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sábado, 8 de fevereiro de 2014

Kombi da Volkswagen, ainda no coração dos hippies da Califórnia

Surfista passa ao lado de três Kombis estacionadas na praia californiana de Hermosa Beach em 27 de novembro de 2013

Como todas as manhãs, depois de pegar ondas em Hermosa Beach, próximo a Los Angeles, os surfistas Frank, Mark e Doug tomam café no mesmo lugar e lembram sua juventude nos anos 60, quando a Kombi da Volkswagen era um símbolo de liberdade.

Esses três amigos sessentões estacionam suas "hippie vans" em frente ao restaurante mexicano Brother's Burritos, à beira do Pacífico, e se deixam levar pela nostalgia de uma era .

Kombi da Volkswagen é vista em workshop na cidade alemã de Hanover, em 9 de dezembro de 2013
Embora tenha entrado no mercado norte-americano nos anos 1950, foi na década seguinte que esta perua se tornou popular graças à contracultura de então, em particular, pelos surfistas da Califórnia, que a associavam à liberdade de pensar e de viajar.

"Os surfistas e as pessoas que gostam de acampar gostaram dela, porque era barata, tinha um bom consumo de combustível, era fácil de consertar e podia levar um montão de coisas. Eu carrego minha bicicleta e minhas pranchas", conta à AFP Frank Paine, de 63 anos.

Sua Kombi branca e verde de 1973 é decorada com estampas havaianas e esteiras de palha no teto e nas paredes. "Todos nós, que estamos aposentados agora, crescemos com a (Kombi da) Volkswagen e sentimos muita nostalgia. Todo mundo na Califórnia tem alguma história" sobre esse veículo, disse Mark Mitchler, de 62 anos, ao lado de seu amigo Doug Ball, de 63, que dirige a sua há 34 anos.

São histórias de primeiras namoradas, de viagens ao México, de acampamentos na floresta de sequoias, de gestos de solidariedade na estrada graças a uma fraternidade a qual só os que têm uma Kombi pertencem.
A Kombi foi tão marcante que ganhou um lugar indiscutível em todos os documentários sobre a cultura hippie. É a "Máquina do mistério" do desenho animado "Scooby Doo". Tem um papel importante no filme independente "Pequena Miss Sunshine". E até faz uma aparição especial na animação da Pixar "Carros", onde interpreta um veículo hippie.

O carro da paz

A voz de Bob Marley soa ao fundo, enquanto os três surfistas contam como a Kombi se transformou em um ícone da mentalidade contra o sistema dos anos 1960 nos Estados Unidos. Em um país onde, muitas vezes, o sucesso é medido pelo tamanho, preço e a sofisticação dos carros, o surgimento de um automóvel barato e austero seduziu uma juventude que desafiava a "ordem estabelecida".
"Na contracultura dos anos 1960, se transformou no carro que você tinha que ter se fosse hippie", lembra Mark. Não só se podia consertá-lo, personalizá-lo e dirigi-lo em qualquer lugar. Também era possível transformá-lo dentro dele, o que era muito apreciado pelos jovens da época.

Além disso, era como "dar um ‘tapa’ no governo e nos 'velhos' apenas dirigir um desses carros, porque, para eles, o fato de dirigirmos um carro estrangeiro era um grande insulto", acrescenta Frank.
A Kombi, para os três amigos, lembra tempos mais simples, quando os objetos eram projetados para durar para sempre e era possível entender a mecânica das coisas. "As pessoas, na verdade, chegavam a tratá-la quase como uma mascote ou um membro da família", disse Mark. "Todas são diferentes, soam diferente. As chaves funcionam, ou não funcionam, de forma diferente. Têm personalidade".

Parte de seu encanto é que a mesma carga simbólica de há mais de 50 anos continua intacta. "Esses hippies de então somos nós agora. Esses manifestantes, essa gente que era contra a guerra, amadureceu, cresceu", disse Mark.

E todos eles ainda têm uma senha nem tão secreta, uma Kombi. "Quando você está dirigindo, as pessoas sempre buzinam ou fazem o sinal da paz. Não vou daqui até minha casa (a poucos quilômetros) sem que alguém me cumprimente", afirma.





Fonte: Yahoo

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Em tempos de Copa do Mundo saiba como Pelé foi salvo em 1970


Considerado o último malandro a moda antiga e um dos precursores do samba-de-breque, Moreira da Silva (1902-2000) tem uma importância fundamental no título da Seleção Brasileira em 1970, no México. Mais especificamente na partida contra a Inglaterra.

Pelo menos, Morangueira tinha essa importância na cabeça do jornalista e compositor Miguel Gustavo, um dos parceiros mais importantes de Moreira. Foi dele a ideia de criar essa faceta heróica ao sambista. Antes de ser agente secreto e salvar Pelé, o malandro já tinha dado as caras no velho oeste encarnando a figura do justiceiro Kid Morangueira. Anos mais tarde seria gangster e acabaria com a quadrilha de Al Capone e depois daria um pulo no Brasil para ser o Rei do Cangaço.

