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quarta-feira, 18 de outubro de 2023

As mudanças das mulheres aos 20, 30, 40 e 60 anos

 



Se na juventude a palavra de ordem é ‘imediatismo', na maturidade o que vale é aproveitar cada momento da conquista, como contam mulheres de diferentes faixas etárias

Se na juventude a palavra de ordem é ‘imediatismo', na maturidade o que vale é aproveitar cada momento da conquista, como contam mulheres de diferentes faixas etárias

Ansiedade, excitação, mistério e táticas de aproximação e sedução. Conquistar ou ser conquistado é uma experiência que mexe com a cabeça – e com o coração – de muitas pessoas. Aliás, o momento da conquista é a parte favorita e mais divertida para alguns. O prazer envolvido nesse jogo erótico com uma possível paquera e até com o próprio parceiro independe das idades dos envolvidos.

No entanto, a cada faixa etária, essa experiência vai mudando, de acordo com as mulheres entrevistadas pelo Delas, que estão na casa dos 20, 30, 40 e 60 anos. Da inexperiência no início da vida afetiva e sexual ao acumulo de aprendizado ao longo do tempo, o jogo erótico vai se transformando, deixando para trás o caráter de urgência e a necessidade de ter um resultado imediato, tão característicos da juventude.

Conquistar ou ser conquistado é uma experiência que mexe com a cabeça – e com o coração – de muitas pessoas. Mas ao longo dos anos o modo de lidar com isso vai mudando

Conquistar ou ser conquistado é uma experiência que mexe com a cabeça – e com o coração – de muitas pessoas. Mas ao longo dos anos o modo de lidar com isso vai mudando

Para Marcia Neder, psicanalista e pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em Psicanálise e Educação da USP, a maturidade também traz uma impaciência com quem não sabe o quer. Ou seja: tolerância zero com paqueras que emitem sinais trocados e que têm medo de se entregar, empatando tudo com o famoso ‘mimimi’.

“Eu vejo as mulheres mais velhas muito mais focadas e determinadas. Elas sabem muito bem em que jogo entrar, o que é cilada ou não, sem muita frescura. Se rolar, ótimo – e se não rolar, tudo bem também. Elas são muito mais livres e se sentem mais à vontade com a própria experiência sexual. Por isso, elas se jogam mais nos relacionamentos, se aproximam dos paqueras com muito mais facilidade e fazem esses jogos com mais disponibilidade, se entregando de verdade”, avalia Marcia, dizendo ainda que essa mudança de postura se dá porque a mulher madura já passou por poucas e boas na vida. “Ela tem muitas marcas, já superou muitas dores e sabe que pode sobreviver às frustrações e rejeições.”

Para as mulheres, então, a boa notícia é que o jogo erótico fica ainda melhor com o passar dos anos e com a maturidade que só a experiência de vida proporciona. Sofrer e se decepcionar são situações que fazem parte desse aprendizado, como contam as quatro entrevistadas a seguir.


20 ANOS: A ERA DOS JOGUINHOS


Para a estudante Letícia Esteves, de 23 anos, os jogos de conquista e sedução têm dois lados – e um deles não é tão empolgante assim. Para ela, o maior problema está na necessidade de dissimular algumas intenções e ficar esperando o outro lado tomar a iniciativa.

Letícia Esteves: "Eu até curto o mistério, a fase do flerte, mas se vejo que o cara está perdido e sem reação, eu acabo tomando a iniciativa e sendo bem direta"

“Quando você começa a sair com um cara e está gostando dele, não pode dar tanto na cara, tem que ficar fazendo a indiferente, essas coisas. Para mim, seria muito mais fácil se as pessoas fossem apenas sinceras. Eu até curto o mistério, a fase do flerte, mas se vejo que o cara está perdido e sem reação, eu acabo tomando a iniciativa e sendo bem direta, mesmo. Sem enrolação”, conta Letícia.

A estudante acredita que a ingenuidade e a inocência também vão diminuindo com os anos, bem como a paciência para lidar com tantas ‘regrinhas’ de conquista. Por isso, ela prefere não perder muito tempo com os jogos. “O que eu detesto nisso tudo é que quem dá o braço a torcer sempre sai como perdedor, é como se a gente não pudesse demonstrar nossos sentimentos porque isso faz de nós fracas e desesperadas por um relacionamento.”


