A voz na sua cabeça é uma mentira. O que você ouve quando abre a boca é muito diferente do que as outras pessoas ouvem – e a culpa é do seu crânio. Mais precisamente, da forma como seu crânio vibra.
Sua voz emana da parte inferior da sua garganta, conforme o ar expelido pelos pulmões passa por suas cordas vocais, que vibram e geram som. Esse som então é amplificado pela sua caixa de voz, modulada por palavras na sua língua e lábios, e reverberado pela atmosfera em torno até entrar no canal auditivo do seu ouvinte para estimular seus tímpanos e estruturas do ouvido interno – que convertem então a forma de onda analógica em impulsos elétricos que o cérebro consegue entender.
No entanto, o ouvido interno não ouve só o som de fontes externas. As vibrações que emanam de dentro do seu corpo podem ativar essas estruturas auditivas também. Quando você fala, a rápida vibração das suas cordas vocais faz com que a sua caixa craniana também vibre.
“Quando você fala, as pregas vocais na sua garganta vibram, fazendo com que sua pele, crânio e cavidades orais também vibrem, e nós percebemos esse som,” explicou Ben Hornsby, professor de audiologia da Universidade Vanderbilt, à Popular Science.
Mas o som não atravessa os ossos com a mesma facilidade que viaja pelo ar. Essa resistência adicional faz a frequência de forma de onda cair, baixando o tom do som que você ouve internamente e criando uma espécie de efeito de feedback que estimula o tímpano de ambos os lados – isso é, os tímpanos pegam tanto estímulos externos das palavras que saem da sua boca como também a vibração do seu crânio. Esse fenômeno é intensificado pelo fato de que você não consegue ouvir sua voz diretamente. Como suas orelhas estão posicionadas atrás da sua boca (ou ao menos deveriam estar – estou falando com você, Sloth), o som que sai da sua boca precisa primeiro bater em objetos e então voltar para a sua orelha. Isso faz com que a forma de onda perca energia assim como frequência e tom, resultando em uma voz distorcida em relação ao que as pessoas ouvem saindo da sua boca. Esses dois tons – o interno e o externo – são então recombinados no seu cérebro em um único sinal de áudio que é o que você identifica como a sua voz, mas uma voz com baixo adicionado.
“Você ouve sua voz em estéreo (ar e condução óssea)”, explicou Michael Kelly, autor de Understanding the Power of Your Voice (Entendendo o poder da sua voz, em tradução livre), à Toadmasters. “Enquanto outras pessoas ouvem apenas em mono (condução do ar).” É por isso que você acha que sua voz é de um jeito mas, quando vai ouvir uma gravação feita por você mesmo, acaba se espantando e não reconhecendo quem é aquela pessoa que está falando. [Mental Floss - BBC - PopSci -Toastmasters]
Fonte:gizmodo.uol.com.br Ilustração por Tara Jacoby
Sua voz emana da parte inferior da sua garganta, conforme o ar expelido pelos pulmões passa por suas cordas vocais, que vibram e geram som. Esse som então é amplificado pela sua caixa de voz, modulada por palavras na sua língua e lábios, e reverberado pela atmosfera em torno até entrar no canal auditivo do seu ouvinte para estimular seus tímpanos e estruturas do ouvido interno – que convertem então a forma de onda analógica em impulsos elétricos que o cérebro consegue entender.
No entanto, o ouvido interno não ouve só o som de fontes externas. As vibrações que emanam de dentro do seu corpo podem ativar essas estruturas auditivas também. Quando você fala, a rápida vibração das suas cordas vocais faz com que a sua caixa craniana também vibre.
“Quando você fala, as pregas vocais na sua garganta vibram, fazendo com que sua pele, crânio e cavidades orais também vibrem, e nós percebemos esse som,” explicou Ben Hornsby, professor de audiologia da Universidade Vanderbilt, à Popular Science.
Mas o som não atravessa os ossos com a mesma facilidade que viaja pelo ar. Essa resistência adicional faz a frequência de forma de onda cair, baixando o tom do som que você ouve internamente e criando uma espécie de efeito de feedback que estimula o tímpano de ambos os lados – isso é, os tímpanos pegam tanto estímulos externos das palavras que saem da sua boca como também a vibração do seu crânio. Esse fenômeno é intensificado pelo fato de que você não consegue ouvir sua voz diretamente. Como suas orelhas estão posicionadas atrás da sua boca (ou ao menos deveriam estar – estou falando com você, Sloth), o som que sai da sua boca precisa primeiro bater em objetos e então voltar para a sua orelha. Isso faz com que a forma de onda perca energia assim como frequência e tom, resultando em uma voz distorcida em relação ao que as pessoas ouvem saindo da sua boca. Esses dois tons – o interno e o externo – são então recombinados no seu cérebro em um único sinal de áudio que é o que você identifica como a sua voz, mas uma voz com baixo adicionado.
“Você ouve sua voz em estéreo (ar e condução óssea)”, explicou Michael Kelly, autor de Understanding the Power of Your Voice (Entendendo o poder da sua voz, em tradução livre), à Toadmasters. “Enquanto outras pessoas ouvem apenas em mono (condução do ar).” É por isso que você acha que sua voz é de um jeito mas, quando vai ouvir uma gravação feita por você mesmo, acaba se espantando e não reconhecendo quem é aquela pessoa que está falando. [Mental Floss - BBC - PopSci -Toastmasters]
Fonte:gizmodo.uol.com.br Ilustração por Tara Jacoby
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