O enredo do samba é que Bond, James Bond, recebe a missão de sequestrar Pelé para que a Inglaterra tivesse o caminho mais fácil no mundial de 1970, tendo assim, maiores chances de se sagrar bicampeã.

Acompanhando 007 estava Claudia Cardinale. Os dois se hospedam na concentração do Santos e, à beira da piscina, o rei do futebol e a atriz protagonizam um romance que deixa Bond furioso. O inglês tira o soco inglês e parte para cima de Pelé. Mas ele não contava com o agente brasileiro Moreira da Silva que, além de salvar o camisa 10, prender o maior agente do mundo no DOPS e desperta o amor de Cardinale após um dia de pif-paf no Guarujá e uma bela pizza no Brás.

No fim das contas o Brasil derrotou a Inglaterra na Copa de 70 pelo placar de 1 x 0, gol de Jairzinho após passe de Pelé. Naquele mesmo ano, Miguel Gustavo assinaria uma composição mais conhecida do torcedor nacional: “Pra Frente Brasil”.

Fonte: Informações paginadoenock.com.br

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

O namoro mudou ao longo das épocas


Todo ano, quando chega perto do Dia dos Namorados, é a mesma coisa. Alguém começa a dizer que é tempo de namorar. Aí você pensa: e existe hora? Um pouco por conta disso, resolvemos propor uma brincadeira. No lugar de repetir que é tempo de namoro, decidimos falar do namoro no tempo. Fazer um rápido apanhado da arte do flerte, do namorico – do amor – ao longo das épocas. Um olhar incluindo a História, aquela com H maiúsculo, mas que também fala em histórias, dos causos que a gente viu em vida ou que pode ouvir os mais velhos contando. E é isso que você pode ler aqui. Dedicado aos apaixonados por história ou histórias, aos apaixonados por curiosidades e, claro, aos apaixonados e ponto final (ou reticências...).

É verdade que no Brasil a conveniência de comemorar o Dia dos Namorados em 12 de junho seja em parte comercial (a data teria sido escolhida por lojistas do centro do País, embora oficialmente fique na véspera do dia do casamenteiro Santo Antônio). Mas aquilo que o dia representa é bem mais antigo. Afinal, o amor é tão velho quanto o mundo – ou mesmo mais antigo ainda, já que várias mitologias estão cheias de deuses apaixonados, como o mulherengo Zeus ou as sensuais divindades do panteão hindu.

Já na Roma Antiga namoro era assunto sério, como atesta a história do poeta Ovídio, autor de vários livros dedicados ao assunto entre 16 a.C e 2 d.C., um dos quais o famoso e polêmico A Arte de Amar (Ars Amatoria). Era um manual sobre a arte da conquista para ambos os sexos, sem preconceitos e sem muitas papas na língua. Diz a lenda que por conta disso Ovídio foi exilado de Roma.

Seja como for, é um conterrâneo de Ovídio, São Valentim, que veio a ser identificado com o Dia dos Namorados ainda hoje comemorado em 14 de fevereiro em muitos países, como os Estados Unidos. Neste dia, no terceiro século da Era Cristã, Valentim teria morrido executado a mando do imperador romano, supostamente um pouco depois de ter restaurado a visão e a audição da filha de seu carcereiro, num ato de amor incondicional.

Os rituais do namoro são igualmente antigos. Como flertar, por exemplo. A troca inspirada de olhares e às vezes rápidas brincadeiras, própria dos casais que estão se apaixonando, entrou para a Língua Portuguesa traduzida do inglês “to flirt”, segundo informa o Dicionário Aurélio. E na língua inglesa, por sua vez, o Dicionário Webster informa que o termo, definido por lá como “comportamento amoroso sem intenção séria”, teve o primeiro uso registrado em 1580.

Mas em português a gente também tem tradição de namoro mais velha ainda. O primeiro texto em língua portuguesa conhecido, A Cantiga da Ribeirinha, do século 12, dizia o seguinte: “E ai mia senhor branca e vermelha, minha senhora de pele alva e faces rosadas, queredes que vos retraia, quereis que vos descreva quando vos eu vi em saia!” Quase não dá para entender a língua, mas você entendeu o que o autor queria dizer, né?

HÁBITOS DE ONTEM E HOJE

FAZER A CORTE - A expressão usada para o ritual de conquista (nas sociedades antigas oficialmente a cargo do pretendente masculino) entrou no Brasil pela literatura portuguesa, onde por sua vez traduzia o francês “faire la cour”, que na França já era registrado no século 16.

CHÁ DE PERA - Esta antiga tradição europeia ainda é famosa na região, embora não tão em voga quanto em décadas passadas. Para não serem deixados sozinhos no sofá da sala, cinema ou passeio, os namorados eram acompanhados por um parente da menina, geralmente irmão ou irmã menor.