30 ANOS: LIDANDO COM ESTIGMAS


Essa faixa ainda é um estigma para muitas mulheres. Segundo a psicanalista Marcia, uma série de cobranças e conflitos passa a fazer parte do cotidiano delas. “Aos 30, essa mulher ainda está focando em alguns setores da vida, que não o amoroso, e buscando uma experiência sexual que não tinha na juventude. Ela também fica muito dividida coma questão da maternidade. É quando vai chegando perto do deadline. Se ela opta por ser mãe, passa a considerar um relacionamento mais sério, e não só os casuais. Aí o jogo é diferente”, atenta ela.

Renata Rolisola concorda que, com o passar dos anos, o foco é realmente outro. Hoje com 30 anos, a empresária se sente muito mais segura e bonita do que há 10 anos, mesmo acreditando estar com alguns quilinhos ‘a mais’. Para ela, um pouco mais de experiência já influencia a autoestima das mulheres e as expectativas em relação às paqueras e aos jogos de sedução.

Renata Rolisola: "Na verdade, o que faz a gente entrar em tantos joguinhos, mesmo contra a nossa vontade, é a insegurança de ficar sozinha"

“Quando eu estava solteira, a minha preocupação maior era com a minha saúde e com a minha profissão. Então, se esse jogo rolar, rolou. Fico bem mais tranquila do que antes. Na verdade, o que faz a gente entrar em tantos joguinhos, mesmo contra a nossa vontade, é a insegurança de ficar sozinha. Eu penso que é melhor estar só do que mal acompanhada, por ter visto de perto casamentos falidos, como o do meu pai e da minha mãe, e relacionamentos desgastados. Hoje em dia, existe vibradorzinho, alguns programas do Netflix e HBO, e outras coisas para a gente se bastar”, comenta Renata com bom humor.


40 ANOS: APOSTANDO NO QUE VALE A PENA


Se aos 20 a paciência é quase inexistente para jogos e truques de sedução, aos 40 as coisas mudam de cenário. A experiência permite “selecionar” melhor, naturalmente, os jogos que valem a pena. Por isso, a tensão e o mistério do que antecede uma relação valem mais a pena do que simplesmente o seu objetivo: transar. Isso não quer dizer que vamos ficando mais puritanas com os anos, pelo contrário. Para a professora Gloria Marqueti, de 45, a ‘sem-vergonhice’ é maior nessa fase.

“Quando a gente é nova, temos essa necessidade do prazer imediato. Com a maturidade, porém, dá para ver que existem muito mais coisas por trás do objetivo final e do sexo, em si. Esse jogo é muito legal. Não sinto mais o mesmo imediatismo da juventude, nem tanta preocupação. Nós precisamos parar de nos preocupar com coisas pequenas, e apenas aprender a curtir o momento. Cada fase e cada jogo têm a sua respectiva beleza. Nessa fase, acredito que tudo fica bem mais gostoso e envolvente”, pontua Gloria.


60 ANOS OU MAIS: TRABALHANDO COM A REALIDADE


Jogar bem, para a representante comercial Dilma Cortês, não tem a ver só com o poder de sedução e conquista de cada um. Para ela, uma das maiores conquistas dos 60 anos em relação à juventude é sobre trabalhar com a realidade, e não com expectativas. “Hoje eu tenho outro foco, que são homens mais velhos, e sou realista. Não miro nos caras que são maravilhosos, por exemplo. Hoje estou saindo com um cara de 75 anos, e me sinto super bem com isso”, revela Dilma.

Dilma Cortês: "Me sinto segura porque já sei o que posso e o que não posso fazer"

O desprendimento também é uma característica marcante das mulheres que estão vivendo esse momento. Além de se sentir mais realista, Gloria acredita que segurança, autoestima e plenitude são os maiores diferenciais da maturidade. Para ela, estar solteira (mas com alguns ‘peguetes’, como ela gosta de dizer) e ainda ser avó de três crianças é motivo de orgulho, não de desespero ou preocupação.

“Eu lido melhor com a rejeição e tenho menos medo de me jogar. Eu sei que eu posso ser assim, que não é errado me sentir bonita, charmosa e gostosa. E me sinto segura porque já sei o que posso e o que não posso fazer, além de ter a paciência de conquistar alguém devagarzinho. Pode não ser hoje, mas vai ser amanhã”, conclui Gloria.






Fonte:webradioepocas.blogspot.com

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Brasil: O país onde "calça jeans" começou em 1956

 Jeans no Brasil é coisa séria: 68% de todo o vestuário fabricado no país. Cerca de 100 milhões de peças são vendidas por ano, o que torna o Brasil o segundo maior mercado de jeans do mundo — os Estados Unidos são o primeiro. Em 1987, a indústria brasileira faturou 1 bilhão de dólares, dos quais 200 mil com exportações. De trinta a quarenta modelos chegam às lojas todo ano, cinco dos quais emplacam. E tem mais: o Brasil é o único país onde se pode comprar o tecido a metro, para ser transformado em calças, camisas, saias ou vestidos.


