vésperas do psicodelismo, mas até para ser contestado pelos fãs mais exigentes de rock a Jovem Guarda teve sua razão de ser. Pelo menos foi a primeira manifestação brasileira de música jovem contemporânea e através dela os jovens brasileiros começaram a conhecer a guitarra elétrica. A própria Tropicália de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Mutantes e outros utilizaria, depois, elementos da Jovem Guarda na sua mistura com música regional brasileira e outras influências.
Era o rádio AM em seus momentos de "rádio jovem", algo que causa estranheza aos adolescentes da década de 90.
O fenômeno da Jovem Guarda existia desde 1959, quando foram lançados os sucessos "Banho de Lua" e "Estúpido Cupido", na voz de Cely Campello. Só não tinha este nome. O nome "Jovem Guarda" foi criado pelo publicitário Carlito Maia, já falecido, baseado numa frase do líder comunista soviético Vladimir Ilich Ulianov, mais conhecido como Lênin. Antes desse nome, se pensava em ié-ié-ié ou iê-iê-iê, ou simplesmente rock ou rock'n'roll versão brasileira (mas numa expressão bem mais branda e ingênua do que o rock que acontecia nos EUA e Reino Unido; o rock inglês já estava absorvendo influências do blues norte-americano, enquanto a Jovem Guarda ainda ficava nas baladas italianas, devido ao sucesso do filme Candelabro Italiano, de 1962).
A partir de 1960, nomes como Renato & Seus Blue Caps, Demétrius e Sérgio Murilo apareciam fazendo o mesmo tipo de som, uma leitura brasileira do rock dos anos 50, com forte influência da música jovem italiana, sucesso entre os anos 50 e 60. A dupla Roberto Carlos & Erasmo Carlos também iniciou carreira no período pré-Jovem Guarda, para depois se tornarem os líderes deste movimento de música jovem que teve nas AMs e na televisão seu espaço de afirmação e divulgação.
Foi preciso a suspensão das transmissões esportivas da TV Record, em 1964, para ser criado um programa que batizaria e consagraria o gênero: "Jovem Guarda", apresentado pelo ídolo Roberto Carlos. Era um estilo ingênuo e conservador, comparado com o rock que era feito nos EUA e Reino Unido, às vésperas do psicodelismo, mas até para ser contestado pelos fãs mais exigentes de rock a Jovem Guarda teve sua razão de ser. Pelo menos foi a primeira manifestação brasileira de música jovem contemporânea e através dela os jovens brasileiros começaram a conhecer a guitarra elétrica. A própria Tropicália de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Mutantes e outros utilizaria, depois, elementos da Jovem Guarda na sua mistura com música regional brasileira e outras influências.
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