DRIVE-IN - O cinema norte-americano dos anos 40 e 50 costumava enfocar os jovens e as questões do namoro. As lanchonetes ou drive-ins eram cenário clássico para namoricos e flertes. Foram os precursores dos “points”.

É UMA BRASA, MORA? - A Jovem Guarda dos anos 60 no Brasil traduziu muito do visual dos filmes jovens norte-americanos dos anos 50. Muitos namoros por aqui foram embalados ao som de Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa.

AMIZADE COLORIDA - Nos anos 70, a liberalização dos costumes mudou alguns dos rituais de namoro. Consagrado até como título de seriado na tevê, o nome Amizade Colorida era usado pelos casais, jovens ou não, que tinham relacionamentos abertos.


FICAR - Nos anos 90, embora de forma menos liberal que nos 70, os envolvimentos rápidos e sem compromisso eram expressos como “ficar”. A palavra era usada em diferentes contextos entre adolescentes e adultos, significando desde uns amassos até um relacionamento mais íntimo.

REDES SOCIAIS - No século 21 os namoros começam ou continuam no mundo virtual. Tem redes sociais só para azaração, e mesmo o clássico Facebook ficou famoso pelos recursos que indicam estado civil ou de namoro do usuário. Para não falar nos torpedos de SMS, versão moderna do antigo hábito de namorar ao telefone.








Fonte: Informações jornalnh

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

O menino dos cigarrinhos de chocolate

Paulinho com 11 anos

Se você tem mais ou menos uns 60 anos deve lembrar dos cigarrinhos de chocolate.

O garotinho que ilustrava a embalagem dos Cigarrinhos de Chocolate Pan era o ator Paulinho Pompeia. Ele, que já passou dos 60 anos, atuou em “Malhação” e foi apresentador do Telecurso 2000, da Globo, entre outros trabalhos. Paulinho tinha 11 anos e trabalhava no Circo Garcia, em São Paulo, como o palhaço Berinjela, quando foi descoberto pela marca de chocolates. Um rapaz que trabalhava na Pan gostou da apresentação dele e o chamou para fazer as fotos.

Paulinho, hoje com mais de sessenta anos

Quando a empresa Pan, uma fábrica de doces e chocolates fundada em 1935, teve a ideia de lançar cigarrinhos de chocolate não esperava que fosse um tremendo sucesso de vendas. Claro que a ideia era muito boa para a época, mas o retorno foi além do esperado.

As crianças adoravam botar o cigarrinho de chocolate na boca e imitar os adultos. A caixa do produto já sugeria que além de ser um doce, o produto permitia que as crianças "brincassem" de fumar.

Até os anos 80 isso era aceitável, mas quando os anos 90 chegaram, a mentalidade da sociedade começou a mudar. De repente não era mais engraçado ter crianças fingindo fumar nas embalagens. Nem era engraçado comprar cigarrinhos de chocolate para as crianças. O Ministério da Saúde vetou o produto em 1996 e obrigou a Pan a realizar alterações para que ele continuasse sendo vendido. A justificativa foi de que os cigarrinhos eram estímulo ao tabagismo.

Os cigarrinhos de chocolate Pan passaram a ser comercializados como rolinhos de chocolate. As fotos das embalagens foram alteradas. Ao invés de crianças simulando que estão fumando, crianças fazendo o sinal de positivo. E lá se foi a graça dos cigarrinhos de chocolate Pan. Mas a empresa ainda existe e continua fabricando os cigarrinhos, mas agora com o nome de Chocolápis. Ironia total. Do politicamente incorreto cigarro, para o politicamente correto lápis.






Fonte: Informações curtindotudo.com

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Levava a vida na flauta e era mentiroso

Carlos Poyares
Uma das proezas mais impressionantes do flautista Carlos Poyares (1928-2004) era tocar uma flauta de lata, daquelas com seis orifícios vendidas em lojas de  brinquedo (será que ainda vendem?), executando músicas dificílimas.

Também impressionavam as suas estórias extraordinárias, ele levava a vida na flauta literalmente, mas ganhou a fama de mentiroso.

A melhor de Poyares foi o dia em que foi convidado para tocar para a rainha Elizabeth 2ª. Eles estavam em um iate, a música embalou, ele sentiu nos olhos da rainha o prazer de ouvir a música brasileira. O orgulho nacional foi tão grande que ele foi se afastando, se afastando, até que bateu na murada do iate, se desequilibrou e caiu no mar. Para provar que músico brasileiro era profissional até debaixo d'água, continuou tocando sua flautinha e não parou nem quando foi recolhido pelos salva-vidas.

“O Poyares, entretanto, não vive somente de mentiras. Éra exímio instrumentista. E ótimo companheiro de orgia. Éra um artista do povo, simples e agradável, que nada cobrava para exibir-se em qualquer boteco, por mais rodela que seja”.


Carlos Poyares - Matuto - Brejeiro (Ernesto Nazareth)

Fonte: Informações jornalggn.com.br/Luis Nassif

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