Foi uma longa trajetória desde 1948, quando a Roupas AB lançou a primeira calça de brim azul, a Rancheiro. A novidade não agradou muito: o brim era duro demais. Numa época em que as festas ainda eram embaladas ao som açucarado de Ray Conniff e as moças de boa família usavam banlons, vestidos leves de saia rodada ou calças justas de helanca, o tecido das “rancheiras” era no mínimo grosseiro.

Aquele Brasil de 55 milhões de habitantes era mesmo muito diferente do atual: mais gente morava no campo que nas cidades. E nem no Rio ou em São Paulo, com seus pouco mais de 2 milhões de pessoas, os jovens tinham a importância de hoje como consumidores e fazedores de modas. O jeans teria que esperar.

Em 1956, a posse de Juscelino Kubitschek na presidência e sua promessa de fazer cinqüenta anos em cinco põem no ar um clima de mudanças. A construção de Brasília e a implantação da indústria automobilística mudam a face do país. Naquele ano, a Alpargatas lança a Far West, a “calça que resiste a tudo”, como diziam os anúncios.


O forte do jeans ainda era o trabalho, mas a calça já começava a acompanhar o lazer dos jovens de classe média. No começo da década de 60, quem tinha meios trazia do exterior ou comprava de contrabandistas as famosas calças Lee, made in USA, que desbotavam.


Lee virou sinônimo de jeans. Tanto que durante muito tempo se dizia “calça Lee” no lugar de jeans. A indústria de confecções não tardou a perceber de que lado soprava o vento — e começaram a brotar marcas de jeans com forte apelo de vendas aos jovens. As etiquetas Calhambeque, Tremendão e Ternurinha, por exemplo, identificavam o jeans com os ídolos da juventude da época, Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Vanderléa.


No começo dos anos 70, o Brasil é o país do milagre econômico e da ditadura política — e também da acelerada transformação no comportamento dos jovens. Fala-se a toda hora em conflito de gerações e revolução sexual. Em 1972, é lançada a US Top, com verdadeiro indigo blue, a primeira calça brasileira que desbota como a Lee americana. Dois anos depois, a Levi’s adapta o corte do jeans aos gostos nacionais — calças justas na frente para os homens e atrás para as mulheres. E a Ellus introduz a moda dos stone washed.


Depois viriam as griffes — em nenhum país do mundo há tantos nomes famosos assinando jeans como no Brasil.  

Os sobreviventes dos anos 60 e 70

 


Os carros não tinham cintos de segurança, apoios de cabeça, nem air-bag!

Íamos soltos no banco de trás fazendo aquela farra! E isso não era perigoso!


As camas tinham grades e os brinquedos eram multicores com pecinhas que se soltavam ou no mínimo pintados com umas tintas “duvidosas“ contendo chumbo ou outro veneno qualquer.






Não havia travas de segurança nas portas dos carros, chaves 
nos armários de medicamentos, detergentes ou químicos domésticos.
A gente andava de bicicleta para lá e pra cá, sem capacete, 
joelheiras, caneleiras e cotoveleiras...

 Bebíamos água de filtro de barro, da torneira, de uma
mangueira, ou de uma fonte e não águas minerais em garrafas ditas "esterilizadas".







Construíamos aqueles famosos carrinhos de rolimã e aqueles que tinham a sorte de morar perto de uma ladeira asfaltada, podiam 

tentar bater recordes de velocidade e até verificar no meio do
caminho que tinham economizado a sola dos sapatos, que eram usados como freios...E estavam descalços... Depois de alguns acidentes... Todos os problemas estavam resolvidos!






Iamos brincar na rua com uma única condição: voltar para casa ao anoitecer. Não havia celulares... E nossos pais não sabiam onde estávamos! Era incrível!

Braço no gessos, dentes partidos, joelhos ralados, cabeça lascada Alguém se queixava disso? Todos tinham razão, menos nós ...






Tínhamos aulas só de manhã, e íamos almoçar em casa. Quando tinhamos piolho usavamos Neocid em pó.


 Comíamos doces à vontade, pão com manteiga, bebidas com o (perigoso) açúcar. Não se falava de obesidade, brincávamos sempre na rua e éramos super ativos ...

Dividíamos com nossos amigos uma Tubaína comprada naquela vendinha da esquina, gole a gole e nunca ninguém morreu por isso ....

Nada de Playstations, Nintendo 64, X boxes, jogos de Vídeo , Internet por satélite, Video cassete e DVD Dolby surround, Celular com câmera Computador Chats na Internet Só amigos .


Nossos cachorros nada de ração. Comiam a mesma comida que nós (muitas vezes os restos), e sem problema algum! Banho quente? Xampú? Que nada! No quintal, um segurava o cão e o outro com a mangueira (fria) ia jogando água e esfregando-o com (acreditem se quiserem) sabão (em barra) de lavar roupa! Algum cachorro morreu ou adoeceu por causa disso? Quem não teve um cachorro Rin Tin Tin?

Na escola alguns eram reprovados. Ninguém ia por isso a um psicólogo ou psicoterapeuta. Não havia a moda dos superdotados, nem se falava em dislexia, problemas de concentração, hiperatividade. Quem não passava, simplesmente repetia de ano e tentava de novo no ano seguinte!
As nossas festas eram animadas por radiolas com agulhas de diamantes deslizando sobre os discos de vinil, luz negra e um delicioso coquetel feito de groselha e maçã em cubinhos .
19- Tínhamos: Liberdade, Fracassos, Sucessos e Deveres. ... e aprendíamos a lidar com cada um deles!





A única verdadeira questão é: como a gente conseguiu sobreviver? E acima de tudo, como conseguimos desenvolver a nossa personalidade?
Você também é dessa geração? Se sim, então compartilha com seus amigos desse tempo, e também aos seus filhos e sobrinhos, para que eles saibam como era no... Nosso tempo !

Sem dúvida vão responder que era uma chatice, mas ... Como éramos felizes !!!

sábado, 14 de outubro de 2023

A nostalgia coletiva de épocas passadas

 

Às vezes nos sentimos nostálgicos. Sentimos saudade de um momento, de uma situação ou de um acontecimento que ficou no passado. Nós sofremos por algo que já aconteceu, algo que tivemos e acabamos perdendo. Essa emoção pode ser sentida por uma pessoa, por um grupo (nostalgia coletiva), por um objeto ou por determinados eventos.

Na nostalgia podemos fazer uma diferenciação importante, porque existem dois tipos de sentimentos. Um deles é um sentimento positivo, uma lembrança agradável de um objeto que está ausente ou desapareceu ao longo do tempo. O outro é um sentimento negativo. Um sentimento de dor, de sofrimento por tudo que não podemos mais recuperar, um desejo de que tudo volte a ser como era antes.

Sendo nostálgico

Talvez o que mais se destaque na nostalgia seja a saudade de um ente querido. Separações amorosas, longas estadias no exterior ou mortes nos deixam muito nostálgicos. No entanto, a nostalgia não é menos importante quando o objeto é um lugar.

Este tipo de nostalgia misturado com melancolia acomete as pessoas que se encontram longe da sua terra natal e sentem saudades da sua pátria, do seu lar e das coisas que lhe são familiares. Podemos rodar o mundo, mas jamais nos esqueceremos de onde viemos.

Nostalgia coletiva

Também sentimos nostalgia por situações ou eventos passados. Um caso especial desse sentimento constitui a nostalgia coletiva. Isso se refere à saudade compartilhada pelo que a sociedade era ou representava.

Todos nós já ouvimos alguém dizer: “no meu tempo, as coisas eram diferentes”. O problema é que as comparações no tempo nunca são justas. A nossa memória e as suas distorções podem nos fazer lembrar de um passado distorcido. A memória seletiva nos mostrará apenas os eventos que aumentam a nossa nostalgia.

Muitas pessoas desejam, enquanto elogiam, a volta dos regimes ditatoriais. Suspiram pela falta de uma mão forte nos tempos modernos e exigem um líder forte e carismático que mais uma vez engrandecerá o seu país. Evidentemente, essas pessoas esquecem partes importantes do passado e do presente: as liberdades perdidas dentro de um regime autoritário e os possíveis crimes cometidos naqueles tempos cujo retorno elas tanto desejam.

Essas pessoas vivem na sua fantasia, o que é uma distorção da realidade. Dessa forma, acabam glorificando o passado e alguns dos seus representantes. Pense nas pessoas que enaltecem personagens históricos tão detestáveis ​​quanto Hitler ou Mussolini. Embora tenham obtido algum progresso para a comunidade, os seus crimes deveriam enterrar qualquer nostalgia daquela época.




Fonte/informações: https://amenteemaravilhosa.com.br/




sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Falando dos tempos passados....

 Dia destes, encontrei com um veterano amigo, aliás, como nós mesmos. E, não sei se é costume entre os mais experientes, mas, quase sempre o assunto gira em torno das coisas de antigamente.

E, não deu outra, lá fomos nós divagarmos no passado, lembrando das coisas boas e da vida discreta e, acima de tudo inocente que se levava naqueles tempos.

Coincidentemente a gente estava dentro de uma farmácia e, o meu amigo achou numa das prateleiras uma latinha de pomada Minâncora, só isso bastou para desencadear as lembranças do passado. Lembramos do doutor de família, das pílulas de vida do Dr. Ross, das inalações domésticas feitas de água fervendo com a famosa pomada de Vikvaporube, as pílulas contra amarelão dadas na escola, coisa horrível e, não se podia jogar fora, a diretora ficava em cima, sem chance nenhuma de enganar.

Nisso meu amigo, lembrou dos carros da época, e, começou a falar sobre a peruinha Vemaguet, o Maverick, o Opala, o Simca Chambord, a Rural Willes, o Gordine e, para arrematar o assunto acrescentamos a Lambreta, a Vespa. E, como estávamos dispostos a enveredar pelos caminhos das saudades, fomos fundo no assunto e, para tanto, lembramos das revistas em quadrinhos, as quais, chamávamos de “gibi”.
A gente fazia até coleção, tal era a mágica com elas nos deliciava, principalmente o Super-Homem, o Capitão Márvel, o Capitão América, o Zorro, o Tarzan, o Mandrake, os famosos faroeste com, Tom Mix, Hopalong Cassidy, Roy Rogers e, por aí afora. De repente, um fala para outro, você se lembra das figurinhas dos times de futebol, do Palmeiras, do Corinthians, do São Paulo, e de todos os times do Brasil.

Como era gostoso, formar os álbuns, principalmente quando se achava as figurinhas carimbadas, cada time tinha dois ou três jogadores mais difíceis, que certamente eram os craques dos times. A gente jogava “bafa”, que era colocar um montinho de figurinhas umas sobre as outras, viradas de cabeça para baixo, num lugar plano e, cada menino tinha a oportunidade de bater com a mão meio côncava em cima delas para ver quantas viravam.
Era muito bom e, muitos garotos ganhavam muitas figurinhas neste tipo de brincadeira. E, quando começamos a falar de outros assuntos, a gente já era adolescente, passamos a lembrar de outras coisas próprias da época, como por exemplo: as músicas e os talentos da época, o próprio Nelson Gonçalves, acrescentados às atuações românticas, ou seja, da querida Dalva de Oliveira. E, nestes momentos nostálgicos, também vivemos na, não menos famosa turma da jovem guarda, onde o foco se chamava Roberto Carlos, acompanhado de sua troupe maravilhosa.

E, com gosto de clima bom, um de nós sempre soltava um você se lembra, num destaque específico, da gatíssima Celly Campelo, que com um jeitinho todo tímido e uma voz de veludo nos encantava a todos com a inesquecível canção Banho de Lua. Realmente estas recordações são de doer, pois representam épocas marcantes, onde o sonho era de fato uma realidade.
E, meninas tinham um brilho natural, haja vista que usavam apenas para se embelezar os recursos do Pó de Arroz e, completavam a maquiagem com um pouquinho de Rouge e no cabelo Laquê. Sendo que para cheirar gostoso usavam Lavanda Helena Rubinstein. Fechando o conteúdo, para se vestir usavam os modelitos da época, as vaporosas saias Plissadas bem coloridas ou para uma ocasião mais especial usavam os vestidos Tubinhos.

E, os homens, você se lembra como andavam? Ah! Eu me lembro bem, andavam chique no último, bem estilosos, com camisa de marca, sapato preto com cadarço, ou Passo-Doble esportivo com camisa Volta ao Mundo. Cabelos bem repartidos, na brilhantina Glostora e, a barba bem feita com Gilete, cheirando a Áqua Velva e sabonete Gessy. E, quando a gente ia começar a falar de outros assuntos, ouvimos uma voz educada e pacenciosa dizendo-nos: “Por favor, vamos fechar a farmácia, os senhores nos dão licença”. Imediatamente saímos e nos despedimos prometendo em outra ocasião continuar a nossa viagem aos bons tempos de outrora. É certo que temos ainda muito que contar, sem se esquecer dos refrigerantes Grapette e Crush.








Fonte: www.diariodevotuporanga.com.br - Texto: Arquimedes Neves – Nei